Arquivo diários:27/06/2015

Vida de Dilma Rousseff vai virar filme

O roteiro será baseado no livro “A Primeira Presidenta”, escrito pelo jornalista Helder Caldeira e cujos direitos foram comprados por Antônio de Assis, que ainda não decidiu quem será o diretor.

O projeto é similar ao que levou às telas parte da vida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no filme “Lula, o Filho do Brasil”, dirigido por Fábio Barreto.

“Queremos explicar como uma mulher que foi torturada há 40 anos pela ditadura era a mesma mulher que estava na TV passando as tropas em revista como comandante-em-chefe” das Forças Armadas, indicou Caldeira.

Caldeira declarou que seu livro não é tecnicamente uma biografia de Dilma, mas a vida da presidente serve como fio condutor para um relato analítico sobre a ditadura e seu impacto na sociedade brasileira.

O papel de Dilma foi oferecido à atriz Marieta Severo, de 64 anos, que agradeceu o convite, mas afirmou que só dará a resposta final depois de ler o roteiro. [EFE] 

Crise da Lava Jato faz Mercadante cancelar ida aos EUA

Mercadante-Foto-JoseCruz-AgenciaBrasil-01abr2015

Fernando Rodrigues

O ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, desistiu de viajar hoje (27.jun.2015) para os Estados Unidos com a presidente Dilma Rousseff e colegas de ministério. O cancelamento ocorreu um dia após a revelação parcial do teor da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC, à Procuradoria-Geral da República.

No depoimento prestado no âmbito da Operação Lava Jato, Pessoa afirmou que foram feitos repasses irregulares de dinheiro a campanhas do PT, entre as quais, a de Mercadante ao governo de São Paulo, em 2010. O ministro da Casa Civil negou ter recebido dinheiro de forma irregular.

O tesoureiro da campanha de Mercadante em 2010, Eduardo Tadeu Pereira, disse que não conhece pessoalmente o dono da UTC. “Não o conheço. Nunca conversei com ele. Não tenho como saber por que ele teria citado a campanha de Mercadante como alvo de caixa 2”, afirmou. Pereira confirmou que a empreiteira doou dinheiro para a campanha, mas disse que o repasse foi informado na prestação de contas.

Diante da crise provocada pelo teor do depoimento de Pessoa, a presidente Dilma Rousseff convocou hoje Mercadante e os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social) para uma reunião emergencial no Palácio da Alvorada, nesta manhã (27.jun.2015).

A reunião atrasou o embarque da comitiva presidencial para os Estados Unidos, que estava agendado para as 9h. A decolagem ocorreu perto de 10h45. Dilma tem uma agenda extensa nos próximos dias. A presidente vai se reunir com o presidente Barack Obama e com empresários para tentar atrair investimentos para o país.

Além de Mercadante, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não embarcou no avião presidencial. Na sexta-feira, ele foi internado em um hospital em Brasília com suspeita de embolia pulmonar. Apesar da gravidade do problema de saúde, o Planalto tem a expectativa de que Levy embarque hoje (27.jun.2015) ou amanhã (28.jun.2015) para os EUA, possivelmente em um voo comercial.

Enquanto Dilma permanece no exterior, a crise política será administrada, dentro do Palácio do Planalto, pelos ministros Aloizio Mercadante e Edinho Silva. Hoje ainda (27.jun.2015), os ministro José Eduardo Cardozo e Edinho Silva devem conceder uma entrevista coletiva para falar sobre as citações ao governo no âmbito da Operação Lava Jato.

Planalto monta linha de defesa frágil para Dilma

Josias de Souza

Ao confirmar que transferiu R$ 7,5 milhões do dinheiro roubado da Petrobras para a tesouraria da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014, o empreiteiro Ricardo Pessoa transformou a presidente da República numa personagem irreconhecível —uma mistura de administradora ingênua com candidata distraída. Na presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma não viu a ação dos assaltantes. No palanque eleitoral, usufruiu do produto do roubo.

Consumado o constrangimento, o Planalto montou uma linha de defesa precária. Nesse enredo, a presidente continuará fazendo pose de aliada dos investigadores. Repetirá que a Lava Jato só avança porque os governos do PT criaram as condições. Tomará distância do caixa de sua campanha, mas ecoará o discurso de que o dinheiro da eleição foi 100% legal. E seus auxiliares cuidarão de realçar que as construtoras enroladas doaram verbas também a candidatos da oposição.

Essa linha de defesa é frágil porque exige que a plateia aceite Dilma como uma cega atoleimada. E supõe que a Procuradoria, o STF o próprio TSE aceitarão passivamente a conversão da Justiça Eleitoral em lavanderia de verbas mal asseadas. Se tudo funcionar como planejado, Dilma chega ao final do mandato como uma presidente de desenho animado.

