Executivos da Air France retiraram-se às pressas de uma reunião nesta segunda-feira sobre cortes de empregos em massa após funcionários revoltados com bandeiras e cartazes entrarem na sala, de acordo com jornalistas da Reuters que presenciaram a cena.
O chefe de recursos humanos e relações trabalhistas, Xavier Broseta, teve sua camisa rasgada, ficando com a gravata pendurada no pescoço, e teve que abrir caminho entre a multidão de trabalhadores para escapar.
Broseta e o presidente-executivo da Air France, Frederic Gagey, estavam apresentando um drástico plano de corte de custos, descrito pela companhia como um “Plano B” após não conseguir persuadir os pilotos a aceitarem um plano menos radical.
O presidente da Air France já tinha saído da sala antes da interrupção.
A controladora Air France-KLM disse que planeja tomar ações legais contra a violência adotada contra seus executivos.
A Air France confirmou na reunião, que não será retomada nesta segunda-feira, que planeja cortar 2,9 mil empregos até 2017 e retirar 14 aeronaves de sua frota de longa distância, conforme haviam antecipado duas fontes sindicais.
Os cortes incluem 1,7 mil funcionários de terra, 900 de cabine e 300 pilotos, disseram as fontes. O negócio de longas distâncias será reduzido em 10 por cento.
A companhia aérea francesa também pretende cancelar seu pedido por aeronaves Boeing 787 Dreamliner, disseram as fontes. A Air France-KLM tem 19 jatos 787-9 e seis 787-10 encomendados.
(Por Simon Carraud e Cyril Altmeyer)