O concurso número 2004 da Mega-Sena pagará aproximadamente R$ 12 milhões para as três apostas que acertaram as seis dezenas, cada uma receberá R$ 4.095.573,45. O sorteio ocorreu na noite de sábado (13) na cidade de Pomerode, em Santa Catarina.
As apostas vencedoras foram feitas nas cidades de Curitiba, no Paraná, de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul, e em Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, disse neste sábado (13) em Porto Alegre que o Poder Judiciário quis “criar um fato político” ao marcar o julgamento da apelação do chamado caso do tríplex, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é réu, para o dia 24. O PT e a defesa de Lula criticaram a suposta rapidez com que o julgamento foi marcado.
“Na realidade, o Judiciário pretendia, em marcando [o julgamento] para o dia 24, criar um fato político, que era dizer que Lula não poderia ser candidato, e espalhar isso na sociedade brasileira”, afirmou a senadora a jornalistas antes de ato público no Parque da Redenção.
Lula será julgado em segunda instância pela 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), sediado em Porto Alegre. Uma condenação no tribunal pode torná-lo inelegível pelos critérios da Lei da Ficha Limpa e até mesmo levá-lo à prisão. O petista tem liderado pesquisas de intenção de voto para presidente nas eleições deste ano.
Na primeira instância, Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa do ex-presidente nega que haja provas dos delitos e diz que evidências de sua inocência foram ignoradas.
Procurado pelo UOL, o TRF-4 informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o presidente da Corte, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, já respondeu a defesa de Lula sobre o andamento do processo do tríplex. Segundo o TRF-4, praticamente metade das apelações criminais julgadas em 2017 tramitaram em prazo similar ao do caso que envolve o ex-presidente.
Ainda segundo o tribunal, questões de suspeição sobre magistrados da corte “já foram enfrentadas” pela 8ª Turma e pela 4ª Seção, que reúne seis desembargadores. O TRF-4 também disse que questões eleitorais serão analisadas pela Justiça Eleitoral, e que o tribunal julga apenas a apelação criminal.
“Devem estar arrependidos”
Após o anúncio da data do julgamento, a defesa de Lula questionou o TRF-4 sobre uma suposta “celeridade extraordinária” do processo. Para Gleisi, a “rapidez” do caso seria motivo de arrependimento para o Judiciário.
“O tiro saiu pela culatra. Eu acho que, se arrependimento matasse, eles refaziam esse calendário”, disse. “Houve uma reação imensa da sociedade, do mundo jurídico, da intelectualidade, de artistas.”
Sem citar nomes, a senadora disse ainda que “eles têm que ter cuidado com o que vão fazer” e que “estão muito acuados”.
“Por isso que eu disse que eles devem estar arrependidos de ter marcado esse julgamento. Porque, se eles queriam briga política, eles acertaram em chamar a briga política conosco. Porque na política nós sabemos brigar”, declarou.
Senadora minimiza possível condenação
Ao falar para a militância, Gleisi reafirmou que a Justiça age politicamente contra Lula e disse que, “se eles vêm e descem pro parquinho, para o play, eles têm que saber brincar”.
A senadora também buscou minimizar o impacto eleitoral de uma eventual condenação de Lula. Ela citou o calendário eleitoral, que prevê o registro de candidaturas apenas em agosto, e disse que só a partir disso o nome de Lula como candidato poderia ser questionado.
“Nós também vamos pelear na Justiça. Não vamos ficar mansos”, disse. “Nós não vamos aceitar que ele seja condenado, e Lula será candidato a presidente.”
O ato do PT em Porto Alegre fez parte de uma série de eventos organizados pelo partido em todo o país neste sábado. A legenda convocou a militância a criar “comitês em defesa da democracia e de Lula”.
“É com muito orgulho que o PSL recebe o deputado Jair Bolsonaro e sua pré-candidatura à Presidência da República”. Bastou o termo de compromisso do PSL (Partido Social Liberal) com Bolsonaro ser anunciado para que membros de uma ala do partido, o Livres, divulgassem sua saída da legenda.
Movimento liberal que prega a renovação política e existe há dois anos dentro do PSL, o Livres havia conquistado 12 diretórios e almejava até uma mudança de nome do partido. No entanto, logo que tiveram início os rumores sobre a migração de Bolsonaro para o PSL, os dissidentes deixaram claro não compactuar com as ideias do deputado. Sacramentada a união entre pré-candidato e partido, a ala desembarcou.
Na avaliação de Paulo Gontijo, presidente interino do Livres, o deputado Luciano Bivar, presidente do PSL e autor do convite a Bolsonaro, fez um bom negócio ao trazer para o partido o candidato que aparece em segundo lugar nas principais pesquisas de intenção de voto para a eleição de 2018. Porém, ainda segundo o líder dissidente, a sigla abriu mão de ser a primeira a tentar renovar a política brasileira.
Em entrevista ao UOL, Gontijo justificou o desembarque do movimento por dois pontos: a negociação com Bolsonaro “pelas costas” do Livres e a incompatibilidade ideológica com o deputado.
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“Primeiro que a negociação foi feita quebrando um acordo anterior e sem a participação de filiados. A outra discordância é ideológica. A gente não acha que o Bolsonaro defende pautas liberais. A gente defende o Estado de Direito e os direitos civis, jamais defenderíamos tortura ou terrorismo”, disse o presidente do movimento, citando discursos do deputado em apoio ao período da ditadura militar.
O empresário disse que após a saída do Livres do PSL, recebeu ligações “positivas” de outros partidos políticos e ouviu promessas de novas filiações ao movimento. Todavia, também disse ter sofrido ataques de seguidores de Jair Bolsonaro nas redes sociais.
“Eu avalio de forma positiva os reflexos da nossa ação. Recebemos muita adesão positiva de partidos que concordam e discordam ideologicamente do Livres, mas que se afinaram pela coerência”, contou.
“Nas redes sociais, a gente sempre sofreu ataques de ambos os lados, e os seguidores do Bolsonaro fizeram comentários nas páginas das lideranças do Livres, inclusive na minha. Eram comentários triunfalistas do tipo ‘perderam o partido’. Não eram bem comentários, eram ‘berros’ de raiva”, disse.
Do zero
A partir de agora, afirma Gontijo, os desafios imediatos do Livres são alocar os candidatos do movimento em algum partido político e definir os cargos aos quais irão concorrer. Ainda segundo ele, “o foco é principalmente o legislativo, deputados federais e estaduais”.
O Livres teria sido sondado por diversos partidos como o Novo, PSDB (Partido da Social Democracia), PPS (Partido Popular Socialista), Podemos, Rede e Patriota. Sobre a nova casa, o presidente interino afirma não ter a resposta antes de essa escolha passar pelo crivo do movimento.
“Estamos no momento de escutar, não tenho nada decidido, divulgaremos na semana que vem após escutar a militância”, afirmou