“Pouco importa a nacionalidade da vacina, e sim qualidade, eficácia e segurança”, diz presidente da Anvisa

Foto: CNN Brasil

A retomada dos testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em voluntários brasileiros foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após o recebimento de documentos dos órgãos britânicos.

Em entrevista à CNN, o diretor-presidente da agência, Antônio Barra, disse que o Brasil prioriza a qualidade, eficácia e segurança do imunizante — e não o país fabricante.

“Nós temos equipes altamente capacitadas que têm acompanhado todos os protocolos de desenvolvimento, são quatro em vigor no Brasil. Para nós, pouco importa a nacionalidade [da vacina], e sim qualidade, eficácia e segurança”, afirmou.

Barra elogiou Oxford e o laboratório AstraZeneca pela comunicação rápida e eficiente sobre a reação inesperada manifestada na voluntária britânica, que suspendeu os testes clínicos na semana passada.

“Quando temos diversos organismos nacionais e internacionais interligados, em uma verdadeira guerra contra essa doença, a nossa comunicação precisa ser exatamente como foi nesse evento que aconteceu: fluída e tempestiva”, disse.

O diretor da Anvisa ainda garantiu a segurança dos brasileiros que participam dos testes da vacina de Oxford. “De posse dessas informações autênticas e reconhecidas por nós [enviadas por Oxford], temos a completa segurança de retomar os testes no Brasil. (…) Nossos voluntários brasileiros estão testando a vacina dentro de um universo considerado seguro por nós.”

Falando das demais vacinas em teste no país, incluindo a Coronavac, oriunda da China, Barra defendeu que a agência acompanha todo o processo delas no país.

“O trabalho da Anvisa não é apenas dar anuência para que o estudo ocorra em território nacional, é também todo o acompanhamento do processo, que não termina nem mesmo quando [a vacina] estiver em produção ou as pessoas sendo vacinadas. É um trabalho de longo prazo para que possamos ter respostas vacinais confiáveis”, concluiu.

CNN Brasil

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