Arquivo diários:26/04/2020

Paulo Guedes se irrita com ataque da Record e suspeita de dedo de Bolsonaro, diz revista

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se irritou com uma reportagem da Record com duras críticas ao trabalho dele no governo Bolsonaro, informou a revista “Época” neste domingo (26).
Além de apontar cinco erros da gestão econômica, a emissora chamou Guedes de “fraco” e “insensível com os pobres”. A reportagem foi exibida na última quinta-feira (23), dentro do “Jornal da Record”.

De acordo com a revista, o ministro está convencido de que houve ingerência de Jair Bolsonaro (sem partido) para a produção da reportagem.

A Record é uma das emissoras alinhadas a Bolsonaro. Em 2019, recebeu a maior fatia da verba publicitária do governo federal (42,61%), mesmo registrando um terço da audiência da Globo.

A reportagem da Record ainda citou a ausência do ministro no lançamento do Pró-Brasil, programa de estímulo à economia após a pandemia de corinavírus, na última quarta. A não participação de Guedes gerou suspeitas de desgaste do chefe da Economia dentro do governo.

O ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, negou qualquer animosidade entre Guedes e Bolsonaro.

Outro sinal visível de desconforto ocorreu durante o pronunciamento do presidente na última sexta, horas após Moro anunciar sua demissão e acusá-lo de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal. Descalço e único a usar máscara como prevenção ao coronavírus, ele deu dois aplausos tímidos ao final do discurso, em contraste com os gritos de apoiadores.

Assim não dá: vice-presidente Mourão gasta R$ 100 mil com dinheiro público para ficar bombado

O vice-presidente da República quer ganhar músculos

O governo compra dois aparelhos para exercícios físicos por 100 mil reais para o vice utilizar durante a pandemia

Revista Veja

Por Hugo Marques 
No momento em que a palavra impeachment volta a circular com força, é natural que as atenções se voltem para a saúde do vice-presidente Hamilton Mourão. E o general, ao que tudo indica, está bem,  em forma — ou, no mínimo, está empenhado em continuar em forma.  Aos 66 anos, a atividade esportiva preferida do vice é cavalgar. Às vezes, também anda de bicicleta pelas ruas de Brasília. Porém, em épocas de pandemia, até para servir de exemplo, melhor respeitar ao máximo o confinamento.

O Palácio do Jaburu, por conta disso, decidiu renovar a academia da residência oficial. Mourão vai ganhar uma esteira ergométrica e uma estação de musculação novíssimas. Os dois aparelhos vão substituir os antigos que estão danificados e obsoletos. A esteira terá sensores sem fio que medem a frequência cardíaca e interface com aplicativos de entretenimento, internet, TV.

Já a  estação de musculação contará com  três torres do tipo “Lat Pulldown” (para exercícios de puxada para costas, com articulação giratória), “Triceps Press” (extensão do tríceps) e “Remadas Baixas” (com polia, cadeira extensora, mexa flexora e banco de supino ajustável) — segundo está especificado no edital de compra. O custo será de 100.000 reais. Detalhe: a encomenda foi feita antes da crise desencadeada com a demissão do ministro Sergio Moro.

Kim Jong-un morreu? O que se sabe sobre o líder da Coreia do Norte

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un desapareceu dos olhos do público em abril. O que está acontecendo neste que é um dos países mais fechados do mundo?

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, voltou a ser o foco das atenções do mundo nos últimos dias, depois de relatos conflitantes sobre o seu paradeiro. O sumiço dos compromissos públicos levantou especulações sobre sua real condição de saúde.

No início da semana passada, um veículo de imprensa da Coreia do Sul noticiou que Kim estaria se recuperando de uma cirurgia no coração, feita no dia 12 de abril.

Dias depois, os rumores sobre o seu estado de saúde, inclusive sobre uma possível morte, ganharam tração com a sua ausência foi notada em uma das mais importantes celebrações da Coreia do Norte: o aniversário do fundador do regime, e avô de Kim, Kim Il-Sung, em 15 de abril.

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Coronavírus: novos túmulos serão abertos no Cemitério do Maruí, em Niterói

Giovanni Mourão

NITERÓI — A pandemia de coronavírus motivou a prefeitura a ampliar a capacidade de sepultamento no seu maior cemitério. Como medida preventiva, em virtude do provável aumento de demanda que está por vir, a Secretaria municipal de Obras contratou, em 15 de abril, a implantação de 352 gavetas no Cemitério do Maruí, no Barreto.

