Arquivo diários:18/04/2020

O que está por trás do que Bolsonaro chama de ‘conspiração’ de Maia, STF e Doria

Presidente diz a aliados que existe uma articulação política contra ele. HuffPost apurou que há conversas frequentes que acabam tocando na preocupação com a democracia.

Depois de gerar uma nova crise política em torno das ações adotadas pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta na condução da crise do coronavírus e demiti-lo com a escalada de popularidade do antigo subordinado, o presidente Jair Bolsonaro mudou o foco de ataques e, agora, acredita que há uma “conspiração” para tirá-lo do poder. Ele acusa o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governador de São Paulo, João Doria, e integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) de se articularem contra ele, segundo informações da Folha de S.Paulo.

Em nota divulgada pelas redes sociais, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou que o presidente tenha um dossiê sobre uma “suposta conspiração contra sua gestão”, como informou o jornal nesta sexta-feira (17).

Não é verdadeira a informação veiculada hoje na coluna Painel da Folha de S. Paulo de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, disporia de um dossiê da inteligência do governo sobre uma suposta conspiração contra sua gestão.

Desde a intensificação de discursos e posturas contrárias a orientações não apenas do Ministério da Saúde, mas também da OMS (Organização Mundial da Saúde), cresceu o nível de alerta na cúpula dos poderes Legislativo e Judiciário. Fontes relatam ao HuffPost uma preocupação real com a democracia, diante da tese de que o presidente parecia estimular um “caos social” para ter “espaço para implementar um projeto de poder”.

Bolsonaro estimula com palavras e atos o fim do isolamento social necessário para não colapsar o sistema de saúde. Diz que isso é necessário, pois a economia não pode quebrar e, por isso, o comércio precisa reabrir. Junto a isso, eleva o tom contra adversários políticos e, internamente, manda que estados governados por adversários recebam menos dinheiro de benefícios anunciados pelo governo. Nas redes sociais, sua equipe, liderada pelo filho Carlos, segue ativa no combate a todos que discordam de suas ideias e tornam, diariamente, hashtags com ataques aos “inimigos” as mais populares no Twitter.

O conjunto de ações incisivas e provocações de Bolsonaro, que se tornou um modus operandi de governar já conhecido, é assunto de conversas entre integrantes do Legislativo, Executivo estaduais e Judiciário. Ocorrem por todo lado encontros para tratar da necessidade de defesa da democracia, atenção ao papel das instituições democráticas e fortalecimento delas. É isso que Bolsonaro tem chamado de “conspiração”.

São frequentes encontros entre Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), seu vizinho, o presidente do STF, Dias Toffoli, e o ministro do STF Gilmar Mendes. Quando em Brasília, João Doria costuma ir a essas reuniões. Outros parlamentares e, por vezes, juristas também participam. Segundo apurou o HuffPost, são jantares e cafés não previamente agendados com objetivo de discutir a postura de Bolsonaro, “mas o tema acaba surgindo”.

No domingo (12), por exemplo, Mandetta esteve na fazenda do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, antes aliado fidelíssimo do presidente, mas recentemente rompido com ele devido à condução da crise do coronavírus por Bolsonaro. Entre outras coisas, os dois, que se conheceram na faculdade de medicina — foi pelas mãos do chefe do executivo goiano, inclusive, que o ex-ministro chegou ao governo federal — falaram da situação política atual. Termos como “antidemocrático” foram usados para se referir a algumas atitudes do presidente.

Ao saber da visita de seu então ministro da Saúde ao colega de partido — Mandetta e Caiado são do DEM —, o mandatário teria ficado “irado”, segundo relato de interlocutores. Foi ali que decidiu: “Desta semana [Mandetta] não passa”. Isso ocorreu antes mesmo da entrevista que o ex-subordinado concedeu ao Fantástico, da TV Globo, em que lhe mandou vários recados.

Na época em que houve uma escalada de “militarização” do governo, com a posse do general Walter Braga Netto para a Casa Civil no lugar de Onyx Lorenzoni, tornado a cúpula do Palácio do Planalto toda com formação militar, também ocorreu uma intensificação dessas conversas sobre “democracia”, uma vez que “Bolsonaro nunca escondeu seu apreço por ditadores e pelo período militar”.

