A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu, nesta terça-feira (13), mais uma liminar suspendendo o rito pretendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para ensejar um processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Trata-se do terceiro posicionamento de ministros da corte sobre o assunto no mesmo dia, em decisão que enfraquece os planos da oposição e dá fôlego ao governo contra Cunha, acossado por denúncias de desvio de dinheiro em contas na Suíça.
Mais cedo, ao atender também à demanda do deputado Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA) no mesmo sentido, Rosa já havia acompanhado a decisão do colega Teori Zavascki sobre mandado de segurança ajuizado por Wadih Damous (PT-RJ). Com o terceiro despacho, o STF impede um procedimento, supostamente combinado entre Cunha e a oposição, que consiste no arquivamento de um dos pedidos de afastamento presidencial e, ato contínuo, a apresentação de recurso contra a decisão de Cunha por um deputado oposicionista – provavelmente o líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), que formulou questão de ordem, em 15 de setembro, sobre que tipo de tramitação teria a matéria.