Arquivo diários:25/04/2020

Chamado de desleal, Marinho tenta minar a agenda liberal de Guedes querendo torrar R$ 185 bilhões

Do Blog do Primo: Com passagens investigadas, nebulosas e suspeitas em vários órgãos onde passou como gestor, Rogério Marinho quer gastar R$ 185 bilhões. O ABC FC de Natal até hoje sofre pelos gastos de Marinho.

JULIO WIZIACK, FÁBIO PUPO E THIAGO RESENDE

Rogério Marinho e sua patota: Aécio Neves, Henrique Alves e José Agripino

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Paulo Guedes (Economia) partiu para o ataque contra Rogério Marinho, ex-secretário especial de Previdência e Trabalho e ministro do Desenvolvimento Regional. Eles eram aliados.

Contrariado com o que chama de deslealdade, Guedes alertou Jair Bolsonaro e o ministro Braga Netto (Casa Civil) para o fato de que o Pró-Brasil não sairá do papel. O plano não avança pelo menos da forma como foi apresentado.

O ministro da Economia se indignou com as articulações de Marinho. Com a crise do coronavírus, o ex-parceiro de Ministério da Economia, responsável por coordenar a reforma da Previdência, passou a procurar colegas de Esplanada, especialmente militares. Nas conversas, Marinho dizia que “era hora da gastança”.

Essa estratégia seria uma forma de estimular a economia em meio à crise do coronavírus. Guedes então se viu então duplamente traído.

Primeiramente, porque, até horas antes do anúncio do plano de retomada, não havia sido consultado.

A gota d’água, no entanto, foi a proposta de Marinho. O ministro do Desenvolvimento Regional prevê 21 mil empreendimentos, a um custo total de R$ 185 bilhões até 2024.

Desse total, são R$ 157 bilhões em novas obras. A ideia seria complementar o Orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional em R$ 33 bilhões –dos quais R$ 7 bilhões a mais neste ano.

Para Guedes, a manobra seria uma tentativa de Marinho de se cacifar ao lado de Bolsonaro e militares. Estariam no horizonte, na visão dele, voos mais altos, como até tomar sua cadeira.

À reportagem Marinho negou estar distante de Guedes.

“Só se ele estiver de mim. Eu não”, afirmou. Ele reconheceu, porém, possíveis desacordos. “Se existirem divergências, elas são de visões de Estado, ou algo parecido. Nada pessoal”, disse.

A irritação de Guedes com Marinho ocorreu porque, conhecedor da situação orçamentária e fiscal por tocar a reforma da Previdência, ele não poderia ter apresentado um plano bilionário com dinheiro novo. Mesmo assim, o chefe da Economia se mostrou aberto ao debate sobre o Pró-Brasil –que, até agora, não apresentou prioridades, cronograma efetivo e obras a serem executadas.

O programa, no entanto, para Guedes, é um novo “PAC da Dilma” –referência ao Programa de Aceleração do Crescimento capitaneado pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em conversas com Bolsonaro e Braga Netto ocorridas na quinta-feira (23), Guedes obteve sinalização de que o Pró-Brasil será submetido ao crivo do Ministério da Economia.

Guedes até concorda com que obras públicas sejam aceleradas. Mas ele não aceita uma conta que, de partida, prevê mais R$ 215 bilhões no Orçamento no momento em que as despesas bateram em 90% do planejado.

Para o ministro da Economia, isso levará o país à insolvência no pós-crise, o que inviabilizaria a retomada.

Nas análises preliminares da equipe econômica, sem a confirmação do plano de obras e sem a demissão de Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), a curva futura de juros estava em 2,5%, ante uma taxa básica (a Selic) de 3,75% ao ano.

Moro se tornou ex-ministro e provocou uma crise política que afetou o mercado. Caso o Pró-Brasil seja viabilizado como está, o Copom (Comitê de Política Monetária) será obrigado a elevar os juros.

Para Guedes, o custo de capital no país ficará muito maior. Isso frearia qualquer tentativa de atrair capital estrangeiro para o programa de concessões ou investimentos diretos.

Técnicos do governo já ressaltam a mudança na direção do ministério de Marinho, com abandono de uma pauta liberal. O titular, contudo, chegou lá com apoio de Guedes, um liberal convicto.