Considerado pelo mandatário como um dos “conspiradores”, Doria afirma que “quem agride a Câmara” e o Judiciário “não respeita a democracia”.

“Transmito minha solidariedade ao poder Legislativo. Quem agride a Câmara agride a democracia. Também transmito solidariedade ao poder Judiciário, em especial ao STF. Quem ataca o Judiciário não respeita a democracia. O governo de São Paulo transmite ao STF e ao Congresso Nacional sua irrestrita solidariedade. Viva a democracia! Vamos defendê-la”, destacou Doria, na entrevista coletiva diária para atualizar a situação da covid-19 no estado nesta sexta-feira (17).

Jogo duplo

Apesar de atacar de um lado, Bolsonaro sabe que precisa do Congresso para passar alguns temas de interesse do governo, como a MP verde-amarela, que trata de contratos de trabalho e é uma das prioridades da equipe de Paulo Guedes (Economia). Além disso, nesta época da pandemia, o Congresso tem se reunido remotamente para analisar uma série de propostas também enviadas pelo governo.

Por isso, o presidente tenta manter uma porta aberta com Davi Alcolumbre, que comanda o Senado. Eles ainda conversam por telefone vez ou outra. É também da personalidade do próprio democrata querer “manter a boa paz” com todos. Ao menos aparentemente. Foi, por exemplo, uma ligação de Alcolumbre que convenceu em definitivo Bolsonaro a demitir Roberto Alvim da Secretaria de Cultura após vídeo polêmico em que este mencionou trechos do discurso Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista de Hitler.

Alcolumbre é judeu e, antes mesmo de emitir nota, falou por telefone com o presidente que não aceitaria que o então secretário fosse mantido no governo. Até então, Bolsonaro havia somente chamado a atenção do ex-subordinado, mas não pensava em dispensá-lo, e chegou a dizer que a polêmica em torno do caso era “barulho” provocado pela “esquerda”.

Já as pontes com Maia, Bolsonaro vem implodindo todas. Em entrevista à CNN nesta quinta (16), voltou a atacar o presidente da Câmara, a quem acusou de “falta de patriotismo” e de “humanismo”.

“Lamento muito a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo. Ele tem que me respeitar, como chefe do Executivo. Qual o objetivo do senhor Rodrigo Maia? Resolver o problema ou atacar o presidente da República? O sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca. Isso que o senhor está fazendo não se faz com o nosso Brasil. Isso é falta de patriotismo, falta de um coração verde e amarelo, falta de humanismo com este País maravilhoso que se chama Brasil.”

A Câmara aprovou a proposta de socorro aos estados e municípios no valor de R$ 89,6 bilhões como forma de compensar as perdas de arrecadação de ICMS e ISS que os entes federados estão tendo diante da pandemia. “Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que esteja equivocado”, completou Bolsonaro.

Nesta manhã, em entrevista a uma instituição financeira transmitida pela internet, o presidente do STF, Dias Toffoli elogiou os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), e disse que eles “têm tido uma atuação muito responsável”.

“Nós não estamos perdendo as premissas da responsabilidade fiscal, isso é importante. O País não está autorizando estados a se endividarem do ponto de vista de lançar endividamento público através de títulos de crédito, como acontecia no passado e gerava descontrole fiscal. O endividamento vai acontecer, mas está sendo feito de maneira coordenada”, afirmou Toffoli segundo registro do jornal O Globo.

Embora Alcolumbre e Toffoli ainda mantenham um trato mais cordial com o presidente, os dois e Maia têm atuado de forma conjunta em posicionamentos públicos. Não à toa, por exemplo, quando Bolsonaro faz um pronunciamento na TV sobre coronavírus em que os demais poderes são instados a se posicionar, há entre eles uma consonância de discurso.

No dia 24 de março, quando o mandatário elevou o tom, defendeu o fim do isolamento social e a cloroquina, foi Alcolumbre quem soltou uma nota oficial primeiro, já que é sempre Maia quem parte para os embates públicos. É uma atuação pensada e bem dividida entre eles.

