Arquivo diários:29/04/2020

FNF marca reunião com clubes para definir volta aos treinos


O presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol, José Vanildo da Silva, participou de vídeo reunião com a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a maior parte dos presidentes das outras federações do Brasil.

Na CBF, estavam o presidente da entidade, Rogério Caboclo e o secretário-geral, Walter Feldmann, que orientaram que os treinos visando a volta dos Estaduais sejam retomados, respeitando as autoridades sanitárias  de cada estado.

José Vanildo fez um balanço da vídeo reunião. “A orientação e o entendimento comum é que deve-se entrar em contato com os Governos Estaduais e expor a necessidade da retomada das partidas de futebol, dentro das devidas recomendações sanitárias, como jogos de portões fechados e seguindo aquelas recomendações que foram expostas no Plano de Ação que enviamos para os cubes”, informou o dirigente.

O presidente lembrou ainda que existe o Decreto do Governo do Rio Grande do Norte que mantém restrições até o próximo dia 5 de maio. “Logicamente que o decreto será respeitado, deve ser respeitado. Mas vamos marcar uma reunião para a próxima quinta-feira (30) com os oito clubes da Série A1, com um representante de cada clube guardando os cuidados necessários. Será uma reunião fechada apenas com um representante de cada clube”.

A CBF entende que é necessário que os Estaduais sejam retomados para garantir participações em competições de âmbito nacional.

Ainda não existe data para a retomada dos jogos oficiais, o primeiro passo será definir a volta dos treinos e as atividades dos clubes de futebol.

Com FNF

Como o governo monitora a sua localização durante a pandemia de coronavírus


Lucas Carvalho

Para monitorar a população e medir o nível de respeito ao isolamento social, estados e municípios têm feito parcerias com empresas do setor de tecnologia e comunicação para rastrear smartphones por geolocalização, e, assim, montar mapas de calor que mostram quantas pessoas estão paradas em suas casas e quantas estão em movimento.

O governo do estado de São Paulo, epicentro da covid-19 no Brasil, divulga os dados coletados através Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP). A base de dados é abastecida, em parte, por informações das operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM. Mas uma outra empresa, menos conhecida, também faz parte do trabalho de coletar dados e monitorar o ir e vir dos brasileiros.

Seu nome é In Loco. Trata-se de uma startup sediada em Recife (PE) que já tem contratos com 15 estados e três prefeituras da federação brasileira para monitorar a quarentena dos cidadãos.

Através do seu Índice de Isolamento Social (IIS), a startup divulga um mapa disponível publicamente online mostrando como anda o respeito às medidas de isolamento social ao redor do Brasil.

Esse rastreamento é diferente daquele proposto por Google e Apple, que vão inserir no sistema operacional dos smartphones Android e iOS (respectivamente) instruções para rastrear o contato de pessoas potencialmente infectadas pela covid-19 através de Bluetooth.

Como a In Loco sabe onde você está

Para ter acesso aos dados de mais de 60 milhões de smartphones em todo o território brasileiro, a In Loco utiliza rastreadores (trackers) instalados em mais de 100 aplicativos. Esses trackers, que podem estar em apps de delivery, varejo ou de bancos, por exemplo, coletam dados da localização do usuário e os encaminham para a startup.

Contudo, a In Loco ressalta que as informações que chegam ao seu banco de dados são anônimas. Ou seja: a empresa sabe onde cada usuário esteve, mas não sabe quem é quem. Ela garante que não coleta informações de identidade, como nome, CPF ou mesmo número de telefone.

É assim que a empresa diz proteger a privacidade dos usuários, mesmo que muitos deles jamais soubessem que estavam sendo monitorados por ela. Por conta dos acordos firmados com seus clientes, a In Loco não revela quais são os aplicativos que ela usa para fazer o rastreamento, mas diz que são alguns dos “maiores varejistas e bancos do Brasil”.

Um dos serviços fornecidos pela In Loco às empresas que utilizam seu tracker é o de segurança. Se alguém fizer uma compra com seu cartão em outra cidade, por exemplo, a In Loco avisa o provedor de crédito que a localização da compra não bate com a localização do usuário, e avisa que a transação pode ser uma fraude.

Para saber onde você está com altíssima precisão, o tracker da In Loco usa sensores do próprio celular, como o GPS, e os cruza com dados de Wi-Fi, Bluetooth e outros.

Os dados são processados em apenas dois locais: no smartphone do usuário e no servidor da In Loco. As informações não passam pela mão do banco ou do varejista, nem pelas mãos do governador ou prefeito que usam a tecnologia da empresa no combate ao coronavírus.

“Existem algumas categorias de lugares sensíveis que a gente não registra visitas, nem mesmo a nível do smartphone, fora dos servidores”, explica Luciano Melo, cientista de dados da startup, citando como exemplo templos religiosos e “entretenimento adulto” – lugares para os quais a In Loco faz “vista grossa”.

Políticas de privacidade

A startup pernambucana não é a única a utilizar essa estratégia, que já se tornou base do mercado de tecnologia e publicidade online. O Google, por exemplo, possui uma série de trackers diferentes usados para rastrear usuários e montar perfis de consumo que serão usados para direcionar propaganda.

