Arquivo diários:11/09/2020

Todo o estado de SP entra na fase amarela da quarentena

Reclassificação foi divulgada pelo governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 11
Paloma Cotes

O Estado de São Paulo divulgou nesta sexta-feira, 11, o novo mapa da quarentena e, diante da queda nos números da covid-19, todas as regiões já estão na fase amarela. Franca e Ribeirão Preto, que eram as únicas regiões que estavam na fase laranja, passaram para essa nova etapa. 95% do Estado já estava nessa fase desde 4 de setembro. A fase amarela permite a retomada, ainda que parcial, de atividades comerciais, e as regiões que estão há mais de 28 dias nessa etapa têm autorização para retomar atividades escolares desde 8 de setembro, com atendimento de apoio, mas essa decisão cabe aos prefeitos. O Estado já não tinha regiões na fase vermelha, que era a mais restritiva, desde a reclassificação feita no dia 21 de agosto.

Celso de Mello determina depoimento presencial de Bolsonaro sobre suposta interferência na PF


O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura suposta interferência política do presidente na PF (Polícia Federal).

O inquérito, prorrogado por mais 30 dias, foi aberto em maio deste ano a partir de acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Bolsonaro negou que tentou ingerir politicamente na PF.
Em sua decisão, Celso de Mello negou que o presidente tenha direito a ser interrogado por escrito, alegando que o depoimento presencial só é permitido quando chefes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário sejam testemunhas ou vítimas, e não na condição de investigados ou de réus.

Além disso, o ministro determinou que Moro tem o direito de participar do interrogatório e formular perguntas por meio de seus advogados.

“O Senhor Presidente da República, por ostentar a condição de investigado, não dispõe de qualquer das prerrogativas (próprias e exclusivas de quem apenas figure como testemunha ou vítima) a que se refere o art. 221, “caput” e § 1º, do CPP, a significar que a inquirição do Chefe de Estado, no caso ora em exame, deverá observar o procedimento normal de interrogatório”, escreveu Celso de Mello na decisão.

A determinação contraria parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, que defendeu que Bolsonaro pudesse escolher se preferia: exercer o direito de ficar em silêncio; prestar depoimento por escrito; ou ter a oportunidade de escolher hora e local para a oitiva.

Polícia prende secretário de Educação do Rio e procura filha de Roberto Jefferson


Autoridades policiais foram às ruas nesta sexta-feira (11) para cumprir um mandado de prisão contra a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que não é alvo da Operação Catarata. Estão sendo investigados supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso. Outras três pessoas foram presas.

Os contratos sob investigação, firmados entre 2013 e 2018, custaram quase R$ 120 milhões aos cofres públicos. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), sobre os serviços contratados eram cobradas vantagens indevidas que variaram de 5% a 25% do valor acertado.

Cristiane foi secretária de Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio. Também foi nomeada ministra do Trabalho no governo Michel Temer, mas teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao receber ordem de prisão, Fernandes apresentou um exame positivo de coronavírus, o que transformou a prisão preventiva em domiciliar.

Não Na primeira etapa da operação, em julho de 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam sete pessoas suspeitas de fraudar licitações da Fundação Estadual Leão XIII, da qual Fernandes foi presidente.

Brasileiro ainda tem carro como sonho de consumo, diz COO da Localiza

Eugênio Mattar, CEO da Localiza (Foto: Divulgação)

A evolução da tecnologia e, mais apressadamente, a pandemia de covid-19, vêm transformando a maneira como os seres humanos se relacionam com seus carros. Mas para Eugênio Mattar, COO da Localiza, companhia que atua nos segmentos de seminovos, locação de veículos e gerenciamento de frotas, o automóvel ainda é um sonho de consumo para os brasileiros. E isso não deve mudar tão cedo.
“Se a pessoa usa um carro por assinatura, ela vai precisar de um carro; se ela usa um carro de um aplicativo, vai precisar de um carro; e, no final de semana, todo mundo quer ter um carro pra passar o final de semana”, diz Mattar. “No Brasil, ainda existe o sonho de consumo de um carro porque o carro gera uma liberdade espetacular.”
O executivo é um dos convidados do mais recente episódio da nova temporada de Líderes, programa original do Yahoo Finanças que coloca frente a frente executivos das principais empresas do Brasil e do mundo para discutir negócios, inovação, empreendedorismo e responsabilidade social.
Neste episódio, Eugênio e Antonio Filosa, presidente da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) na América Latina, explicam quais são as estratégias do mercado de carros para melhorar o cenário — e também como será o perfil de quem compra um carro nos próximos meses e após o fim da pandemia de covid-19.

O foco no carro como objeto de consumo, porém, não tira da Localiza a perspectiva de um futuro em que automóveis sejam apenas um serviço, um meio de transporte acionado por aplicativo e, se a tecnologia evoluir a tempo, quem sabe de direção totalmente autônoma, sem exigir alguém segurando o volante.

