O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal abriu investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusado de tráfico de influência internacional e no Brasil. Ele é acusado pela procuradoria de ter facilitado negócios da Odebrech no exterior, segundo a revista ÉPOCA.
A reportagem da ÉPOCA aponta que a maioria das viagens feitas pelo ex-presidente para países como Cuba, Gana, Angola e República Dominicana, ocorreram mediante pagamento da empreiteira e que vários projetos foram capitaneados com recursos do BNDES. Segundo a revista, o valor dos contratos chega a R$ 4,1 bilhões.
Ainda conforme a revista, existem indícios de que a BNDES, hoje presidido por um apadrinhado de Lula, Luciano Coutinho, liberou financiamentos de U$$ 1,6 bilhões à construtora para projetos no exterior, após viagens de Lula a Gana e República Dominicana, para contato com os presidentes dos dois países. Entre as obras consideradas suspeitas estão a modernização de portos, aeroportos, rodovias e aquedutos.
“A Odebrecht foi a construtora que mais se beneficiou com o dinheiro barato do banco estatal. Só no ano passado, segundo estudo do Senado, a empresa recebeu US$ 848 milhões em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior – 42% do total financiado pelo BNDES”, informa um trecho da reportagem. A empresa Odebrecht é uma das principais investigadas na Operação Lava Jato.