O tracker mais utilizado do Google, por exemplo, está instalado em mais de 32 mil aplicativos diferentes em todo o mundo – e possivelmente divide espaço com o da In Loco no seu celular, mesmo que você não saiba.

Apesar disso, privacidade parece ser um assunto importante para a In Loco. Embora não divulgue quais aplicativos usam seu rastreador, ela exige que os apps informem o usuário de que seus dados serão partilhados com a startup. A informação geralmente aparece nos termos de privacidade do app – aqueles que a maioria só clica em “aceitar” sem ler.

Além disso, tanto nas versões mais recentes do Android quanto no iOS, os aplicativos precisam pedir permissão individualmente para acessar o GPS, Wi-Fi e Bluetooth do celular. Se você negar acesso ou desligar esses recursos, nenhum tracker consegue monitorar seus passos.

A In Loco também já obedece a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), prevista para entrar em vigor em agosto de 2020 – embora propostas tramitando no Congresso estejam tentando adiá-la. Quem não quiser ser rastreado, por exemplo, pode simplesmente pedir para ser apagado do seu banco de dados– é o chamado “direito ao esquecimento”.

Os cuidados com a privacidade valem tanto para as empresas parceiras da In Loco quanto para os governos estaduais e municipais com quem a startup celebrou termos de doação e cooperação para o uso de sua tecnologia no monitoramento da quarentena.

Como limpar o smartphone contra o coronavírus

Todo esse cuidado com a LGPD reflete a lição que a startup aprendeu com empresas como a Cambridge Analytica, uma agência de marketing do Reino Unido que coletava dados de usuários do Facebook para abastecer campanhas políticas, mas que foi pega fazendo isso sem consentimento de muitos usuários e sem autorização do próprio Facebook.

A Cambridge Analytica perdeu clientes, foi processada, faliu e sumiu do mapa, enquanto o Facebook teve que se explicar perante o Congresso dos EUA. O escândalo levou a União Europeia a adotar uma lei de proteção de privacidade online que serviu de base para a criação da LGPD no Brasil (além de ter virado filme na Netflix).

A própria In Loco já foi alvo de investigação do Comissão de Proteção de Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O inquérito, porém, foi arquivado depois que os procuradores concluíram que o modelo de negócios da empresa respeita princípios básicos de privacidade regidos pela LGPD.

Atualmente, a taxa média de isolamento social no Brasil, segundo os dados da In Loco, está abaixo dos 60%. A medição mais recente, divulgada no último domingo (26), aponta que 59,1% dos brasileiros estão em casa. Autoridades apontam que o ideal seria 70%.

Covid-19: governo da Bahia cancela festas juninas em 2020


O governador Rui Costa (PT) confirmou, nesta terça-feira (28/04), durante o programa online Papo Correriaque nenhuma cidade baiana irá realizar as festividades juninas neste ano de 2020.

De acordo com Rui Costa, a medida vale até mesmo para municípios que não possuem casos confirmados da Covid-19. A ideia é evitar a aglomeração e o deslocamento de pessoas entre as cidades.

“Não teremos este ano na Bahia festa junina. Não há perspectiva de ter aglomeração em junho. Ainda teremos o vírus circulando, mas eu espero que esteja sob controle”, afirmou

Em plena pandemia, Bolsonaro falando em facada

Será que o presidente está bem?


O presidente Jair Bolsonaro defendeu que a Polícia Federal (PF), agora sob novo comando, reabra a investigação da tentativa de assassinato contra ele, na campanha eleitoral de 2018. Bolsonaro foi atingido por uma facada desferida por Adélio Bispo, durante uma atividade de campanha em Juiz de Fora (MG). Em entrevista na entrada do Palácio do Alvorada o presidente voltou a dizer que acredita que há um mandante por trás da tentativa de homicídio praticada por Adélio.

Rogério Marinho quase conseguiu

Rogério Marinho e sua patota: Aécio Neves, Henrique Alves e José Agripino

Plantado para desestabilizar o governo Bolsonaro por um grupo de empresários paulistas ligados ao governador de São Paulo João Dória o ministro Rogério Marinho quase consegui seu objetivo, na reunião de ontem com Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, o ministro Paulo Guedes disse que o presidente teria que fazer escolhas.

E deixou claro que “não teria mais como ajudar o governo”, caso Bolsonaro optasse pelo plano de Rogério Marinho, que apavorou o mercado com gastos extrateto de R$ 300 bilhões – para turbinar uma nova versão do PAC e do Minha Casa Minha Vida.

O presidente disse que o ministro poderia ficar tranquilo e, logo depois, reafirmou publicamente que é Guedes quem manda na economia, diz o site Antagonista.
Paulo Guedes e Bolsonaro não conhecem Rogério Marinho, eles fiquem certos que está foi apenas uma tentativa, outras virão..
Rogerio não para, ele é astucioso e insistente .

