Arquivo diários:15/05/2020

No Brasil aparece de tudo, até empresário pelado em reunião com Presidente da República


Até Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu nesta quinta-feira (14) os efeitos colaterais dos encontros remotos, comuns em época de pandemia do novo coronavírus. O presidente pediu que o ministro da Economia Paulo Guedes interrompesse a conferência virtual para alertar que um dos participantes estava aparecendo nu, tomando banho. A informação é da jornalista Carla Araújo, do portal UOL.

“Dá uma parada aí, Paulo. O colega do último quadrinho”, disse o presidente, que estava em uma sala no Palácio do Planalto, ao lado de Guedes.

Sem muita cerimônia, Guedes respondeu: “Tem um peladão. Fazendo isolamento peladão em casa. Beleza. (…) O cara ficou com calor e foi tomar um banho frio”, brincou o chefe da Economia.

https://youtu.be/Do9PIXghqUk

 

Juiz Luiz Cândido Andrada Villaça deu bom exemplo aos demais magistrados do Brasil

Numa decisão extremamente sensata, sem promover desrespeito ao funcionamento e atribuições dos Poderes, o juiz  Luiz Cândido de Andrade Villaça, titular da 3º Vara da Comarca de Caicó  deu exemplo de como um magistrado deve decidir sem invadir competências nem promover o ativismo judicial.
O juiz sabiamente afirmou  que “não cabe ao Poder Judiciário, salvo exceções, adentrar em questões que não sejam estritamente de elementos objetivos dos atos administrativos praticados pelo Poder Público. Cabe ao Judiciário analisar a legalidade do ato administrativo, não devendo prolatar decisões que possam substituir a própria atuação dos gestores dos outros Poderes, conforme estabelece a Constituição Federal. Em sua afirmaou que “Juiz não é prefeito, não é Governador e, tampouco, Presidente da República, de forma que, mesmo que em tese, possa discordar de eventual posicionamento adotado pelas autoridades dos demais Poderes, somente cabe interferência jurisdicional quando o ato reste maculado pela ilegalidade passível de ser auferida com o mínimo possível de subjetividade“.

Do Blog do Primo: Embora entendo que existe premente necessidade de endurecer o isolamento social em razão do crescente número de óbitos concordo e enalteço a decisão do juiz Luiz Cândido que vem exatamente no lado oposto da decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes que anulou um ato administrativo do Presidente Bolsonaro ao nomear para o cargo de confiança um delegado da para diretoria-geral da Polícia Federal, lembrando que tenhas profundas discordâncias do atual Presidente da República, mas é bom constatar os Poderes funcionando respeitando seus limites constitucionais. 

Vacina contra covid-19 pode ficar pronta em setembro, dizem Pfizer e NYU

Assim como outras instituições, cientistas da Universidade de Nova York (NYU), da farmacêutica multinacional Pfizer Inc. e da alemã BioNTech estão tentando descobrir uma vacina para o coronavírus. Segundo a Pfizer, ela pode ficar pronta já em setembro deste ano, se tudo der certo. Os testes com humanos começaram na última semana.

Em entrevista à emissora americana NBC, a líder da pesquisa na farmacêutica, Kathrin Jansen, afirmou que a vacina carrega o código genético do vírus (RNA) e tenta reprogramar o patógeno mortal da covid-19, em vez de manipulá-la. “É provavelmente o jeito mais rápido de conseguir uma vacina para parar a pandemia”, disse Jansen.

Mas o codiretor do Centro Hospitalar de Crianças para o Desenvolvimento de Vacinas do Texas na Universidade de Baylor, também à NBC, afirmou que “nenhuma vacina de RNA foi licenciada porque só funcionam bem em animais de laboratório”.

No fim de abril, a Universidade de Oxford, no Reino Unido, iniciou os testes de uma vacina contra o coronavírus em humanos. A meta dos pesquisadores da universidade britânica é produzir milhões de doses da vacina contra o vírus também no mês de setembro deste ano, se tudo sair como esperado nos testes.

Exames de Bolsonaro colocados em dúvidas depois que hackers acessam sistema do Exército

Um grupo de hackers invadiu o sistema de informações do Exército e divulgou na internet quatro exames médicos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas entre junho de 2019 e janeiro de 2020. Em todos esses testes, o mandatário se identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para covid-19, quando alega ter usado pseudônimos. Os resultados entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 12, deram negativo para a doença.

A informação do ataque cibernético foi publicada pelo site da revista Época na tarde desta quinta-feira, 14, e confirmada pelo Estadão. O Exército ainda está avaliando a dimensão do problema.

Médicos e cientistas alertam sobre doença grave vinculada à Covid-19 em crianças após contaminadas

Autoridades americanas alertaram nesta quinta-feira (14) os profissionais de saúde sobre uma doença inflamatória rara e grave que afeta crianças provavelmente está vinculada à Covid-19. A síndrome multi-inflamatória em crianças (MIS-C)  foi reportada pela primeira vez pelo Reino Unido em abril. Desde então, uma centena de casos, com ao menos três falecidos, foram registrados no estado de Nova York.

– Os trabalhadores sanitários que trataram ou tratam pacientes menores de 21 anos que apresentem os critérios de (a doença) MIS-C devem destacar os casos suspeitos a seus departamentos de saúde locais –  pediram os Centros da Prevenção e da Luta contra as Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Os critérios dos quais falam os CDC são o aparecimento de sintomas como febre e inflamação em vários órgãos que obrigue hospitalizar os pacientes, assim como a impossibilidade de realizar um diagnóstico e a exposição dos doentes à COVID-19 ou o confirmação de que se contagiaram com o novo coronavírus.