Os cemitérios de Itaipu (São Lázaro) e Charitas (São Francico Xavier), terão, respectivamente, mais 140 e 200 novas sepulturas, medidas tomadas antes da crise sanitária. As do primeiro ficarão prontas esta semana; as do outro ainda estão em fase de contratação, portanto, sem data para serem entregues. No Maruí, a empresa contratada em caráter emergencial, por R$ 755 mil, terá até 14 de julho para concluir a ampliação. Juntos, os três cemitérios terão 692 novos jazigos.

A Secretaria de Obras ressalta, em nota, que já providenciou o reforço das equipes que coordenam e executam os trabalhos sepulcrais e que as três unidades têm vagas suficientes para a atual demanda municipal, que hoje está em torno de dez sepultamentos por dia. Diz também que, em 2018, a capacidade do Maruí foi ampliada em 600 gavetas e que não deixou de atender a nenhuma solicitação de sepultamento nos últimos anos.

Não é gripezinha: em colapso pelo coronavírus, Manaus enterra 1.249 em duas semanas e já teme falta de caixões


Rafael Oliveira

A cena da vala comum, na qual caixões enfileirados lado a lado foram enterrados de uma só vez, lançou os holofotes para
Embora registre 207 mortes oficiais por Covid-19 desde o início da pandemia (81,2% do total de 255 mortes no Amazonas), a capital precisou deste recurso para minimizar o colapso causado pelo novo coronavírus no cemitério Tarumã. Mas a preocupação continua. Com o número de óbitos muito além do que as notificações apontam, a cidade já vê de perto o risco de um desabastecimento de urnas funerárias.

De acordo com a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), que administra os cemitérios da cidade, 1.249 sepultamentos foram registrados nas últimas duas semanas, o que resulta numa média 89 a cada dia. Na última semana, os números são ainda mais impressionantes: foram 802 enterros, ou 114,5 a cada 24 horas.

Segundo a prefeitura, a média de sepultamentos antes da pandemia de Covid-19 era de menos de 30 por dia. O crescimento rápido pegou o setor funerário de surpresa. Agora, a preocupação é com o risco de faltarem caixões.

De acordo com o presidente da Associação de Empresas Funerárias do Estado do Amazonas, Manuel Viana, já foram encomendadas 2 mil urnas. No entanto, como não há fábricas na região (apenas uma montadora que consegue fornecer de 15 a 20 unidades por dia), elas são compradas de estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Até chegar ao destino, passam dias percorrendo estradas e rios. A previsão é de que cheguem em junho.

– Com a média atual de mais de 100 óbitos por dia, em menos de um mês chegaremos aos 3 mil. Não temos estoque para isso – afirma Viana. – Não sei se o que temos hoje dá para mais 10 dias.

A esperança está nos céus. Através da associação nacional, o setor funerário do Amazonas pleiteia um avião cargueiro ao governo federal para transferir um estoque de 3 mil caixões o mais rapidamente possível. Caso isso não ocorra, a solução pode ser dramática

– A alternativa vai ser usar contêineres frigoríficos para guardar os corpos à espera dos caixões – admite Viana.

No início da pandemia, a previsão do setor funerário local era de que a média de enterros chegasse à casa dos 50 por dia. No entanto, desde 12 de abril, quando foram registrados 64, esta projeção ficou para trás. Nesta terça, o feriado de Tiradentes foi marcado pelo recorde de sepultamentos na capital amazonense: 136. Na quinta, a marca quase foi repetida: 135. O total desta sexta-feira ainda não foi divulgado.

Dados da Prefeitura de Manaus jogam luz para o tamanho das subnotificações. Dos 391 sepultamentos realizados entre terça e quinta-feira, 105 foram de mortes em domicílio. Ou seja, em mais de um quarto dos óbitos (26,8%) deste período a vítima não recebeu atendimento em hospital.

Outras 105 mortes ocorridas nestes três dias foram por causa deconhecida, indeterminada ou não especificada. E mais 138 (35,3%) foram por síndrome ou insuficiência respiratória, principal sintoma associado ao novo coronavírus. Ou seja: destes 391 óbitos, 243 podem ter sido pela Covid-19.

As explicações para isso são muitas. Como não há testes para todos os que procuram hospitais, a fila de espera faz com que as confirmações saiam com atraso. Não são poucos os casos de pessoas que morrem sem saber o resultado de seu teste. Sem contar os que morrem em casa e que sequer são testados para a Covid-19.

