Arquivo diários:10/01/2018

Deputados demagogos precisam saber que sem aplicar remédio amargo o elefante vai morrer

Imagem relacionadaSem medidas amargas o Governo do Estado não conseguirá tirar o RN dessa crise..

O governador apresentou uma serie de medidas aos deputados estaduais e já começaram a aparecer resistências. A deputada Márcia Maia e o deputado Jacó Jácome já sinalizaram que não apoiarão a aprovação da proposta do governador Robinson Faria.

Com um deficit previdenciário mensal da ordem de R$ 130 milhões, levando em consideração 13 folhas, R$ 1.7 bilhão por ano. Nem Robinson e nenhum outro governador vai reorganizar financeiramente o Estado, caso não seja aprovado o aumento da contribuição previdenciária.  Esses deputados precisam entender que o Estado não existe apenas para atender os servidores públicos, o Estado tem o dever de atender com serviços essenciais toda população. Hoje o Governo do Estado deixou de ser um prestador de serviços, indutor de desenvolvimento e regulador para ser uma maquina arrecadadora apenas para pagar aos servidores. O RN está com deficiência nas áreas de saúde, segurança e incapaz até de recuperar estradas.

Foi por causa das medidas irresponsáveis, eleitoreiras e demagógicas dos governos passados concedendo vantagens aos servidores públicos que o Governo do Estado que o RN quebrou.. Também devemos lembrar que tivemos uma Assembleia Legislativa perdulária que aprovou essas vantagens que sempre eram apresentadas nos finais dos governos para o próximo governo eleito pagar..

Dentro deste esforço de recuperar e equilibrar as contas do Governo do Estado é também necessário revisar todos benefícios fiscais concedidos nos últimos anos para empresas.. Temos que comprovar vantagens sociais desses benefícios para o Estado, caso contrário, revogar todos que não apresente resultados positivos.

Temer extingue 60 mil cargos do Executivo

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Estadão Conteúdo

Quase cinco meses após o anúncio do pacote de iniciativas para conter gastos com pessoal, o presidente Michel Temer assinou nesta terça-feira, 9, o decreto para extinguir 60.923 cargos públicos do Poder Executivo. A medida, porém, não tem impacto fiscal imediato, ao contrário do adiamento dos reajustes de servidores e da elevação da alíquota previdenciária do funcionalismo público, suspensas por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o Ministério do Planejamento, 37,8 mil dos cargos que serão extintos estão vagos. Os demais serão fechados à medida que os funcionários forem se aposentando ou deixarem o serviço público. O secretário de Gestão de Pessoas do Planejamento, Augusto Chiba, explicou ao Estadão/Broadcast que não é possível prever em quanto tempo isso vai ocorrer, mas ressaltou que o decreto é importante para evitar que os órgãos preencham futuramente essas vagas, trazendo mais custos.

Grupo de Bairo Maggi negocia compra da Fazenda Itamarati por US$ 300 milhões

NegóciosCátia Luz, Gustavo Porto e Murilo Rodrigues Alves, O Estado de S.Paulo

A Amaggi, empresa da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negocia a compra da Fazenda Itamarati, em Mato Grosso, que pertence aos herdeiros de Olacyr de Moraes, antigo ‘Rei da Soja’, morto em 2015. O negócio, estimado em cerca de US$ 300 milhões, está na reta final de conclusão, apurou o ‘Estado’.

Segundo fontes próximas à empresa, a fazenda está arrendada ao Grupo Amaggi desde 2002, e as negociações para a aquisição da propriedade estariam acontecendo há alguns meses.

Localizada em Campo Novo do Parecis, a 400 quilômetros de Cuiabá, a fazenda tem uma área total de 105 mil hectares, sendo 51,59 mil de área produtiva, com culturas como soja, milho e algodão. Na propriedade, que faz parte dos ativos da Companhia Agrícola do Parecis (Ciapar), trabalham cerca de 700 funcionários.

Integrantes do Planalto dizem que ida de Huck ao Faustão foi gesto político da Globo; emissora nega

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COLUNA PAINEL
FOLHA DE SÃO PAULO

Siga os sinais Integrantes do Planalto viram na participação de Luciano Huck no “Domingão do Faustão” um movimento da Globo. Aliados de Michel Temer dizem que o fato em si é um gesto político e que seria ingênuo acreditar que a direção da emissora não deu aval à programação. A análise é feita sem censura, mas em tom realista. Para os governistas, “do ponto de vista do marketing, a apresentação dele como agente político ali foi muito melhor do que em qualquer programa partidário”.