Os médicos que trataram essa nova doença observaram sintomas similares aos da síndrome de Kawasaki, que afeta o sistema vascular em crianças e cujas causas são desconhecidas. Segundo os CDC, a hipótese da doença deve ser considerada no caso de “qualquer morte infantil com provas de uma infecção por SARS-CoV-2”, coronavírus causador da Covid-19.

O surgimento dos sintomas inflamatórios parece ocorrer entre quatro e seis semanas depois de a criança ter sido infectada pelo coronavírus, quando já desenvolveu anticorpos, segundo o pediatra Sunil Sood, do centro médico infantil Cohen, em Nova York.

– Tinham o vírus, seu corpo o combateu. Mas agora têm essa resposta imunológica tardia e excessiva –  explicou Sood.

Para somar uma incógnita a mais a essa doença, nenhum caso foi registrado em crianças na Ásia, inclusive na China, onde o vírus surgiu em dezembro. Alguns acreditam que a explicação seriam razões genéticas, segundo Sunil Sood.

O GLOBO

Damares fala em ‘milagre’ no uso da cloroquina; assista ao vídeo


PODER360

A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) disse nesta 5ª feira (14.mai.2020) o uso da cloroquina em pessoas infectadas com a covid-19 é 1 “milagre”. A declaração foi dada em vídeo publicado no perfil da ministra no Instagram.

Na manhã desta 5ª (14.mai), Damares esteve em Floriano, interior do Piauí, para visitar 1 hospital da cidade que está fazendo uso da medicação em pacientes hospitalizados.

A gente veio ver o milagre do uso da cloroquina associado a outros medicamentos. As pessoas estão sendo salvas aqui em Floriano. Eles estão salvando vidas“, disse Damares. Ao final da gravação, a ministra falou que o prefeito da cidade “decidiu não cavar covas, não comprar caixões, mas salvar vidas”.
No vídeo, Damares diz que visitou o centro da saúde na companhia de uma equipe de técnicos do Ministério da Ciência e Tecnologia e alguns médicos. Assista abaixo (1min09seg):

Fabricante abre mão de patente de remédio contra novo coronavírus, mas exclui Brasil

FÁBIO ZANINI
Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Fabricante do antiviral remdesivir, que apresentou resultados modestamente positivos no tratamento contra a Covid-19, o laboratório americano Gilead abriu mão da patente sobre o medicamento para facilitar seu acesso em 127 países. O Brasil, porém, foi excluído da lista.

Em comunicado divulgado na terça-feira (12), a empresa disse que assinou acordos de licenciamento voluntário com cinco companhias farmacêuticas especializadas na produção de genéricos, todas com sede na Índia ou no Paquistão.

“Pelo acordo de licenciamento, as empresas têm direito de receber transferência de tecnologia do processo de manufatura do remdesivir para que a produção possa escalar mais rapidamente”, afirmou a Gilead no comunicado.

O efeito esperado da decisão de abrir mão da patente é acesso mais fácil e barato ao medicamento nos locais contemplados.

As empresas que assinaram o acordo com o laboratório são Cipla, Ferozsons, Hetero, Jubilant e Mylan. Elas poderão fixar o preço do produto genérico para venda nos países em que atuarem, a maioria nações pobres de América Latina, Ásia e África.

A lista também inclui alguns países de renda média, potências regionais e Estados emergentes, como África do Sul, Egito, Nigéria, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia e Ucrânia.

Países ricos ficaram de fora. Na América do Sul, apenas Guiana e Suriname foram incluídos.

O laboratório afirmou à reportagem que a decisão sobre os países contemplados pelo licenciamento voluntário foi baseada na lista do Banco Mundial que define países de baixa e média renda, “com a inclusão de algumas exceções”.

Não houve explicação específica da razão pela qual o Brasil ficou de fora.

Mais de 500 mil mortes somem de dados dos cartórios

Quase 550 mil registros de mortes acontecidas de 2016 a 2019 foram retiradas por Portal da Transparência do Registro Civil, uma base de dados alimentada por cartórios de todo o Brasil e usada para a estimativa do número de mortes durante a pandemia do novo coronavírus.

O problema foi inicialmente destacado por Lucas Lago, desenvolvedor do @projeto7C0, por meio de sua conta no Twitter, e verificado pelo jornal Folha de São Paulo. 546.490 mortes de diferentes anos foram retiradas do site, representando 11,5% dos óbitos registrados de janeiro de 2015 a abril de 2020.

Os números do Rio de Janeiro foram os mais afetados pelas mudanças. O estado perdeu 71% da ocorrências, com dados de 2016, 2017 e 2018 sendo retirados do sistema. A Arpen (associação dos cartórios) confirmou que houve revisão nos dados sobre o Rio.

Com a falta de testes no Brasil, os números apresentados pelos cartórios podem ajudar a dar uma dimensão do impacto da Covid-19 no Brasil através de comparação do número de óbitos de 2020 com outros anos. A retirada de números

Em tese, os dados apresentados pelos cartórios poderiam dar uma dimensão do real impacto da Covid-19, ao se comparar o número de mortes em 2020 com o mesmo período de anos anteriores. O que foge do padrão poderia ser atribuído à doença. Mas a alteração dos dados de anos anteriores prejudica esse levantamento.