Arquivo diários:24/05/2020

Clima belicoso: oficiais da reserva defendem Heleno e falam em guerra civil

Nota assinada por 90 oficiais prega a desobediência: “Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas”

Ricardo Galhardo

Um grupo de 90 oficiais da reserva do Exército divulgou no sábado (23) uma nota de apoio ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, na qual, em tom de ameaça, atacam o Supremo Tribunal Federal (STF), a imprensa e falam em “guerra civil”.

“Faltam a ministros, não todos, do stf (sempre grafado em letras minúsculas), nobreza, decência, dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça. Assim, trazem ao País insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil”, diz o texto.

A nota faz parte de uma escalada verbal por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonarodesde que o decano do STF, ministro Celso de Mello, autorizou a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 abril e despachou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) três notícias-crime, em ato de praxe, para Augusto Aras se manifestar sobre os pedidos feitos por deputados da oposição de apreensão dos celulares do presidente e de seu filho Carlos Bolsonaro.

Na sexta-feira, o ministro Augusto Heleno, que também é general da reserva, divulgou nota em resposta à decisão de Celso de Mello na qual fala em “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

A manifestação de Heleno provocou fortes reações de setores democráticos da sociedade que enxergaram na nota ameaça de golpe.

No texto divulgado neste domingo os oficiais da reserva, ex-colegas de turma de Heleno na Academia das Agulhas Negras, se referem aos “ministros” do STF – entre aspas – nos seguintes termos: “bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf (sic), a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância”.

Em tom policialesco, o texto adverte: “Alto lá, ‘ministros’ do stf!” e diz que os autores do texto se mantém calados “em nome da paz no País”.

Sem citar nomes, os militares sugerem que ministros são delinquentes e que, por culpa do STF, que decidiu contra a prisão após condenação em segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está livre.

“Juiz que um dia delinquiu – e/ou delinque todos os dias com decisões arbitrárias e com sentenças e decisões ao arrepio da lei -facilmente perdoa (…) Vemos, por esta razão, ladrão, corrupto e condenado passeando pela Europa a falar mal do Brasil. Menos mal ao País fizeram os corruptos do mensalão e do petrolão, os corruptos petistas e seus asseclas que os maus juízes que, hoje, fazem ao solapar a justiça do país e se posicionar politicamente, como lacaios de seus nomeadores, sequazes vermelhos e vendilhões impatrióticos”.

Os militares aposentados também ecoam o discurso de Bolsonaro ao usar termos pesados como “canalha” para se referir à imprensa. “Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade”.

Por fim, a nota prega a desobediência. “Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas”. Na decisão que retirou o sigilo sobre a reunião do sia 22 de abril, Celso de Mello adverte que a desobediência a ordem judicial é crime e pode levar ao impeachment.

Leia a íntegra da nota:

SOLIDARIEDADE AO GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA

Nós, oficiais da reserva do Exército Brasileiro, integrantes da Turma Marechal Castello Branco, formados pela “SAGRADA CASA” da Academia Militar das Agulhas Negras em 1971, e companheiros dos bancos escolares das escolas militares que, embora tenham seguido outros caminhos, compartilham os mesmos ideais, viemos a público externar a mais completa, total e irrestrita solidariedade ao GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, não só em relação à Nota à Nação Brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como militar, como cidadão e como ministro de Estado.

Alto lá, “ministros” do stf!

Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf, a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância.

Assistimos, calados e em respeito à preservação da paz no país, à violenta arbitrariedade de busca e apreensão, por determinação de conluio de dois “ministros”, cometida contra o General Paulo Chagas, colega de turma. Mas o silêncio dos bons vem incentivando a ação descabida dos maus, que confundem respeito e tentativa de não contribuir para conturbar o ambiente nacional com obediência cega a “autoridades” ou conformismo a seus desmandos. Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas.

Desnecessário enumerar as interferências descabidas, ilegais, injustas, arbitrárias, violentas contra o Exmº Sr. Presidente da República, seus ministros e cidadãos de bem, enquanto condenados são soltos, computador e celular do agressor do então candidato Jair Bolsonaro são protegidos em razão de uma canetada, sem fundamentação jurídica, mas apenas pelo bel-prazer de um ministro qualquer.

Chega!

Juiz que um dia delinquiu – e/ou delinque todos os dias com decisões arbitrárias e com sentenças e decisões ao arrepio da lei – facilmente perdoa.