Além disso, há as outras causas que, mesmo longe dos holofotes, continuam gerando vítimas. E, mesmo nestes casos, também há influência da pandemia, já que a falta de leitos ou de profissionais disponíveis torna mais difícil o acesso à rede de saúde.

Esposa de Moro se pronuncia depois da demissão


Por meio da página oficial que possui, no Instagram, Rosângela Moro se pronunciou, após o marido, Sergio Moro, ter pedido demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta sexta-feira (24).Compartilhando uma foto das instalações do próprio agora ex-local de trabalho do marido, ela agradeceu por todo o tratamento que recebeu, principalmente durante o tempo em que o casal morou em Brasília.

“À toda a equipe do MJSP @mjsp_gov em especial os que mudaram suas vidas e rotinas para morar em Brasilia meu abraço e e reconhecimento pela equipe brilhante que vocês são”, escreveu Rosângela, na legenda da publicação que fez, na rede social. – Esta notícia pertence a

Fonte: www.ofuxico.com.br

Lula ataca Moro e pede calma sobre impeachment de Bolsonaro

PT decidiu que não vai apresentar pedido de impeachment do presidente sem apoio de outros partidos de oposição e sociedade civil
Ricardo Galhardo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu o ex-ministro Sérgio Moro, seu algoz, e não o presidente Jair Bolsonaro como alvo principal na crise causada pela demissão do titular da Justiça.

Lula usou as redes sociais - em vídeo e texto - para criticar Bolsonaro
Lula usou as redes sociais – em vídeo e texto – para criticar Bolsonaro

Foto: EPA / Ansa

Em reunião com a executiva nacional e representantes das bancadas do PT na Câmara e no Senado, sexta-feira à noite, Lula usou a maior parte de sua fala para atacar Moro. Segundo participantes da reunião, o ex-presidente decidiu falar no começo da conversa e não no final, como é de costume. Lula fez um aparte durante a manifestação da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, primeira a falar e imediatamente partiu para o ataque contra Moro.

De acordo com relatos, aos palavrões, Lula passou a enumerar atos de Moro contra ele próprio e o PT desde o início da Lava Jato. Em certo momento, o ex-presidente disse que Moro tinha ligações com o governo dos EUA quando era juiz mas não chegou a vincular essas ligações com a forma belicosa como o ex-juiz deixou o governo.

Em sua conta no Twitter, na manhã deste sábado, 25, Lula disse que Bolsonaro é “cria” de Moro e não o contrário.

“Não pode haver inversão da história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro. Nessa disputa toda, os dois são bandidos, mas é o Bolsonaro que é a cria e não o contrário. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”, postou o ex-presidente.

Moro foi o responsável pela condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, em 2017. A pena foi aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) para 12 anos e depois reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para oito anos e dez meses.

A condenação levou Lula a ficar preso por um ano e meio na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e impediu o petista de disputar a eleição presidencial de 2018, quando era líder nas pesquisas Lula sempre negou irregularidades no caso do tríplex e alega que Moro forçou a condenação para tirá-lo da disputa eleitoral, o que abriu caminho para a vitória de Bolsonaro.

Segundo fontes do PT, isso explica o fato de Lula ter pedido cautela ao partido horas antes, em conversa com Gleisi, Aloisio Mercadante e Fernando Haddad, ainda sob o calor do pronunciamento de Moro.

Na reunião de sexta-feira à noite o PT decidiu que não vai apresentar um pedido de impeachment de Bolsonaro de forma isolada. Se o fizer, será junto com outros partidos de oposição e entidades da sociedade civil. Mas também não vai se posicionar contra o afastamento do presidente e caso a Câmara dê início ao processo, o partido votará a favor do impeachment.

Em outra frente o PT designou enviados para procurar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e tentar destravar a tramitação das propostas de emenda à Constituição (PECs) que alteram a forma de sucessão presidencial em caso de impeachment.

Hoje existem duas PECs sobre o tema no Congresso. A primeira, do ex-deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), já passou Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A segunda, dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Henrique Fontana (PT-RS), é mais detalhada mas ainda não foi analisada pela comissão. A ideia é convencer Maia a juntar as duas PECs.

“Temos que nos aprofundar nas investigações sobre o uso de fake news na eleição de Bolsonaro porque houve fraude. Com a aprovação da PEC não teríamos que nos preocupar com (Hamilton) Mourão (vice-presidente)”, disse Paulo Teixeira.

As PECs prevêem a realização de novas eleições em caso de vacância na Presidência da República até seis meses antes do término do mandato. Hoje, em caso de impeachment assume o vice.