Paulo Guedes e Bolsonaro foram os responsáveis pela saída da Ford do Brasil.
Para a maioria dos brasileiros (61%) o encerramento da produção de veículos da Ford no Brasil é “ruim” para o país, mostra pesquisa PoderData. Outros 26% acham que é algo “indiferente”, sem impacto. Só 6% defendem que a decisão da multinacional norte-americana é “boa”. A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 18 a 20 de janeiro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 544 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
A Ford foi uma das pioneiras na produção de automóveis no Brasil. Em 1919, passou a fabricar no país o Modelo T. Mantinha fábricas em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e em Horizonte (CE). A companhia anunciou o encerramento das atividades em 11 de janeiro. Em justificativa, disse que a pandemia de covid-19 ampliou “a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.
Quem mais acha que a saída é ruim:
homens (69%);
pessoas de 16 a 24 anos (65%);
moradores da região Sul (73%);
os que têm ensino superior (76%);
os que recebem mais de 10 salários mínimos (88%).
Quem mais acha que é indiferente:
mulheres (29%);
pessoas de 45 a 59 anos;
moradores da região Norte (41%);
os que têm só o ensino médio (30%);
os sem renda fixa (30%).
Quem mais acha que a decisão é boa:
pessoas de 16 a 24 anos (9%);
moradores da região Sudeste (9%);
os que têm apenas o ensino fundamental (8%);
os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (13%).
PODER360