Perdoa, apoia, põe em liberdade e defende criminosos, mas quer mostrar poder e arrogância à custa de pessoas de bem e autoridades legitimamente constituídas. Vemos, por esta razão, ladrão, corrupto e condenado passeando pela Europa a falar mal do Brasil. Menos mal ao país fizeram os corruptos do mensalão e do petrolão, os corruptos petistas e seus asseclas que os maus juízes que, hoje, fazem ao solapar a justiça do país e se posicionar politicamente, como lacaios de seus nomeadores, sequazes vermelhos e vendilhões impatrióticos.

O cunho indelével da nobreza da alma humana é a justiça e o sentimento de justiça. Faltam a ministros, não todos, do stf, nobreza, decência, dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça. Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil. Mas os que se julgam deuses do Olimpo se acham incólumes e superiores a tudo e todos, a saborear lagosta e a bebericar vinhos nobres; a vaidade e o poder lhes cegam bom senso e grandeza.

Estamos na reserva das fileiras de nosso Exército. Nem todos os reflexos são os mesmos da juventude. Não mais temos a jovialidade de cadetes de então, mas mantemos, na maturidade e na consciência, incólumes o patriotismo, o sentimento do dever, o entusiasmo e o compromisso maior, assumido diante da Bandeira, de defender as Instituições, a honra, a lei e a ordem do Brasil com o sacrifício da própria vida. Este compromisso não tem prazo de validade; ad eternum.

Brasília, 23 de maio de 2020.

Assinam (o nome aparece em ordem alfabética):

Adonai de Ávila Camargo Coronel de Infantaria

Alvarim Pires do Couto Filho Coronel de Infantaria

Álvaro Vieira Coronel Engenheiro Militar

Alzelino Ferreira da Silva. Coronel Comunicações

Amaury Faia Coronel de Infantaria

Anquises Paulo Stori Paquete Coronel de Infantaria

Antônio Carlos Gay Thomé Coronel Engenheiro Militar

Antônio Carlos da Silva Portela General de Brigada

Antônio Ferreira Sobrinho Coronel de Artilharia]Augusto Cesar Lobão Moreira Promotor de Justiça