Não se trata, porém, de uma conspiração, afirmam interlocutores. Mas de um “cuidado com as instituições democráticas”. Tanto que, embora a postura do presidente com a crise do coronavírus, antagônica às orientações internacionais, tenha feito disparar a aparição do termo “impeachment” em várias frentes, mesmo entre antigos aliados, a palavra não está “na ordem do dia” de Rodrigo Maia, a quem cabe avalizar o início de um processo como esse na Câmara dos Deputados.

E não é apenas o presidente da Casa que rejeita o afastamento de Bolsonaro por impeachment. De modo geral, nem mesmo a oposição é a favor disso, apesar de vozes dissonantes falarem no assunto vez ou outra. Acredita-se que, antes de cogitar tirar Bolsonaro do cargo, é preciso focar na crise do coronavírus, nas vidas, na saúde. Um processo de impeachment é longo, fruto de enorme crise política e praticamente paralisa o País. Há um entendimento na cúpula dos poderes Legislativo e Judiciário de que não é hora para isso.

RN não pode baixar a guarda: Ceará já tem fila de espera para pacientes de coronavírus

Estado já tem todos os leitos de tratamento intensivo ocupados. Fila de espera já possui 38 pacientes.


O Ceará já tem uma fila de espera de 38 pacientes com quadros graves do novo coronavírus que por ora, não conseguiram internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e estão hospitalizados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Estado, disse o secretário estadual de Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho.
“Com isso, podemos dizer que os leitos públicos estão saturados”, admitiu o secretário, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

Autoridades do Ministério da Saúde vinham alertando com preocupação nos últimos dias para o avanço do novo coronavírus no Ceará. Segundo o último boletim do ministério, o Estado é o terceiro em número de casos de Covid-19 no país, com 2.684 registros e o quarto em número de mortes, 149.

Datafolha: 64% acha que Bolsonaro errou ao demitir Mandetta

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deixou a pasta com 70% de aprovação segundo pesquisa do Datafolha.

O presidente Jair Bolsonaro errou ao demitir Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde na opinião de 64% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, que indica ainda que o ex-ministro deixa a pasta com 70% de aprovação de seu desempenho no cargo.
Na pesquisa publicada no site do jornal Folha de S.Paulo, 25% consideram que o presidente agiu bem ao demitir Mandetta, enquanto 11% não tinham opinião sobre a questão. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.

Relatório do Google mostra queda do isolamento social


O Relatório de Mobilidade Comunitária criado pelo Google mostra que nos últimos dias os brasileiros têm se movimentado mais, apesar da quarentena para frear o avanço do novo coronavírus no País. O índice divulgado no novo relatório é de 59% a menos do que o normal de movimentação de pessoas para setores de comércio. No relatório anterior, o índice era de 71% a menos. Em relação a mercados e farmárcias, a queda atual é pouca: 5%.
Em uma primeira versão do relatório, referente ao dia 29 de março, é possível verificar que a movimentação do brasileiro em lojas e locais de recreação caiu 71%, na comparação com a média dos mesmos locais nos domingos das semanas entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro. Agora, na índice referente até o dia 11 de abril, a queda é de 59%.

Irmãs Clarissas de Caicó enfrentam dificuldades: por causa do Covid-19

As irmãs Clarissas da cidade de Caicó (RN) enfrentam muitas dificuldades. Com a paralisações das missas e visitas o fluxo de doações caíram bastante.

Elas fabricam hóstias, pães, imagens sacras e terços, portanto não estão vendendo seus produtos precisando de dinheiro para alimentação, tarifas de energia e medicamentos.

Além disso precisam pagar ao funcionário que cuida da segurança da casa de oração.

Dê a sua colaboração na quantia de R$5,00, R$ 10,00,R$ 20,00 ou conforme seu coração possa doar para a manutenção dessas santas irmãs que há décadas prestam relevantes serviços ao povo de Caicó.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Agência: 0758

Operação: 003

CONTA CORRENTE 1293-5

MOSTEIRO NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Fonte: https://robsonpiresxerife.com/