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O Reino Unido está prestes a se tornar o primeiro país ocidental a aprovar uma vacina para a covid-19. De acordo com o jornal Financial Times, a vacina desenvolvida pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech em parceria com a farmacêutica Pfizer deve receber a aprovação da agência regulatória do país nos próximos dias. O governo britânico afirmou que a distribuição do imunizante deve começar horas após a sua liberação, as primeiras injeções podem ocorrer já no dia 7 de dezembro.
O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses do produto de duas doses. Na segunda-feira (23), a BioNTech e a Pfizer anunciaram que a sua vacina para o coronavírus apresentou mais de 95% de eficácia na prevenção da doença entre os voluntários.
As vacinas seriam normalmente autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos até o final da transição Brexit, em 31 de dezembro. No entanto, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido tem o poder de autorizar temporariamente os produtos, em casos de necessidade pública urgente.
O mesmo processo poderia ser aplicado à vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. Na sexta-feira (27), o governo escreveu ao regulador, pedindo que revisse a vacina AstraZeneca-Oxford. A Rússia aprovou uma vacina contra o coronavírus em agosto, mas isso não foi baseado em dados de testes em grande escala.
A BioNTech e a Pfizer enviaram no início deste mês dados do estudo de fase 3 em grande escala, que envolveu mais de 43.000 pessoas, ao US Food and Drug Administration (FDA), a agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos. Uma aprovação emergencial dos EUA pode ocorrer entre 8 e 10 de dezembro, com os embarques em todo o país a partir de 24 horas após o anúncio, de acordo com relatos da mídia americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o FDA por aprovações rápidas para ajudá-lo a garantir a reeleição. Os reguladores, no entanto, mantiveram sua posição.
Estadão Conteúdo