Segundo Mattar, a Localiza quer ser “o gestor do carro autônomo no futuro”. E, para isso, está focando em competências digitais para lidar com o conceito de carro como serviço. “Quando tiver um carro autônomo, que a gente seja o maior gestor de frota da nossa região, onde a gente estiver operando, fazendo a logística, distribuição, manutenção, compra, o funding para comprar, o despache do carro…”

Ainda assim, o carro como consumo é o foco do curto e médio prazo. “Pelo o que nós temos ouvido falar, ainda pelo custo, pela dificuldade de produção… ainda é uma coisa mais longínqua. Vai chegar, mas mais distante. Por enquanto estamos focados no nosso carro a álcool, que é bastante sustentável também, e no carro elétrico que está chegando aí. Formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, Eugênio fundou a Localiza em 1973, logo após terminar a faculdade. Ocupa o cargo de CEO desde então, onde fez a empresa tornar-se uma das mais valiosas do Brasil, com uma frota de mais de 200 mil carros.

Justiça do Trabalho suspende retorno das aulas presenciais no Rio

A Justiça do Trabalho suspendeu nesta 5ª feira (10.set.2020) o retorno das aulas presenciais na rede particular do Rio de Janeiro. A decisão engloba escolas e universidades do Estado. Atende à pedido de sindicatos do setor.

Segundo a decisão, a retomada das aulas só deve ser realizada quando houver vacina disponível contra a covid-19 ou quando a segurança para o retorno for comprovada para alunos, professores e à sociedade fluminense.

A liminar determina ainda que docentes ou universidades que convocarem aulas ou atividades presenciais estarão sujeitos à multa de R$ 10.000 por dia. Além disso, o Governo do Estado deve expedir novo decreto suspendendo as classes.

O juiz Elísio Correa de Moraes Neto disse na ordem que a retomada provoca aglomerações para além do ambiente educacional.

“Vale salientar que o retorno às aulas representa significativa aglomeração de pessoas em 1 mesmo ambiente fechado e no transporte público, quando em comparação a outras atividades em que já ocorreu o retorno, ainda que com restriões, destacando-se, ainda, que se trata do envolvimento, em grande parte, de crianças, que nem sempre estarão aptas para a adaptação aos critérios sanitários”, declarou.

PODER 360

Coordenador da Funai morre após levar flechada de indígenas isolados em Rondônia

Rieli Franciscato, de 56 anos, trabalhava na Funai buscando a criação de reservas para proteger povos indígenas isolados – Foto: Acervo Pessoal

Um importante indigenista brasileiro especialista em povos isolados da Amazônia foi morto por uma flechada no peito enquanto se aproximava de um grupo indígena que ele pretendia proteger, disseram amigos da vítima e um policial que testemunhou o incidente, nesta quinta-feira (10).
Rieli Franciscato, de 56 anos, trabalhava na Fundação Nacional do Índio (Funai) buscando a criação de reservas para proteger povos indígenas isolados do contato com a sociedade.
Na quarta-feira, ao se locomover para perto de um grupo indígena até então não contactado, ele foi atingido por uma flecha acima do coração em uma floresta próxima à reserva Uru Eu Wau Wau, no Estado de Rondônia, perto da fronteira com a Bolívia.

“Ele gritou, arrancou a flecha do peito, correu 50 metros e desabou, sem vida”, disse um policial que acompanhava a expedição em áudio postado nas redes sociais.

A ONG de defesa etnoambiental Kanindé, que ele ajudou a fundar na década de 1980, disse que o grupo indígena não tinha capacidade de distinguir entre um amigo ou um inimigo do mundo exterior.

Sua morte ocorre em um momento em que os indígenas estão sob crescente ameaça de invasões por grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais, encorajados pelas políticas do presidente Jair Bolsonaro, que quer desenvolver economicamente a Amazônia e reduzir o tamanho das reservas indígenas.

”Estamos nos sentindo desnorteados com tantas mortes nesse Brasil que não respeita os direitos indígenas”, disse Ivaneide Cardozo, amiga de Franciscato e cofundadora da Kanindé.

Bolsonaro descarta prorrogação de auxílio emergencial para 2021: “Brasil não tem como se endividar mais”

Por Marcelo Freire
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou, nesta quinta (10), uma prorrogação do auxílio emergencial para além de 31 de dezembro. Durante sua live semanal nas redes sociais, Bolsonaro disse que o Brasil “não tem como se endividar mais”.
O primeiro formato do auxílio, criado em abril para complementar a renda dos trabalhadores afetados pela pandemia do coronavírus, tinha o valor de R$ 600, que seriam pagos por três meses – posteriormente, o valor foi prorrogado por mais dois meses. No último dia 1º, o governo criou um novo auxílio que valerá até o final do ano – o pagamento, no entanto, será de R$ 300 mensais.