De origem belga, o corpo do jihadista foi “fortemente identificado após comparação de traços papilares”, anunciou nesta quinta-feira (19) a Procuradoria da República em Paris, de acordo com informações de veículos de notícias franceses.

Segundo o comunicado da Procuradoria, houve compatibilidade nas impressões digitais de Abdelhamid Abaaoud.

O corpo de Abaaoud estava no imóvel que foi alvo das ações da polícia em Saint-Denis, a norte de Paris, entre a madrugada e a manhã de ontem.

Em um primeiro momento, acreditava-se que ele estava na Síria, país onde os atentados a Paris na última sexta-feira (13) teriam sido planejados. O rumo das tentativas de localizá-lo mudou a partir do momento em que foi encontrado um celular, perto de um dos locais onde os ataques ocorreram, que dava pistas de que o belga estaria em solo francês.

Dezenas de policiais fizeram um cerco a um imóvel em Saint-Denis, nesta quarta-feira, com explosões e tiroteios registrados a partir de 4h20, no horário local.

Uma mulher que estava em um dos apartamentos do prédio cercado acionou explosivos que mantinha presos ao seu corpo e se suicidou. Há rumores de que ela seria prima de Abaaoud e uma forte defensora da causa jihadista.

Oito pessoas foram presas, todas sob suspeita de ligação com os terroristas. Até o momento, não foram divulgadas suas identidades.

Abaooud, 28, morou no distrito de Molenbeek, em Bruxelas (Bélgica), e estava desaparecido desde janeiro, quando a célula terrorista da qual era líder foi desmantelada.

As investigações ligam a autoria dos atentados de Paris a uma célula terrorista descoberta no início do ano em Verviers (Bélgica), da qual Abaaoud seria o líder. Da Síria, ele teria planejado o massacre em Paris e mantido contato direto com os terroristas suicidas, de acordo com a imprensa belga.

Abaaoud já era alvo de um mandado de busca e apreensão desde que a polícia belga encerrou esta célula jihadista, que pretendia agir em território belga, poucos dias após o atentado à redação do semanário “Charlie Hebdo”, em janeiro de 2015, segundo informado pelos investigadores. (com agências de notícias internacionais)