Carlos Alberto Dias Vieira Engenheiro

Carlos Alberto Zanatta Coronel Engenheiro Militar

Carlos Augusto da Costa Brown Coronel de Infantaria

Carlos Soares Coronel Engenheiro Militar

Celso Bueno da Fonseca Coronel de Cavalaria

Chacur Roberto Jorge Major de Material Belico

Cláudio Eustáquio Duarte Coronel de Infantaria

Dalton Domingues Coronel do Quadro de Material Bélico

Décio Machado Borba Júnior Coronel Infantaria

Édson Pires dos Santos Coronel de Infantaria

Edu Antunes Coronel de Infantaria

Eduardo de Carvalho Ferreira Coronel do Quadro de Material Bélico

Eduardo José Navarro Bacellar Coronel de Comunicações

Eliasar de Oliveira Almeida Coronel de Artilharia

Emilio Wagner Kourrouski Coronel de Cavalaria

Ênio Antonio Alves dos Anjos Coronel de Comunicações

Fernando Francisco Vieira Major de Artilharia

Fernando Freire Coronel de Infantaria

Francisco José da Cunha Pires Soeiro Coronel Engenheiro

Fernando Ruy Ramos Santos Coronel de Intendência

Francisco de Assis Alvarez Marques Coronel de Artilharia

Gabriel Cruz Pires Ribeiro Coronel de Comunicações

Genino Jorge Cosendey Coronel de Engenharia

Gilberto Machado da Rosa Coronel de Engenharia

Ivanio Jorge Fialho Coronel de Intendência

Jeová Ferreira Rocha Coronel do Quadro de Material Bélico

Johnson Bertoluci Coronel de Engenharia

João Cunha Neto Coronel de Infantaria

João Henrique Pereira Allemand Coronel de Comunicações

João Vicente Barboza Coronel de Infantaria

Jorge Alberto Durgante Colpo Coronel de Artilharia

Jorge Cosendey Coronel de Engenharia

José Benedito Figueiredo Coronel de Artilharia

José Carlos Abdo Coronel de Engenharia

José Eurico Andrade Neves Coronel de Cavalaria

José Rossi Morelli Coronel de Engenharia

Josias Dutra Moura Coronel de Intendência

Julio Joaquim da Costa Lino Dunham

Juarez Antônio da Silva Coronel de Infantaria

Lincoln Ungaretti Branco Coronel de Infantaria

Luiz Antônio Gonzaga Coronel de Artilharia

Luiz Dionisio Aramis de Mattos Vieira Coronel de Cavalaria

Manoel Francisco Nunes Gomes Coronel de Infantaria

Márcio Visconti Coronel de Cavalaria

Marco Antônio Cunha Coronel de Infantaria

Marino Luiz da Rosa Coronel de Comunicações

Nelson Gomes Coronel de Engenharia

Moacir Klapouch Coronel de Intendência

Nilton Nunes Ramos Coronel de Infantaria

Nilton Pinto França Coronel de Artilharia

Norberto Lopes da Cruz Coronel de Infantaria

Osiris Hernandez de Barros Coronel de Cavalaria

Pascoal Bernardino Rosa Vaz Coronel de Cavalaria

Paulo Cesar Alves Schutt Coronel de Infantaria

Paulo César Fonseca Coronel de Infantaria

Paulo Goulart dos Santos Coronel de Infantaria

Paulo Sérgio de Carvalho Alvarenga Coronel do Quadro de Engenheiros Militares

Paulo Sérgio do Nascimento Silva Coronel de Infantaria

Pedro Sérgio Chagas da Silva Coronel do Quadro de Material Bélico

Pedro Paulo da Silva Coronel de Infantaria

Renato César do Nascimento Santana Coronel de Infantaria

Roberto Barbosa Coronel de Infantaria

Ronald Wall Barbosa de Carvalho Engenheiro e empresário

Rubens Vieira Melo Coronel de Artilharia

Rui Antônio Siqueira Coronel de Infantaria

Sebastião Célio de Aquino Almeida Coronel de Intendência

Sérgio Afonso Alves Neto Coronel de Artilharia

Sérgio Antônio Leme Dias Advogado e professor.

Siloir José Soccal Coronel de Intendência

Téo Oliveira Borges Coronel de Infantaria

Tércio Azambuja Coronel de Cavalaria

Tiago Augusto Mendes de Melo Coronel de Artilharia.

Túlio Cherem General de Exército

Vanildo Braga Vilela Coronel de Engenharia

Vicente Wilson Moura Gaeta Coronel de Intendência

Waldir Roberto Gomes Mattos Coronel de Infantaria

Walter Paulo General de Brigada

Willard Faria Familiar Coronel de Infantaria

Zenilson Ferreira Alves Coronel de Artilharia

Haddad ironiza ingerência de Silvio Santos no jornalismo do SBT


Fernando Haddad foi entrevistado pelo programa ‘Poder em Foco’, do SBT, mas agora acha que o programa, previsto para ir ao ar à meia-noite deste domingo (24), não será mais exibido.
Em tom irônico, o ex-prefeito de São Paulo compartilhou o próprio tweet divulgando a entrevista que seria exibida hoje. “Ou não”, escreveu.

A desconfiança do candidato do PT na eleição presidencial de 2018 veio após Silvio Santos ter cancelado a exibição do SBT Brasil do último sábado.

Segundo o site ‘NaTelinha’, o dono da emissora tirou o telejornal do ar após ouvir de seu genro, o deputado federal Fabio Faria (PSD-RN), que a edição de sexta do telejornal gerou queixas de Fabio Wajngarten, chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).

O SBT Brasil que desagradou o governo informou sobre a reunião ministerial de 22 de abril, que teve sua divulgação liberada pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Fábio Faria diz que jornalistas mentiram

O deputado federal Fábio Faria, genro do apresentador e dono do SBT Silvio Santos saiu em defesa do sogro no episódio da retirada do ar do telejornal da emissora.
Os jornalistas KELLY MIYASHIRO e VINÍCIUS ANDRADE do UOL publicaram matéria afirmando que Silvio Santos mandou retirar o telejornal do ar.

Confira matéria que foi desmentida pelo deputado Fábio Faria:

https://www.google.com.br/amp/s/noticiasdatv.uol.com.br/mobile/noticia/televisao/silvio-santos-cancela-sbt-brasil-e-evita-repercussao-contra-bolsonaro-37162.amp

Espalha vírus: Presidente Jair Bolsonaro cita abuso de autoridade e participa de ato contrariando recomendações


João Conrado Kneipp
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma postagem na manhã deste domingo (24), a respeito da nova lei que trata sobre abuso de autoridade, sancionada por ele em setembro do ano passado após tramitação no Congresso.

No Facebook, o presidente destacou o artigo 28 da Lei 13.869/2019 discorrendo sobre o abuso de autoridade ao “divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado”.

A infração ao artigo, conforme prevê a lei, seria punida com pena detenção, de 1 a 4 anos, e multa.