Tela em branco A repercussão do programa que foi ao ar no domingo (7) fez a TV Globo emitir uma nota na qual reafirma que quadros da emissora que eventualmente forem disputar a eleição são proibidos de aparecer em sua programação.

Tela em branco 2 “A TV Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que se limitará a realizar a cobertura jornalística das eleições de 2018, seguindo as regras de seus princípios editoriais”, diz o texto da empresa.

Curva ascendente A argumentação não convenceu o universo político. Auxiliares de Temer apostam, inclusive, que o impacto social da entrevista com Huck será apontado com clareza nas próximas pesquisas de intenção de voto para o Planalto.

Frio e calculado Duas frases de efeito usadas por Huck no programa do Faustão foram publicadas nas redes sociais do Agora!, grupo encabeçado por ele: “Não existe salvador da pátria na política” e “Construímos muitos muros e poucas pontes”.

Suspensão de posse de ministra não deveria ser questão jurídica

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Cristiane Brasil e Temer

Folha de São Paulo

decisão liminar que suspendeu a posse de Cristiane Brasil como ministra usa como fundamento a moralidade administrativa. Para o juiz, a nomeação de uma pessoa condenada na Justiça do trabalho para o cargo de ministra do Trabalho não seria razoável; mais do que isso, seria grave e inconstitucional.

Ocorre que a Constituição Federal oferece os parâmetros para essa moralidade administrativa em vários artigos, impondo, por exemplo, a inelegibilidade e a perda de mandato para os condenados definitivos por crimes ou por improbidade (art. 15, 3 e 5); restrições a eleições de parentes de políticos (art.14, §7º); o afastamento do cargo de um presidente que se torne réu ou que cometa crime de responsabilidade (art. 86, §1º e 85). Se não oferece os parâmetros, manda que a lei o faça –como na Lei da Ficha Limpa.

Porém, na indicação de ministros de Estado, a Constituição exige apenas a idade mínima de 21 anos e o pleno exercício dos direitos políticos (art. 87). Ou seja, pelos parâmetros constitucionais, trata-se de um cargo de livre nomeação e exoneração, um poder conferido ao presidente da República (art. 84, 1) de escolher sua equipe de governo.

Não há nenhuma vedação constitucional a que condenados no âmbito civil ou trabalhista ocupem cargos ministeriais, assim como não há nenhuma vedação para que um réu ou investigado o faça.

A questão aqui, portanto, não deveria ser jurídica. É uma questão política e, politicamente, poder-se-ia cogitar que apenas um presidente sem nenhuma popularidade –e que por isso não se importa com a opinião pública– teria a pachorra de indicar tal figura para compor um ministério que, cá entre nós, já não guarda grande reputação.

Mas o tema se tornou jurídico a partir do momento em que um juiz decidiu criar novos parâmetros sobre a moralidade administrativa. Mas esse não é um caso isolado. Na verdade, pode-se afirmar que o Judiciário vem impondo uma agenda de moralização judicial da política, muitas vezes à revelia do que diz a lei.

Um conjunto de decisões dos últimos anos revela uma visão bastante particular de como os juízes enxergam a política: algo eminentemente ruim, imoral e viciado. Foi assim quando o STF julgou o financiamento privado de campanhas; quando aprovou a restrição à fusão de partidos na minirreforma eleitoral de 2015; quando implantou a execução da pena sem trânsito em julgado da condenação; quando afastou Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados ou quando acenou que réus não poderiam ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República, sem esquecer o veto à posse de Lula.

O combustível dessa agenda é a Operação Lava Jato que, se por um lado tem o enorme mérito de revelar a corrupção de empresários e políticos, por outro tem servido de pretexto para blindar os abusos do Judiciário. Basta carimbar uma medida como “contra a Lava Jato” para decretar seu fim: veja o debate sobre os supersalários dos juízes ou o indulto do Natal.

Ninguém ignora o altíssimo nível do mar de lama que banha nossa classe política; há muitas razões para críticas contundentes, propostas de reforma e ansiedade por novas eleições. Mas nada autoriza que o Judiciário atue fora das regras por aí, cassando mandatos e ou nomeações.

Não há saída fora da Constituição.

Eloísa Machado de Almeida, professora e coordenadora do Supremo em Pauta FGV Direito SP.