Às vezes parece faltar-lhe o chão. Mas Dilma continua caminhando no vazio. Se reconhecer que está pisando em nada, despencará. Acha que, simulando que não se deu conta, conseguirá atravessar o abismo. Torce para que ninguém estranhe nada e para que não lhe façam muitas perguntas. Só não pode olhar para baixo.

‘Sérgio Moro tem traços de paranoia’, diz deputado do PT

Wadih Damous: “Não é a corrupção o grande mal do país. A corrupção é um mal que tem de ser combatido, mas com os instrumentos da democracia”

No exercício de seu primeiro mandato político há pouco mais de um mês na Câmara, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro Wadih Damous (PT-RJ) já se destaca como uma das principais vozes do partido contra a operação policial que mergulhou o governo Dilma Rousseff em sua maior crise política. Para o deputado, a Lava Jato é conduzida de forma “abusiva” e “arbitrária”, desrespeita direitos e garantias fundamentais dos cidadãos e representa uma “ameaça” à democracia e à economia do país.

“O juiz que preside esse inquérito, o Dr. Sérgio Moro, tem traços de paranoia, porque ele coloca a hipótese acima do fato. Juiz não pode trabalhar com hipóteses. A polícia e talvez Ministério Público, sim. Mas o juiz não. O juiz trabalha com elementos objetivos”, dispara. Segundo ele, o magistrado usou de hipóteses para prender, por exemplo, executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez na semana passada. “Ele estabeleceu um padrão de prisão preventiva absolutamente inconstitucional e arbitrário. Usa a prisão para chantagear, para obter delações”, complementa.

Nesta entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Wadih sugere que o Supremo Tribunal Federal (STF) invalide a operação que apontou a existência de um esquema bilionário de corrupção na Petrobras. Na avaliação dele, a Lava Jato está contaminada por arbitrariedades, como as prisões prolongadas para coagir, segundo ele, os acusados a aderirem à chamada delação premiada – instrumento que possibilita ao investigado a redução da pena mediante colaboração com a Justiça.

Para o deputado, a delação premiada consiste numa “farsa”. “O delator, para mim, chegou ao ponto mais baixo da espécie humana. Tenho ojeriza a delatores, a dedo-duro. Quem lutou contra a ditadura sabe o que é ser um dedo-duro, um delator. O juiz Sérgio Moro acha isso essencial, mostrando a impotência e a incapacidade de fazer uma investigação mais aprofundada. Quem está delatando provavelmente está mentindo, total ou parcialmente”, considera.

O ex-presidente da OAB-RJ admite que, devido à repercussão do caso, uma eventual anulação da Lava Jato criaria um desgaste maior para o Supremo em relação à derrubada de outras duas grandes operações, a Satiagraha e a Castelo de Areia, também invalidadas sob o argumento de que houve abusos e ilegalidades nas investigações. Ainda assim, avalia, os ministros precisam agir de acordo com a própria consciência.

O ABC não pode comemorar o seu centenário sem lembrar e homenagear o velho Pruda

Ontem, (27) tive o prazer de almoçar com diletos amigos no restaurante do primo, Lula.

Comigo estavam nosso grande líder dos americanos, desembargador, José Rocha e seu filho advogado Eduardo Rocha, vereador e meu compadre, Paulinho Freire, americano e ex-prefeito Amaro Saturnino e o abecedista e presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol, José Vanildo.

O papo predominante foi futebol, Dr Zé Rocha conhece tudo da história do futebol potiguar.

Os centenários do ABC e América foi assunto conversado por todos com orgulho de termos no RN dois clubes centenários.

Eu particularmente, como americano, fiz uma observação que todos concordaram. Vejo o ABC promovendo uma bonita e grandiosa festa de centenário, nos festejos muitas homenagens e resgate da memória, mas, até agora, não vi uma referencia ao grande dirigente abecedista José Prudêncio Sobrinho.

Quem conhece a história do futebol potiguar, sem desmerecer os demais, sabe que Prudêncio foi o maior diretor de futebol de todos os tempos no ABC. Ele vivia para o ABC, chegou ao ponto de comprometer sua grande loja de bateria de carro dedicando-se compulsivamente ao clube.

Prudêncio pegou o ABC na década de 1970 quando tinha perdido o campeonato para o América, no Juvenal Lamartine, com um gol de Alemão aos 45 minutos do segundo tempo. Daí por diante, ele montou o melhor time  abecedista de todos os tempos com Alberi, João Galego, Marinho Chagas, Petinha, Burunga, o baixinho goleiro Erivan, Piaba e outros craques que eram respeitados e tido como um dos maiores equipes de futebol do Brasil.

O ABC jogava em condições de igualdade com qualquer time grande do Brasil.

