"Prisões são desnecessárias e ilegais", diz advogada da Odebrecht

Empresa entrará com habeas corpus para tentar soltar o presidente, Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato

REDAÇÃO ÉPOCA

Dora Cavalcanti, advogada da Odebrecht (Foto: Reprodução/Youtube)
Dora Cavalcanti, advogada da Odebrecht (Foto: Reprodução/Youtube)

A construtora Odebrecht se pronunciou no final da tarde desta sexta-feira (19) sobre as prisões de executivos da empresa, entre eles o presidente Marcelo Odebrecht, pela Polícia Federal. Para Dora Cavalcanti, advogada da construtora, as prisões foram arbitrárias, já que a empresa estava colaborando com as investigações.

“As medidas de busca e apreensão, e sobretudo as prisão cumpridas hoje, são absolutamente desnecessárias e, exatamente por isso,manifestamente ilegais“, disse Dora. “O STF já teve oportunidade de reiterar que a prisão preventiva é uma medida de exceção e não pode e nem deve ser convertida em uma antecipação de pena”.

Segundo a advogada, as prisões são desnecessárias porque os executivos da construtora estavam colabarando com a Justiça. Elaenfatizou que “não há fato novo” nas investigações que pudesse dar embasamento jurídico para a busca e apreensão. “Havia alguma necessidade [das prisões]? Alguma notícia de que alguém poderia fugir, destruir provas, criar obstáculos às investigações? Não, a situação é o oposto disso. Todos os executivos prestaram depoimento, forneceram documentos e se colocaram à disposição da Justiça”.

O pronunciamento oficial acontece após a nova etapa da Operação Lava Jato. Na manhã desta sexta-feira (19), a Polícia Federal fez apreensões em duas das maiores construtoras do Brasil, a Odebrecht e Andrade Gutierrez. Entre os detidos está um dos mais influentes executivos do país, o empresário Marcelo Odebrechet. Ele é o presidente da Odebrecht. O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, também foi detido.

A construtora é acusada de participar do cartel de empreiteiras que fechavam contratos na Petrobras à base de propinas. Também da Odebrecht foram presos os diretores Rogério Araújo e Márcio Faria e o executivo Alexandrino Alencar, que acompanhava o ex-presidente Lula em comitivas no exterior.

Segundo a advogada da Odebrecht, a empresa tomará as medidas judiciais cabíveis e entrará com pedido de habeas corpus para libertar os executivos da empresa.

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