Em meio da pandemia, Bolsonaro diz que ainda vai apresentar provas de fraude em urnas eletrônicas

Com seu amigo potiguar Fábio Faria

Jair Bolsonaro disse hoje que tem as provas de que teria vencido as eleições de 2018 ainda no primeiro turno, como declarou no início do ano nos Estados Unidos. Questionado por jornalistas, disse que só vai apresentá-las juntamente com um projeto de lei sobre o assunto.

“Se eu não tivesse [as provas] eu não falaria, meu Deus. Eu sei do peso do que eu falo. Agora, você pode ver, vamos lá para o feijão com arroz. Alguém acredita na urna eletrônica? Levanta o braço aí… Ninguém acredita”, disse, dirigindo-se à claque de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

O ANTAGONISTA

Cientistas concluem que o contágio pelo Covid pode acontecer pelo ar em locais fechados


Em busca de respostas para questões ainda não respondidas sobre o novo coronavírus, cientistas chineses concluíram que o contágio pelo Sars-CoV-2 pode acontecer através do ar, por meio de partículas suspensas do agente infeccioso, principalmente em locais fechados, com más condições de ventilação e onde há aglomerações.

Publicada na semana passada no portal especializado medRxiv, a prévia de um estudo realizado por pesquisadores de diferentes instituições da China — entre elas a Universidade de Hong Kong e uma das divisões do Centro de Controle e Prevenção de Doenças — confirmou que clientes de um restaurante da cidade portuária de Guangzhou foram infectados no fim de janeiro sem necessariamente terem entrado em contato físico uns com os outros ou com superíficies contaminadas.

Para os cientistas, a respiração e a fala de um paciente infectado pelo novo coronavírus foram responsáveis por suspender no ar as partículas do vírus, que acabaram circulando através de um fluxo criado por um aparelho de ar-condicionado. A infecção se deu em uma zona restrita do restaurante onde a máquina de ventilação artificial surtia efeitos.

O episódio estudado aconteceu em 24 de janeiro, durante as comemorações do Ano Novo Chinês, e terminou com dez casos de pessoas infectadas no estabelecimento, todas elas pertencentes a três famílias diferentes. No local, apenas um cliente já tinha sido acometido pelo novo coronavírus naquela data: embora estivesse assintomático, ele havia acabado de retornar de uma viagem à cidade de Wuhan, onde o coronavírus foi registrado pela primeira vez no mundo.

A possibilidade de que a transmissão do vírus tivesse acontecido sem contatos físicos no interior do restaurante já havia sido levantada em outro estudo chinês disponibilizado no início do mês pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. A hipótese, no entanto, ganha mais força com a publicação mais recente, considerando que ela reúne, entre outras evidências, a descrição de uma simulação de contágio realizada no próprio restaurante em que estiveram os membros das três famílias infectadas.

A descoberta reforça também a preocupação com a identificação com partículas do novo coronavírus em suspensão encontradas em dois hospitais de Wuhan e em áreas públicas vizinhas a eles, revelada na segunda-feira em um estudo publicado pela revista Nature.

‘Reconstituição’ da cena do contágio no restaurante

Dispostos a entender o ocorrido durante o Ano Novo Chinês, os pesquisadores estiveram no restaurante em 19 e 20 de março, quase dois mês após o registro das infecções no local, e recriaram a cena do contágio.

Com a ajuda de relatos colhidos por agentes de saúde e munidos de diversas informações (como imagens de câmeras de segurança, plantas arquitetônicas e dados meteorólogicos), eles constataram que as três famílias, distribuídas em mesas enfileiradas umas com as outras, compartilharam a mesma zona de fluxo de ventilação estabelecida por um aparelho de ar-condicionado instalado no terceiro andar do restaurante em que elas estavam.

Isso só foi possível com a utilização de um gás marcador com características de propagação no ar semelhantes às do Sars-CoV-2. Ele foi emitido no ambiente como se fossem as partículas do coronavírus contidas nos aerossóis da fala e respiração do “paciente número zero”.

Na ocasião do contágio, a pessoa afetada pela Covid-19, infectada em Wuhan, sentou-se à mesa mais distante daquele aparelho, reunida com quatro parentes. Entre a mesa da família dela e a parede onde estava instalado o ar-condicionado, estavam outras duas mesas em que se reúniam os outros dois grupos familiares que também acabaram se infectando.

Na família do paciente infectado, as quatro pessoas presentes junto com ele no restaurante testaram positivo para o vírus nas semanas seguintes. Em outra família, que se sentou à mesa mais próxima à do infectado, houve três membros infectados entre os quatro que estiveram no local. Na terceira família, cuja mesa estava disposta abaixo do ar-condicionado, dois dos sete membros foram acometidos pelo coronavírus.

As outras pessoas presentes nos cinco andares do restaurante — onde havia 193 clientes e 57 trabalhadores no momento do contágio — não foram infectadas naquela ocasião. Não houve desdobramentos nem mesmo para os 73 fregueses e oito funcionários que, assim como as famílias infectadas, estavam no terceiro andar. O contágio se restringiu à área das três mesas ventiladas pelo mesmo aparelho de ar-condicionado, o que ficou claro na simulação.

O GLOBO