Inicialmente, os dois estavam alinhados. Discutiram até a reformulação do Minha Casa Minha Vida.

A ideia era criar um programa habitacional com baixo custo para os cofres públicos por meio da regularização de bairros carentes. As famílias ganhariam a escritura e registro de suas propriedades.

Com o documento de posse, os beneficiários do programa poderiam também ter acesso a recursos do governo para fazer melhorias nas casas.

Mesmo agora, com o viés de expansão das despesas públicas, Marinho mantém a proposta. No entanto, ele passou a defender obras de mobilidade, saneamento (mercado que Guedes defende abrir para o setor privado) e gestão de recursos hídricos, como barragens e adutoras no Nordeste, região onde o governo tem pouco apoio político.

Esse tipo de ação é comumente usado em negociações com o Congresso por meio de liberação de emendas parlamentares. Nesses casos, deputados e senadores se tornam padrinhos das obras.

Nesta sexta-feira (24), o Palácio do Planalto amenizou o conflito com a Economia. Braga Netto, a quem Bolsonaro delegou o Pró-Brasil, reafirmou o compromisso do país com o teto de gastos.

A regra, definida em lei, estabelece critérios para o crescimento das despesas. Elas só podem ser corrigidas pela inflação do ano anterior.

No contexto da pandemia, Guedes entende que parte da agenda liberal teve de ser suspensa para que seja resolvido o problema emergencial do novo coronavírus.

Para isso, ele aceita, por exemplo, os argumentos apresentados pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que pretende aumentar os gastos com obras, mas dentro do teto estabelecido.

Quem acompanhou as conversas afirma que a ideia de Tarcísio é remanejar recursos da Infraestrutura. Ele espera ainda uma complementação de R$ 10 bilhões por ano ao longo de três anos.

Com algum esforço, esse plano poderia ser avaliado, dentro dos limites estabelecidos pela regra do teto -que autoriza o aumento de despesas só para investimentos.

Marinho foi além, contudo, ao propor o aumento de gastos, na visão do time de Guedes.

Brasil registra 346 novas mortes por coronavírus em 24 h e total passa de 4.000


THIAGO RESENDE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou 346 novas mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 h, um aumento de 9,4%, segundo informou o Ministério da Saúde neste sábado (25). Veja os números atualizados
O recorde de mortes foi batido na quinta-feira (23), com 407 novas mortes em apenas um dia. No total, são 4.016 mortes pelo novo coronavírus. O país tem ainda 58.509 casos confirmados de Covid-19 –no dia anterior eram 52.995.

Hipertensão, obesidade e diabetes trazem maior risco de morte por covid-19

O novo estudo, feito nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 5.000 pacientes infectados pelo novo coronavírus

Um novo estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Médica Feinstein, nos Estados Unidos, indica que os pacientes que têm condições pré-existentes, como hipertensão, obesidade e diabetes são as que apresentam quadros mais severos de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

Os dados eletrônicos analisados eram de 5.700 pacientes que foram internados em hospitais nos Estados Unidos com o diagnóstico de covid-19 entre os dias 1º de março e 4 de abril.

Aproximadamente uma em cada cinco pessoas com comorbidades morreu. Entre as que tiveram alta, o tempo de internação foi de quatro dias.

A maioria dos pacientes estudados era homem, com idade média de 63 anos, e tinha respiração acelerada ou precisava de oxigênio suplementar. Além disso, mais da metade das pessoas tinha quadro de hipertensão. A segunda comorbidade mais comum foi a obesidade, observada em 41% dos pacientes. A diabetes apareceu em terceiro lugar, sendo observada em 34% das pessoas consideradas no estudo.

As pessoas que tinha diabetes eram as que tinham maior probabilidade de precisar de respiradores. Elas também tinham maior risco para a necessidade de tratamento intensivo, em uma UTI, e podiam desenvolver uma doença renal.

Apesar de ter sido feito com uma amostra consideravelmente grande de pacientes, o estudo não é conclusivo e possui limitações que requerem mais investigação científica. Como a pesquisa foi feita com base em dados eletrônicos, os pesquisadores não puderam coletar detalhes sobre a evolução dos quadros clínicos dos pacientes, se limitando a analisar quem se recuperou e quem morreu.

