Arquivo diários:21/01/2021

Governo do RN economizou R$ 9,3 milhões em combustíveis em 2020

O Governo do Estado economizou, ao longo de 2020, aproximadamente R$ 9,3 milhões em combustíveis adquiridos para o abastecimento da frota oficial. Sob gerenciamento compartilhado entre Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESED) e a Secretaria de Estado da Administração (SEAD), a frota de automóveis é monitorada por chips eletrônicos e percorre distâncias menores para abastecimento com a inclusão de mais postos cadastrados em todo o Estado.

Segundo dados fornecidos pela Coordenadoria de Patrimônio (COPAT) da SEAD, o volume consumido em litros de combustível, sendo gasolina e óleo diesel, no biênio 2017-2018 foi de 17.283.969, contra 14.890.427 litros no biênio 2019-2020. Com uma redução econômica de 2.393.542 litros de combustível, o governo do Rio Grande do Norte teve uma economia financeira de R$ 9.383.283,025.

Para a concretização do valor monetário economizado, a COPAT realizou um cálculo baseado na quantidade de litros abastecida na frota de veículos, dividido pela média ponderada dos valores de combustível ano a ano desde 2017.

A razão para a melhor utilização dos recursos está fundamentada no trabalho, segundo o Governo do Estado, de controle e fiscalização realizado pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP) da SESED, que realizou todo o recadastramento da frota estadual, estabelecendo um maior controle das cotas de combustível para cada veículo por meio da instalação de chips de monitoramento nos tanques dos automóveis.

Pandemia multiplica pedidos de impeachment de Bolsonaro

As falhas do governo federal no combate à covid-19 fizeram explodir os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Desde o início de seu mandato, 61 foram protocolados na Câmara dos Deputados; apenas 7 pedidos são anteriores a março do ano passado, quando teve início a pandemia.

A crise sanitária nacional e a falta de oxigênio que provocou a morte de pacientes no Amazonas e no Pará são base também para uma nova denúncia coletiva que, pela primeira vez, une cinco partidos de oposição (PT, PDT, PSB, Rede e PCdoB) e deve ser protocolada até o fim da semana.

Há 56 pedidos de impeachment parados sob responsabilidade da presidência da Câmara, a quem cabe submeter as denúncias ou não à análise dos deputados. Outros 5 foram arquivados por questões formais, como a falta de assinaturas. Embora tenha evitado analisar as denúncias e esteja prestes a encerrar seu mandato à frente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse no início da semana que será “inevitável” discutir o impeachment de Bolsonaro “no futuro”.

A pressão de partidos e movimentos sociais para que Bolsonaro seja processado por crime de responsabilidade cresceu significativamente nas últimas semanas e consolida a tendência iniciada com a pandemia. Panelaços voltaram a ser registrados após o caos em Manaus. Neste fim de semana, por exemplo, estão previstas carreatas em diversas capitais com o mote #Fora Bolsonaro.

Do total de 56 pedidos ativos de impeachment, 10 foram protocolados em maio do ano passado, 13 em abril e 14 em março. Ao menos 26 das denúncias contra o chefe do Executivo citam sua participação em manifestações antidemocráticas, em atos e falas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal; 21 pedidos tratam diretamente de ações do presidente no combate à covid-19. As denúncias consultadas nesta reportagem foram divulgadas em levantamento da Agência Pública. O Estadão também analisou uma lista enviada pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que inclui os protocolos arquivados.

Entre os 21 pedidos que tratam da pandemia, os motivos citados incluem a interferência de Bolsonaro em ações de distanciamento social promovidas por Estados e municípios, a promoção de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19 e a participação em aglomerações sem máscara.

Em julho, um documento assinado por personalidades como Chico Buarque, Walter Casagrande, Frei Betto e Dira Paes afirmava que “o presidente minimizou o problema desde que o SARS-CoV-2 (…) chegou ao país, ora mencionando tratar-se de uma ‘gripezinha’, ora buscando realizar campanhas contra o distanciamento social”. A denúncia conclui que Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade contra a segurança do País, contra a probidade na administração, contra a existência da União e contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

O documento mais antigo em análise é de 13 de março de 2019, foi apresentado pela advogada e artista plástica Diva Maria dos Santos e se refere a uma publicação de Bolsonaro no twitter, citando “golden shower” – vídeo postado pelo presidente (e depois apagado) em que dois homens aparecem em atos obscenos no carnaval.

ESTADÃO