O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) fez duras críticas à reunião ministerial de 22 de abril e indicou sua ruptura com o governo Bolsonaro. O vídeo teve sua divulgação liberada na última sexta-feira (22) pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).
“É triste ver o vídeo do presidente com ministros onde o foco não foi a saúde de um Brasil em pandemia! Também inaceitável a confissão de interferência! Cada poder tem que falar”, escreveu o senador em sua conta no Twitter.
A “confissão de interferência” se refere à suposta interferência de Bolsonaro na chefia da PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro, como acusou ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O vídeo, segundo o ex-juiz, comprovaria sua fala sobre o presidente.
A crítica sinaliza a vontade de Kajuru de se distanciar do governo e de Bolsonaro, de quem antes era um defensor ferrenho. Quando estava no PSB, por exemplo, o senador defendeu a flexibilização do porte de armas, bandeira de Bolsonaro, e desagradou o presidente do partido, que pediu sua desfiliação.
Nas últimas semanas, Kajuru se posicionou contra Bolsonaro na discussão acalorada com o governador de São Paulo, João Doria, e na demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
A cidade de Patos (PB) amanheceu com uma triste notícia: faleceu por volta das 6h10min deste domingo, 24/05, no Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa (PB), o ex-prefeito Dinaldo Wanderley, de 69 anos (faria 70 anos no dia 20 de junho).
Dinaldo estava internado há uma semana em tratamento contra a Covid-19.
A Celebração acontece há mais de 272 anos no sertão do Seridó e é considerada patrimônio cultural brasileiro. Esse ano, com a pandemia do coronavírus, a Festa deSant’Ana de Caicó adaptará sua programação para garantir que a população participe de forma virtual.
“As celebrações acontecerão com a igreja fechada e com transmissões ao vivo por rádio, TV e internet. A Paróquia e a Diocese tem a prudência de evitar aglomerações, sem risco à saúde dos fiéis”, explica padre Alcivan Tadeus, pároco de Sant’Ana de Caicó.
A Festa de Sant’Ana 2020 acontecerá de 22 de julho a 02 de agosto e já tem tema definido: “a Fé na Divina Eucaristia e a devoção à Sant’Ana nos fazem fortes na tribulação”.
Outra inovação será a Peregrinação Virtual de Sant’Ana junto às Famílias, que começa no próximo dia 01 de junho, pelo Instagram @catedraldesantana.
“A Catedral vai se multiplicar em muitas, espalhadas pelo Seridó e pelo Brasil a fora. Em família, vamos rezar e festejar Sant’Ana com o mesmo entusiasmo”, reforçou padre Alcivan.
Em entrevista à GloboNews, o empresário Paulo Marinho disse que tenta recuperar um celular de Gustavo Bebianno com conversas da época da campanha presidencial de Jair Bolsonaro, em 2018.
Segundo Marinho, o aparelho está nos Estados Unidos.
“Esse celular tem registros de conversas dele durante um ano e meio de convívio da campanha, entre ele e todas as pessoas que participaram da campanha”, disse.
“Eu não posso te dizer o que tem, até porque eu não tenho conhecimento, mas eu quero resgatar esse telefone, até para saber o que tem ali.”
Paulo Marinho afirmou ainda que não tem interesse em assumir o mandato do senador.
“Eu queria te dizer o seguinte – até apontando, olhando para a câmera para os seus telespectadores: se o senador Flávio Bolsonaro renunciar ao mandato dele de senador hoje, na próxima semana, no dia seguinte, eu renuncio do meu.”
Fazendo economia e cortando despesas, o presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Paulinho Freire repassou para Prefeitura de Natal R$ 1 milhão para serem aplicados no combate ao Covid-19.
O valo economizado pelo Poder Legislativo é decorrente da redução do custeio e das verbas de gabinete não utilizadas por alguns vereadores em face do isolamento social.
O prefeito Álvaro Dias agradeceu o gesto do presidente da Câmara garantindo que os recursos serão utilizados exclusivamente no combate ao coronavírus.
Enquanto produziam o SBT Brasil que iria ao ar neste sábado (23), às 19h45, jornalistas da emissora foram surpreendidos com uma ordem de Silvio Santos: o telejornal não seria levado ao ar especificamente hoje. Pessoas que trabalham na Redação de Jornalismo do SBT disseram ao Notícias da TV que a principal motivação para o cancelamento é evitar repercussões contra o presidente Jair Bolsonaro após a divulgação do vídeo da reunião ministerial na sexta (22).
De acordo com os funcionários da emissora, desde o início do sábado, já havia uma orientação de que o SBT Brasil estava proibido de noticiar repercussões referentes à conversa do presidente com seus ministros e que nada de Bolsonaro deveria ser citado. O jornal, no entanto, seria mantido “normalmente” na grade.
Mas durante a tarde, após uma reunião do alto escalão do Jornalismo, veio a informação de que o telejornal não seria colocado no ar. Apesar da ordem, a equipe continuou produzindo o noticioso normalmente, na expectativa que a medida fosse revertida, o que não aconteceu. Todos foram dispensados às 19h30.
Na edição de sexta (22), dia que o vídeo foi divulgado, o SBT Brasil dedicou seis minutos para o vídeo do presidente com os ministros. Como comparação, o tema ocupou mais de 40 minutos no Jornal Nacional, na Globo.
Essa é a primeira vez que o principal telejornal da emissora de Silvio Santos não é transmitido desde 2005, quando entrou no ar –as exceções são os sábados de Teleton, maratona televisiva que ocupa mais de 24 horas. Na ocasião, a equipe de Jornalismo é mobilizada para contar histórias positivas de pessoas com deficiência.
