A manobra do prefeito, Carlos Eduardo Alves em votar um pacote fiscal no final do ano para aumentar tributos municipais não aguentou um grito do vereador, Fernando Lucena do PT..

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), desta vez, exagerou. Mandou um complexo projeto de reforma tributária para a discussão na Câmara Municipal de Natal e ainda esperava a votação da matéria em tempo recorde. Contudo, o exagero gerou a pressão da oposição e de diferentes movimento sociais (a reforma significava aumento para vários profissionais) e o resultado foi a retirada do projeto de pauta, para “melhor análise” e debate com a sociedade.

A votação, no entanto, não aconteceu. Primeiro, com uma verdadeira onda de manifestações que a oposição fez na Câmara, quando chegou a protagonizar até um empurra-empurra dentro do plenário, suspendendo a sessão por vários minutos.

A ação extremada fez a bancada do prefeito recuar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o Conselho Regional de Medicina (CRM) e com a Federação do Comércio (Fecomercio), que foram contra a continuidade do projeto, pelo menos no que diz respeito ao aumento dos impostos para os profissionais liberais.

Mascarado de conceder descontos de até 80% para devedores da prefeitura, o projeto só beneficiava os grandes empresários como hoteleiros, supermercado, hospitais privados, especuladores imobiliários, jornais, rádios e televisões..