Arquivo diários:31/01/2018

Governador pede, e Temer autoriza envio de Inteligência da PF ao Ceará

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Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil

O presidente Michel Temer autorizou ontem (30) o envio de uma força-tarefa da equipe de inteligência da Polícia Federal para o Ceará. Essa equipe deverá auxiliar as forças de segurança pública no estado, que enfrentou recentes episódios de violência. A medida foi tomada após reunião do governador do Ceará, Camilo Santana, com Temer, no Palácio do Planalto.

Santana saiu da reunião, ocorrida na tarde desta terça-feira, satisfeito com o que ouviu. “O presidente foi muito solícito. Já autorizou de imediato ir uma força-tarefa, com um grupo especializado da Polícia Federal para o Ceará, para exatamente trabalhar a questão da inteligência, e ficou de avaliar todos os outros pontos solicitados na audiência e, o mais rápido possíve,l dar uma posição para nós”, disse o governador em vídeo divulgado por sua assessoria.

Além de apoio imediato, Santana também pediu “medidas de médio e longo prazos”. Dentre as demandas do governador, está o apoio financeiro para que o Ceará possa investir em ações de segurança pública.

Advogados citam liderança em pesquisas como motivo para Lula não ser preso

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Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citaram, em pedido à Justiça para evitar a prisão do petista, sua liderança em pesquisas de intenção de voto como um dos motivos para que ele não seja preso antes de usar todos os recursos à sua disposição.

No pedido de habeas corpus preventivo ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), a defesa cita seis razões para que Lula não seja preso, entre elas a pré-candidatura presidencial do petista e a mais recente pesquisa do Datafolha, em que o ex-presidente lidera todas as simulações de primeiro e segundo turno.

“A privação de sua liberdade no período de campanha (ou pré-campanha) eleitoral, consideradas as credenciais acima referidas, configurar-se-ia em um prejuízo irreversível ao exercício da democracia no país – que pressupõe o debate de ideias muitas vezes antagônicas entre si”, diz o recurso.

Para os advogados, “garantir liberdade de trânsito e voz a alguém que representa tantos brasileiros, especialmente neste período de conflagração sociopolítica que se atravessa – é conferir efetividade aos fundamentos de nossa República”. A defesa cita os artigos da Constituição sobre o pleno exercício da cidadania e do pluralismo político.

“Intensa comoção popular”

A defesa afirma ainda que uma prisão de Lula “terá desdobramentos extraprocessuais, provocando intensa comoção popular – contrária e favorável – e influenciando o processo democrático, diante de sua anunciada pré-candidatura à Presidência da República.”

Segundo os advogados, o pedido para que Lula não seja preso não busca “tratamento diferente”, mas não se pode ignorar o que chamam de “peculiares circunstâncias do caso” e “fechar os olhos para a realidade.”

Marco Aurélio diz que não cobrará Cármen para pautar pena após 2ª instância

7.dez.2016 - Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Cármen Lúcia conversa com seus colegas Marco Aurélio Mello e Celso de Mello

Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse à reportagem que não vai cobrar a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para que inclua na pauta do plenário da Corte o julgamento de duas ações que tratam da possibilidade de execução de pena após condenação em segundo grau.

Marco Aurélio é o relator de duas ações, do Partido Ecológico Nacional (PEN) e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pedem a suspensão da execução antecipada da pena após decisão em segunda instância. O Supremo ainda não analisou o mérito dessas ações.

“Quem sou eu para cobrar alguma coisa da presidente do STF? Designação de data cabe à presidente do Supremo. Os tempos são estranhos, não quero falar sobre temas polêmicos. Tenho muitos processos na fila aguardando julgamento no plenário”, disse Marco Aurélio à reportagem. Em dezembro do ano passado, o ministro pediu que as duas ações fossem incluídas no plenário do STF.

Cármen Lúcia pretendia inicialmente pautar nos próximos dois meses o julgamento dessas ações, mas mudou de ideia. Em jantar promovido pelo portal Poder360 na noite da última segunda-feira, em Brasília, a ministra comentou que utilizar o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para revisar a decisão sobre prisão após segunda instância seria “apequenar” o tribunal.