Arquivo diários:28/01/2021

Funcionamento do Comércio no carnaval da Natal

O Carnaval em Natal (RN) foi cancelado em razão da pandemia do novo Coronavírus. Por meio do decreto municipal nº 12.116 DE 04DE DEZEMBRO DE 2020, o prefeito Álvaro Dias suspendeu a festividade. A decisão visa evitar aglomerações e o consequente aumento de registro de casos da doença na capital potiguar.

Com a decisão, o funcionamento do comércio sofrerá modificações. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal informa que a abertura do comércio será facultativa, inclusive no dia com 15/02, considerado feriado do dia do comerciário.

A empresa que optar pela abertura na data deve cumprir com obrigações da Convenção Coletiva, conforme aditivo, além do vale-transporte, pagará, a cada um dos colaboradores, as horas efetivamente trabalhadas, acrescidas de um adicional de 100% calculados sobre o valor da hora normal.

Para funcionar os estabelecimentos precisarão preencher o “Termo de Adesão para Abertura em dias Considerados Feriados”, que pode ser obtido junto ao Sindilojas RN,pelos e-mails sicomerciorn@ig.com.br e sicomerciorn@hotmail.com, mediante o pagamento da quantia de R$10 por cada colaborador que for trabalhar no referido dia.

O estabelecimento comercial deverá ainda enviar a relação nominal dos empregados ao Sindilojas com antecedência mínima de 48 horas.

Medrosos e suspeitos de criminosos: Procuradores da Lava Jato vão ao STF contra acesso de Lula a conversas obtidas por hackers

Aqui no RN tem dois suspeitos da turma de Janot

Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Procuradores da Lava Jato em Curitiba apresentaram, nessa terça-feira (26/1), uma reclamação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão do ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado deu acesso integral ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a mensagens obtidas por hackers. O caso está em trâmite no âmbito da Operação Spoofing.

No domingo (24/1), Lewandowski autorizou que a defesa de Lula tenha acesso integral às mensagens citadas na investigação, depois que a Polícia Federal não entregou o material, em parte, como determinava decisão anterior do ministro, de 28 de dezembro.

Adiar segunda dose da Coronavac amplia cobertura, mas tem efeito desconhecido sobre a eficácia

A possibilidade cogitada pelo governo de João Doria (PSDB) de adiar a aplicação da segunda dose da vacina Coronavac em um intervalo superior a 28 dias é uma decisão tomada no escuro, segundo especialistas, já que não há dados que demonstrem o quanto uma única dose é capaz de gerar resposta imune. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que o intervalo continue sendo seguido, já que a aprovação do uso emergencial da Coronavac está baseada nos dados dos estudos apresentados – que falam sobre a aplicação da segunda dose em um período de duas a quatro semanas.

Se aprovada, a medida faria com que todo o efetivo de doses de vacina do Instituto Butantan disponível no País pudesse ser aplicado. Os cientistas do governo do Estado defendem que, assim, seria possível ampliar a base de profissionais da saúde a receber a primeira dose do imunizante. Por enquanto, a recomendação atual é que apenas metade das doses seja aplicada, uma vez que 50% do estoque tem de ser reservado para a aplicação da segunda dose.

Em resumo, o cálculo que está sendo feito é: para controlar a pandemia, é melhor haver mais gente vacinada com apenas uma dose (parcialmente cobertas) ou menos gente vacinada, só que com a cobertura total? Segundo especialistas, trata-se mais de uma estratégia administrativa, por causa da falta de vacinas, do que por uma estratégia de saúde.

A competência sobre organização dos programas de vacinação, grupos prioritários e estratégias de vacinação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. A reportagem questionou a pasta sobre a intenção do governo estadual, mas o ministério não respondeu especificamente sobre o assunto.

“Nesse primeiro ciclo de aplicação, serão contemplados profissionais de saúde, idosos acima de 60 anos institucionalizados, portadores de deficiência com mais de 18 anos institucionalizados e indígenas aldeados. A campanha e os grupos contemplados serão escalonados de acordo com a disponibilidade de doses da vacina contra a Covid-19”, disse por meio de nota.

Eficácia 

A taxa de eficácia geral da vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac é de 50,38% após as duas aplicações. “A gente não sabe a eficácia de uma dose só; não é uma conta de padaria. Estamos arriscando. Pode ser que a eficácia da primeira dose chegue a 40%, mas também pode ser de 30%”, explicou Natalia Pasternak, doutora em microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC).

Dado o histórico de outras vacinas que, assim como a Coronavac, também são formuladas a partir do vírus inativado, seria, sim, possível adiar a aplicação da segunda dose sem que a primeira dose se perdesse, pois “o sistema imunológico tem uma premissa: dose dada é dose computada”, explicou Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Mas ela concorda que o problema consiste em não se saber exatamente a eficácia de apenas uma dose.

Oxford/ AstraZeneca

No fim do ano passado, o Reino Unido aumentou para 12 semanas o intervalo original de 21 dias entre as duas aplicações das vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Universidade de Oxford/Astrazeneca contra a covid-19. O objetivo era aumentar o número de pessoas imunizadas e frear a transmissão da doença no país, que tinha UTIs lotadas e se deparava com a disseminação da nova cepa do vírus (B.1.1.7).

Quanto à vacina de Oxford/Astrazeneca, os dados clínicos apresentados à Anvisa mostram que a segunda dose pode ser feita entre 4 e 12 semanas após a primeira. Nesta semana, a cidade de São Paulo recebeu mais 165,3 mil doses da vacina britânica, e o prefeito Bruno Covas (PSDB) também decidiu usar todas as vacinas contra covid-19 disponíveis para a primeira dose.

Mônica ressalta, porém, que a situação brasileira é diferente da do Reino Unido, já que não há nem mesmo a previsão de que mais remessas do imunizantes serão recebidas dentro do período estipulado no ensaio clínico.

ESTADÃO