Logo após as postagem, o presidente deixou o Palácio da Alvorada de helicóptero, desembarcou na Vice-Presidência e chegou à praça dos Três Poderes, em Brasília, onde ocorreu uma manifestação em defesa do governo.

Bolsonaro estava de máscara como orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS) por conta do surto do novo coronavírus, mas a retirou na caminhada, contrariando regras do Distrito Federal. A multa em caso de descumprimento é de R$ 2 mil.

O presidente voltou a causar aglomeração na frente do Palácio do Planalto. Desta vez, não desceu a rampa do palácio, como em outros atos.

Os manifestantes portavam faixas contra o Congresso e o Judiciário.

Cercado de seguranças, o presidente estava acompanhado do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ).

Primando por Parnamirim: PSL de Nilda está encaçapado por Taveira

Quem pensa que o soldado Vasco está no isolamento social está enganado. Ele discretamente andou em Parnamirim fazendo algumas visitas e colheu muitas informações.
Depois de visitar sua gata Estrelinha, com quem tem um romance secreto, o bem informado saldado Vasco garantiu ao Blog do Primo que o PSL da vereadora Nilda já está totalmente encaçapado pelo prefeito Taveira.

Segundo o soldado Vasco, a vereadora  Nilda está inocentemente sendo empurrada inteligentemente pelo prefeito Taveira para disputar à Prefeitura com o objetivo de dividir a oposição.  Taveira tem pessoas dele infiltrado no PSL.  Como a professora Nilda estava no PSB correndo o risco de não ser candidata em razão de uma interferência da governadora Fátima Bezerra junto ao deputado Rafael Motta, Taveira intensificou as articulações secretas para atraí-la para o PSL, partido que ele tem o controle, garante o soldado Vasco.
O jogo é bruto, nesta eleição, Nilda será o Ricardo Gurgel de saia, disso o soldado Vasco não tem dúvidas..

Vamos esperar, o futuro é o senhor da razão…

Turma do PSL sempre reunida com Taveira

 

Só Jesus na causa: em plena pandemia, Bolsonaro sai para comer cachorro quente em Brasília

Presidente não tem compromissos oficiais neste sábado. Ele falou com apoiadores, comeu um lanche, foi alvo de panelaço e visitou um ministro.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido)aproveitou este sábado (23/05) sem compromissos oficiais para fazer visitas em Brasília. No entanto, na rua, o chefe do Executivo dividiu opiniões: recebeu apoio e foi alvo de protesto, além de ter ouvido três panelaços.

Após ouvir protestos e apressar sua saída de uma quadra da Asa Sul, onde visitou o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, o presidente foi até o Sudoeste, onde mora seu filho mais novo, Jair Renan.

Ao deixar o local e falar com a imprensa, Bolsonaro ouviu novos ataques e mais um panelaço, enquanto dizia que só queria “entregar um Brasil melhor para quem me suceder”.

Em seguida, parou para lanchar na Quadra 104 Norte. Enquanto comia cachorro-quente e bebia Coca-cola, ouviu protestos novamente. “Genocida” e “fascista” foram os gritos mais recorrentes. O presidente também escutou manifestações positivas como: “Mito”.

Desmantelo geral: responsável por estratégia contra a covid-19 deixa o Ministério da Saúde

Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde deixará cargo nesta segunda; ele já havia pedido demissão na gestão de Mandetta

Sandra Manfrini

O enfermeiro epidemiologista Wanderson de Oliveira deixará o cargo de secretário nacional de Vigilância em Saúde nesta segunda-feira, 25. A saída foi confirmada em um e-mail enviado a servidores do Ministério da Saúde, no qual diz que continuará “ajudando ao ministro (interino Eduardo) Pazuello nas ações de resposta à pandemia”. “Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa, e conosco é missão dada, missão cumprida.”

Oliveira havia pedido demissão do cargo em 15 de abril, mas permaneceu na função a pedido de Luiz Henrique Mandetta. Segundo diz no e-mail, ele decidiu permanecer no cargo “por mais algumas semanas” a pedido do ex-ministro da Saúde. “Ainda na gestão do (então) ministro (Nelson) Teich, acordamos que após minhas férias, no dia 20/05, iríamos definir a data de saída.”

A nova data de saída foi acordada na quarta-feira, 20, com o ministro interino Pazuello. Em abril, disse a colegas que indicou a seu cargo, interinamente, Gerson Pereira, atual diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, mas ainda não há substituto oficialmente designado para o cargo. “Estarei sempre a disposição do SUS”, despediu-se no e-mail a servidores.