Segundo oficiais da PM, o tenente passou dos limites, parece que ele está com a síndrome da fama..Se tivesse um ‘besterômetro’ ele não tinha passado no teste, disse um oficial graduado..
NOTA DE REPÚDIO:
A Associação dos Oficiais Militares do Estado do Rio Grande do Norte vem a público manifestar a sua indignação e repúdio às declarações equivocadas do 1º Ten PM Eann Styvenson Valentim Mendes, em entrevista ao Jornal de Hoje, conforme o link: http://jornaldehoje.com.br/ja-bebi-e-dirigi-ja-rapariguei-e-cortei-sinal-vermelho-nao-sou-um-et-sou-da-terra/. O referido oficial, em sua entrevista, declarou que: “Quero ficar que nem outros tenentes. Sem fazer nada. Quero essa vida”.
Gostaríamos de enfatizar que nós, Oficiais Militares, trabalhamos diariamente procurando, a todo o momento, fazermos a gestão das instituições em que sejamos apenas peças coadjuvantes nos relevantes serviços que prestamos à sociedade. Nosso objetivo é que não exista o Tenente da Lei Seca nem muito menos da “Lei Molhada”, nós trabalhamos para que a instituição atue da melhor forma possível para a sociedade, não nos interessa aparecer neste ou naquele programa de TV, não queremos ser celebridades para aparecer a qualquer custo para quem quer que seja.
Diariamente, os Tenentes da Polícia Militar são citados pela imprensa como Oficiais de Operações das mais diversas unidades, não precisamos ter nossos nomes ou imagem veiculados na mídia, para nós o que interessa é a paz social e a boa imagem da Corporação que nós escolhemos, não somos oficiais apenas porque ansiamos um dia passar em um concurso público, somos Oficiais porque sonhávamos com essa carreira e temos orgulho de pertencer à mais antiga instituição pública desse Estado.
Os Tenentes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, ao contrário do que declarou o Ten Styvenson, são os profissionais da Polícia Militar que menos tempo têm para a sua vida pessoal e consequentemente para suas famílias. Suas atribuições funcionais, escalas de serviços e emprego técnico interferem diretamente em suas qualidades de vida, poucos têm a sorte que o Tenente Styvenson tem, de estar à disposição de uma autarquia como o Detran, e nessa condição, há muito não preside uma Sindicância ou Inquérito Policial Militar, tampouco compõe qualquer dos quatro Conselhos Militares (Especial, Permanente, Justificação ou de Disciplina) que são cumulativos às funções dos Oficiais; vale lembrar que não temos notícias que exista qualquer Tenente que “não faça nada”, conforme palavras do aludido Tenente em entrevista.
Informamos ao senhor Ten Styvenson que nós, Oficiais Militares, procuramos, em qualquer situação, respeitar o cidadão e seus direitos humanos, não somos nós que mandamos cidadãos com necessidades fisiológicas “fazer reversão ou tomar suor”. Não obstante o fato de sermos anônimos e não tratarmos o cidadão com palavras de baixo calão, somos trabalhadores e estamos a cada dia de forma discreta enaltecendo as gloriosas instituições militares do Rio Grande do Norte. Saiba, Senhor Tenente Styvenson, que suas declarações além de levianas, ofenderam toda a Oficialidade Militar desse Estado, pois caso existissem Tenentes que nada fazem, existiriam Capitães, Majores e Coronéis que estariam prevaricando.
Por fim, é importante ressaltar que declarações como essas ensejam responsabilidade nas esferas administrativa e judicial, pela grave acusação que foi feita aos profissionais que estão doando os melhores anos de suas vidas em prol da sociedade.
Associação dos Oficiais Militares do Rio Grande do Norte
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