A comunidade científica global ainda não sabe ao certo porque os homens idosos morrem mais de covid-19 do que as mulheres.

Bolsonaro cita “Vaza Jato” para insinuar que acolheu Moro e ex-ministro responde

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a se pronunciar sobre o ex-ministro Sergio Moro um dia após seu pedido de demissão. A citação de Bolsonaro teve resposta de Moro minutos depois.

No Twitter, o chefe do Executivo publicou uma foto abraçando o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e citou a série de reportagens apelidada de “Vaza Jato“, que expôs a interferência do então juiz nas ações do MPF (Ministério Público Federal) durante a Operação Lava Jato.

“A Vaza Jato começou [em] junho [de] 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sergio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF [Supremo Tribunal Federal]. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso”, diz a mensagem compartilhada por Bolsonaro, acompanhada de uma foto do presidente abraçando o então ministro.

Uma hora após a postagem ter sido feita, Moro respondeu afirmando que não houve ingratidão de sua parte uma vez que também teria apoiado Bolsonaro durante acusações classificadas por ele como injustas.

“Sobre reclamação na rede social do Sr. Presidente quanto à suposta ingratidão: também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado. Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional, de Estado de Direito, e não de relacionamento pessoal”, escreveu Moro.

A SAÍDA DE MORO

 

Moro deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de querer exonerar o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Maurício Valeixo, para ter acesso às investigações, em clara interferência política. O presidente, horas depois, disse que o ex-ministro condicionou a saída de Valeixo a uma vaga no STF.

À noite, o “Jornal Nacional” exibiu uma troca de mensagens entre Moro e Bolsonaro que, segundo o ex-ministro, seriam a prova de que falava a verdade sobre a tentativa do presidente de interferir na PF.

Na conversa por WhatsApp divulgada pela Globo, o chefe do Executivo enviou ao então ministro uma notícia do site “O Antagonista” intitulada “PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas”. Em seguida, o presidente escreveu: “Mais um motivo para a troca”.

Carlos Eduardo faz post criticando Bolsonaro e Redes Sociais lembram campanha que ele usou colado com o Mito, pergunta o Xerife


Por Robson Pires

O ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), saiu do ostracismo político que vive e usou o Twitter ontem para criticar o presidente Jair Bolsonaro. Nas Redes Sociais, os potiguares lembraram os cartazes da última campanha de governador, onde em 2018, Carlos Eduardo colou no“Mito”, para tentar alavancar seu nome no RN.

Fonte: www. robsonpiresxerife.com

Prazos processuais da Justiça Federal do RN serão retomados dia 4 de maio

Os prazos processuais da Justiça Federal serão retomados no dia 4 de maio. Já o teletrabalho dos servidores foi prorrogado por tempo indeterminado. A portaria é assinada pelo diretor do Foro da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, juiz federal Carlos Wagner Dias Ferreira.

No documento é recomendada a realização de audiências de instrução e julgamento, de conciliação e de mediação, como também de perícias, por meio de videoconferência utilizando ferramenta tecnológica a ser disponibilizada pela Direção do Foro da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte ou por qualquer outro Órgão do Poder Judiciário.

Já nas sessões virtuais de julgamento na Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte fica assegurada aos advogados das partes a realização de sustentações orais, a serem requeridas com antecedência mínima de 24 horas.

RN registra 40 mortes por Covid-19


A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap) atualizou os dados do coronavírus no RN neste sábado (25). Os números foram informados por Petrônio Spinelli, Secretário-adjunto da Sesap, em coletiva no fim da manhã de hoje.

O mais recente boletim epidemiológico soma 781 casos de Covid-19 no RN em 53 cidades. São 27 casos a mais que na sexta-feira, quando eram 754 infectados.

O número de curados se mantém em 289, dados sujeitos a alterações a partir da evolução dos casos e à medida que os municípios enviarem seus dados, observa a Sesap.

São 40 as mortes causadas pela pandemia no estado, em 17 cidades, dois registros de óbitos nas últimas 24 horas.

O número de suspeitos chega a 3.928 (em 155 municípios). Os casos descartados são 2.838.