Medida da minirreforma eleitoral proposta pela Câmara assegurava doações de empresas a partidos e candidatos nas eleições. Dilma seguiu decisão do STF, que julgou financiamentos inconstitucionais
Por 220 votos contrários, 190 a favor e 5 abstenções, o Congresso manteve veto da presidente Dilma Rousseff ao Projeto de Lei 5735/13, medida da minirreforma eleitoral proposta pela Câmara que assegurava o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Eram necessários que 257 deputados votassem contra o veto, isto é, a maioria absoluta da Casa. Uma vez rejeitada pelos deputados, a restrição parcial ao projeto não precisou ser apreciada pelos senadores.
À época do veto operado ao projeto de lei, Dilma justificou que deveria seguir decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em julgamento de ação direita de inconstitucionalidade encaminhada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), decidiu que o financiamento privado de campanhas por empresas, com base na legislação em vigor, é inconstitucional. A presidente argumentou que o texto, se aprovado, “confrontaria a igualdade política e os princípios republicano e democrático”