Arquivo diários:20/06/2018

Associação de advogadas emite nota repudiando comportamento de torcedores brasileiros na Copa do Mundo

Dra. Andrea Pereira Nogueira – Presidente da ABMCJ-RN

NOTA

A  Associação Brasileira de Mulheres nas Carreiras Jurídicas – ABMCJ,  vem à público apresentar nota de repúdio, em relação ao comportamento discriminatório praticado por torcedores brasileiros, na Rússia, em vídeo amplamente divulgado na internet, em que ridicularizam uma mulher de outra nacionalidade, fazendo com que ela repetisse palavras, as quais aparentemente ela desconhece o significado, em evidente ofensa à sua honra e à sua imagem.
O comportamento destas pessoas representa uma violação aos princípios da Convenção Cedaw (Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher), da Convenção Belém do Pará, da Recomendação 19, do Comitê Cedaw, da Constituição Federal do Brasil, do Código Civil e do Código Penal.
Aguarda-se a devida apuração dos fatos e responsabilização de condutas de conteúdo discriminatório, em consonância com os preceitos da legislação nacional e internacional.

Laudelina Inácio
Presidente da ABMCJ/Nacional

Fabiana Paes
Assessora Nacional de Direito Internacional

Alice Bianchini
Assessora  Especial de Políticas Públicas em favor das Mulheres Vitimizadas

Andrea Nogueira Pereira
Presidente da ABMCJ RN

Supremo decide hoje sobre validade de delação negociada pela PF

Por André Richter – Repórter da Agência Brasil  Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar hoje (20), a partir das 14h, o julgamento sobre a autorização legal para que  delegados das polícias Civil e Federal (PF) possam negociar delações premiadas, conforme previsto na Lei de Organizações Criminosas (12.850/2013).

O julgamento foi interrompido em dezembro do ano passado, e o placar está em 6 a 1 a favor das delações negociadas pelas polícias, mas com divergências. O ponto comum entre os votos é sobre a validade da delação somente se o Ministério Público concordar com o acordo e a proibição de que delegados acertem as penas com os colaboradores.

Já votaram os ministros Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli. Edson Fachin votou contra. Faltam os votos dos ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e da presidente do STF, Cármen Lúcia.

A corte julga ação na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que a possibilidade de a PF realizar acordos enfraquece a atribuição exclusiva do Ministério Público (MP) de oferecer denúncia contra criminosos.

Para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, delegados da PF não têm a prerrogativa de oferecer prêmios ao colaborador, uma vez que cabe somente ao Ministério Público o papel de apresentar denúncia contra o criminoso.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) discorda da PGR e considera que a tentativa de impedir que delegados possam propor a assinatura de acordos é um retrocesso.

Irritado, Neymar vive nova situação incomum na carreira em meio à Copa

LancePressNeymar ficou muito irritado ao ter de deixar o treino da Seleção Brasileira antes do previsto nesta terça-feira por conta de dores no tornozelo direito. Não é para menos. O atacante volta a sofrer com problemas físicos, algo incomum em sua carreira, e novamente isso acontece em meio a uma Copa do Mundo, em que viveu sua maior frustração devido a um trauma.

Lesão é tão raro na carreira de Neymar que parece acontecer apenas de quatro em quatro anos. Pior: em anos de Copa do Mundo. No Santos, os profissionais do clube costumavam brincar que era difícil o craque machucar até uma unha do pé. Não teve nenhum problema considerado sério. Assim seguiu no Barcelona (ESP). Mas em 2014, durante a Copa no Brasil, o atacante se despediu do Mundial nas quartas de final após levar uma joelhada nas costas do colombiano Camilo Zuñiga. Fraturou a coluna. Foi, então, o maior problema físico de sua carreira.

Quatro anos depois, ele volta a conviver com o problema, agora como jogador do PSG (FRA). Pouco menos de quatro meses para a Copa, Neymar sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito (dedinho) e teve de passar por cirurgia. De novo, o maior problema da carreira, que levou três meses de recuperação.

Tudo bem, o jogador se recuperou a tempo de disputar o Mundial na Rússia, mas foi só o torneio começar para o fantasma voltar a atormentá-lo. Desde a preparação, Neymar se queixa de dores no pé direito. O departamento médico da Seleção tem feito questão de ressaltar que isso não tem a ver com a cirurgia, considerada muito bem sucedida. Depois da estreia contra a Suíça, em que sofreu dez das 19 faltas da Seleção, novamente Neymar teve problemas, agora no tornozelo direito, que culminou em sua saída antecipada do treino e a irritação com a situação.

O problema fez Neymar ficar praticamente dois dias, seguidos da estreia, apenas em trabalho de fisioterapia. Algo muito em incomum para um jogador que sempre teve o físico e a recuperação considerados acima dos demais. Desde o Santos, o atacante é tido como alguém fisicamente muito privilegiado pela genética. Era comum vê-lo trabalhando com alta intensidade mesmo nos treinamentos pós-jogo, que costumam ser apenas de recuperação para os atletas.

Aos 26 anos, Neymar disputa sua segunda Copa do Mundo e vive a responsabilidade de conduzir o Brasil ao sexto título. Irritado no início da Copa, ele tenta superar os problemas físicos para poder jogar com a naturalidade que costuma ser decisiva. E mostrar que o Mundial não está com a bruxa solta contra ele.

Após rever jogo contra Suíça, comissão julga que faltou contra-ataque

PVC

Tite deixou claro, já na entrevista coletiva depois da partida contra a Suíça, que percebeu defeitos da seleção brasileira, como jogar excessivamente pelo lado esquerdo e não inverter o lado da jogada. Nas eliminatórias, doze partidas sob o comando de Tite, a média de viradas de jogo foi de 4,25 por partida. Contra a Suíça, apenas duas, uma delas saindo pela linha lateral num passe longo e equivocado de Marcelo.

Não foi só esse defeito o notado pela comissão técnica após rever a partida. Sem crucificar ninguém individualmente, a comissão entende que foi a Suíça quem empurrou o Brasil para seu campo depois do gol de Coutinho. Não foi a seleção que recuou propositalmente.

Até o gol, a Suíça jogava com linha de quatro homens na saída de jogo e tinha a companhia constante dos atacantes brasileiros, marcando no campo de ataque. Com os volantes e laterais marcados, a bola saía muito pelo zagueiro Akanji, de pouca qualidade de passe. A saída era curta, sem profundidade.

Depois do gol, a seleção suíça adiantou os dois laterais simultaneamente e recuou o volante Behrami para perto dos zagueiros Akanji e Schar para melhorar o passe na saída para o ataque. Os pontas, Shaqiri e Zuber, passaram a jogar por dentro, mais perto dos meias da seleção, o que dificultou que se mantivesse a marcação no campo de ataque.

Nesse momento, o correto seria mesmo mudar o modelo de marcação, jogar atrás do meio-de-campo, mas ser agressivo para tomar a bola e sair em contra-ataques. Haveria mais espaço para Neymar e Coutinho e chance de resolver a partida numa jogada de velocidade.

A ausência deste tipo de jogada é apontada como mais uma coisa a ser corrigida para as partidas contra Costa Rica e Sérvia.

O Brasil de Tite marcou 48 gols em 22 jogos, nove deles em contra-ataques (18%).