Foi com Prudencio que o ABC teve uma participação vitoriosa no Campeonato Brasileiro de 1972 e fez a gloriosa excursão internacional, um feito histórico para o ABC que teve sua delegação chefiada por Jácio Fiúza e Prudencio.

Pruda como era carinhosamente chamado pelos abecedista, fez o ABC ser tetra-campeão e agora não vejo ele receber uma merecida homenagem do clube que ele tento amou e dedicou sua vida. Ele não merece ficar fora da festa..

O blog publica um reconhecimento do torcedor abecedista, Carlos Magnos ao velho Prudêncio publicado em 22 de dezembro de 2011 que retrata bem a história dele com o ABC:

Grande time do ABC montado por Prudêncio

*

Felicito a direção alvinegra pela escolha do nome de JOSÉ PRUDÊNCIO SOBRINHO

para a academia que será inaugurada esta noite.

Nascido em Fernando de Noronha, chegou em Natal nos anos 50, logo apaixonando-se pelo ABC.

Apesar da baixa estatura, foi jogar de goleiro. Jogava de boné como os arqueiros à moda antiga. O ví jogando assim em jogo de veternaos nos anos
60.No gol, foi campeão pelo Mais querido em 1953. A equipe : PRUDÊNCIO, Toré e Paulo; Arlindo, Freita e Gonzaga;Albano, Paraíba, Jorginho (Paulo Izidro),Tico (Dico),Pageú (Gonçalves).

PRUDÊNCIO nunca foi presidente, era um diretor de futebol, muitas vezes
“oficioso”. Era um grande abnegado, adorado pela frasqueira e atletas.

Marcou época no ABC por ter ido a Recife, observar um crioulinho bom de bola que treinava no Santa Cruz. Após observá-lo, não teve dúvidas em contratá-lo. Era 1968 e ALBERÍ iria iniciar seu reinado como o maior jogoador da historia do futebol do RN.

Ao término do fatídico campeonato de 1969, o ABC completava um jejum
de três anos, inédito até então.

PRUDÊNCIO foi incumbido de realizar uma reformulação no elenco do ABC.

O primeiro passo foi contratar o renomado treinador Caiçara, vitorioso
na região Nordeste. Nos meus oito anos, lembro de meu pai comentando
com um balconista da padaria CIAL na Av 2, bairro do Alecrim :
_ O ABC agora, ou cai ou SARA !

Para começar a formar o time, o velho PRUDA, resolveu visitar o Náutico, que fora vice-campeão da Taça Brasil 68 e um grande celeiro de craques. Trouxe do TImbú dois garotos : Um certo zagueiro EDSON e o meia CORREIA.

Apostou também em revelações locais. Buscou no Ferroviário o quarto zagueiro Josemar e um galego franzino,lateral do Riachuelo, chamado
MARINHO. A frasqueira arrecadou recursos para a contratação do ponta Zezé,
ídolo do Alecrim.

Para vestir a camisa cinco, veio o motorzinho William.

Para comandar o ataque, trouxe o PETINHA. Pronto estava formada a base
que manteria a hegemonia do futebol no estado até 1973.

Recordo que passamos três anos sem derrota para o rival e o time de 1970, foi o primeiro que ví ser campeão. A equipe inesquecível: Erivan, Otávio,Edson, Josemar e Marinho; William e Correa; Zezé, Alberí, Petinha e Burunga.

Ao final do campeonato, o Náutico veio a Natal contratar o centro-avante Petinha, levando de contra-peso o garoto Marinho. Em contra partida,
PRUDENCIO trouxe mais dois garotos do timbú : O centro-avante EDVALDO e o ponta esquerda SOARES, que seriam muito importantes na campanhha do Bi em 1971, ao lado do meia Gonzaga, nautral de São Gonçalo do Amarante que destacara-se no bom time do Ferroviário de Joãozinho Batista de Paiva,
e do regularísimo lateral Ancheita, contratado ao Alecrim para suceder
Marinho Chagas.

Vejam abaixo, a foto do time de 1971, provavelmente no Torneio Início.

Em Da esquerda p a diretia, em pé: PRUDÊNCIO, Erivan, Biu, Manoel (substituía o grande capitão Edson),William, Anchieta e Josemar; Agachados:
Zé Maria (Bozó), Alberí,Edvaldo,Gonzaga e Josenildo (revezava com Soares)

Encerro com uma frase de José Prudêncio Sobrinho, em reunião da diretoria doABC, ao ser indagado sobre o que estava faltando ao time, em um período de má fase:

“O que está faltando é a DONA TRANQUILIDADE”. Referia-se a atraso de salários.

PRUDENCIO viveu intensamente o ABC FC. A partir de hoje será eternizado
nas dependências do clube do povo.