Em comunicado em abril, Silvio Santos se referiu a Bolsonaro como “patrão” ao desmentir que teria indicado um nome para substituir o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“A minha concessão de televisão pertence ao governo federal e eu jamais me colocaria contra qualquer decisão do meu ‘patrão’, que é o dono da minha concessão. Nunca acreditei que um empregado ficasse contra o dono, ou ele aceita a opinião do chefe, ou então arranja outro emprego”, escreveu o dono do SBT.
O mais espantoso na reunião é o conjunto. São duas horas repletas de palavrões e delírios, de escárnio e desrespeito com o país. O Brasil atravessando a sua pior crise em décadas, e em nenhum momento o presidente fala da pandemia como um problema que o preocupasse. Essa ausência choca. Suas falas coléricas são concentradas na defesa da sua família e dos amigos, no insulto aos adversários políticos, e em ordens para que os ministros defendam o governo. E sim, ele claramente quis interferir na Polícia Federal e disse que tem um sistema particular de informação. Na breve fala do ministro Nelson Teich, ele disse “a gente não é um barco à deriva”. Engano. Aquela reunião prova que o Brasil não tem governo, está à deriva no meio de uma tragédia.
Brasileiros morrendo sem respiradores, a doença já se espalhando de forma avassaladora pelo país, os governadores e prefeitos tomando medidas em desespero, pela ausência de uma orientação central, e o presidente acha que o importante era armar a população.
-Como impor uma ditadura no Brasil. O povo dentro de casa. Por isso eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme. É a garantia de que não vai ter um filho da puta, aparecer para impor uma ditadura aqui. Não dá para segurar mais. Quero todo mundo armado, porque povo armado jamais será escravizado. Quero escancarar essa questão do armamento.
Os militares ministros do governo em silêncio diante da proposta de que a população seja toda armada para defender o país de quem o presidente define como inimigo. Enquanto isso já havia 2906 mortos e nos 30 dias seguintes iria passar de vinte mil. Mas aquelas pessoas que dirigem o Brasil se mobilizavam pelo risco suposto de pessoas serem presas e algemadas por prefeitos e governadores.
— Pego as minhas15 armas e vou usar para matar ou morrer se minha filha for presa — diz o presidente da Caixa.
A ministra Damares propõe que se prendam os governadores, mas há outros ameaçados.
-Eu por mim botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF — disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no meio de catarse cheia de palavrões, ao gosto do presidente, em que em nenhum momento, outra notável ausência, falou em educação.
Parte da reunião é dedicada a xingar a imprensa. Logo depois de dizer que entre os valores do seu governo está a liberdade de expressão, Bolsonaro ameaça os ministros caso falem com os jornalistas.
— A questão da imprensa, não pode falar nada, tem que ignorar esses caras, pautado por esses pulhas, se puder falar zero com a imprensa.
Em um dos muitos momentos escatológicos, Bolsonaro afirma:
— Na linha do Weintraub, o que os caras querem é a nossa hemorroida, a nossa liberdade.
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, vê na crise uma grande oportunidade.
-A oportunidade que nós temos agora que a atenção da imprensa tá voltada exclusivamente pro Covid… enquanto estamos nesse momento de tranquilidade porque a imprensa só fala de Covid, ir passando a boiada — e propôs que se fizesse o que ele acabou fazendo, portaria e instruções normativas para mudar as leis ambientais do país.
Essa ruína é o governo do Brasil. Alguns ministros aproveitaram para fazer lobby, como o do Turismo, em favor da liberação dos cassinos. Houve desentendimentos em torno da economia, se é o plano Marshall do ministro Braga Netto, ou as ideias do ministro Paulo Guedes, que, aliás, tem um explícito objetivo político:
-Nao pode ministro querer ter um papel preponderante esse ano e destruir a candidatura de um presidente, que vai ser reeleito se nós seguirmos o plano das reformas estruturantes originais.
Em outro momento, Guedes volta ao ponto:
— Vamos fazer todo o discurso da desigualdade, vamos gastar mais, precisamos eleger o presidente.
No meio dessa reunião enojante houve uma ou outra palavra de sensatez. O então ministro Moro lembrou que o combate à corrupção foi bandeira da campanha, o ministro Rogério Marinho avisou que “caiu um meteoro na nossa cabeça”, o então ministro Teich alertou que não tinha como abrir a economia porque “o medo impede que qualquer atividade tenha sucesso”.
O presidente disse sim, que iria interferir na Polícia Federal, se é prova de crime o que se busca. Mas o conjunto da reunião mostrou a miséria moral do governo. Este governo não merece o Brasil.
O governo federal publicou, ontem, uma portaria que prorroga por mais 30 dias a restrição da entrada no Brasil de estrangeiros no Brasil, por meios aéreos, terrestres e aquáticos. A restrição não se aplica ao tráfego comercial, que permanece em funcionamento.
A restrição, publicada no Diário Oficial e assinada pelos ministérios da da Casa Civil, Justiça, Infraestrutura e Saúde, prorroga decisão adotada em 27 de março e renovada em 28 de abril.
A decisão tem algumas exceções, e acontece em um momento em que o Brasil se tornou o epicentro global da pandemia de coronavírus.
O descontrole da doença no país, no mesmo momento em que vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai colhem resultados positivos de sua quarentenas, tem despertado preocupação em outros países, que mantém o fluxo de migrantes brasileiros limitados e reforçaram a vigilância em suas fronteiras.
Na última terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a sinalizar que considera restringir a entrada de brasileiros em território americano.