Marta Suplicy promete criar a Secretaria da Balada, caso seja eleita prefeita de São Paulo

Estadão Conteúdo

A uma semana da votação em primeiro turno, o eleitor que tiver interesse em folhear os planos de governo dos candidatos a prefeito de São Paulo pode se surpreender com algumas propostas. Elas vão desde a oferta de um programa que dá dicas de etiqueta para entrevistas de emprego ao imposto voluntário.

A candidata do PMDB, Marta Suplicy, propõe a criação de uma nova subprefeitura, não delimitada por região geográfica, mas por horário: funcionaria apenas depois das 18 horas, em toda a cidade. Inicialmente, o cargo seria de subprefeito do Entretenimento e da Noite. No entanto, a equipe de campanha da peemedebista informou ao Estado que pretende mudar a nomenclatura “para não causar mal-entendidos”.

Independentemente do termo, a ideia é ter um funcionário atuando como uma espécie de plantonista. Ele estaria de prontidão para ajudar a resolver problemas que possam surgir fora do horário comercial em áreas como segurança, iluminação e barulho, por exemplo.

Outra proposta inusitada da ex-prefeita também propõe a criação do projeto Estilo Social. Uma vez por mês, um grupo de voluntários da área de moda e de estilo daria um treinamento para jovens de baixa renda sobre comportamento e visual. Mais uma vez, o objetivo aqui é o de orientar pessoas em busca de emprego.

Arrecadação

Na contramão dos demais candidatos que, em meio à crise, não apresentam soluções para incremento da arrecadação municipal, Luiza Erundina (PSOL) propõe criação de um novo tributo: o Imposto Voluntário.

Caso eleita, usará o carnê do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para questionar os contribuintes paulistanos sobre o desejo de colaborar com a cidade. A ideia é que haja um campo de preenchimento não obrigatório: ali, o cidadão pode doar, se e quanto quiser.

A campanha da candidata diz que Erundina, caso eleita, prestará contas dos recursos obtidos. Segundo ela, o objetivo é criar uma “mudança cultural em cidadãos e cidadãs, que, por estarem desencantados com a política e, principalmente com os políticos, não acompanham o gerenciamento dos recursos, ou seja, não exercem o controle social”.

Há também alguns projetos polêmicos que, depois da repercussão, acabaram abandonados pelos candidatos. É o caso de Celso Russomanno (PRB), por exemplo, que já propôs isolar a Cracolândia e reduzir tarifa de ônibus fora do horário de pico. Nos dois casos, voltou atrás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.