Arquivo diários:08/05/2015

“Empurramos o PT do muro”, diz Leonardo Picciani, líder do PMDB

Fernando Rodrigues
Do UOL, em Brasília

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani, afirma que seu partido empurrou o PT do muro”. Para onde? “Para o lado do governo”. Sem essa pressão peemedebista, a semana terminaria com uma derrota do Palácio do Planalto na votação do ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff.

Aos 35 anos e no seu 4º mandato de deputado federal pelo PMDB do Rio de Janeiro, Picciani relata que o momento mais crítico se deu na terça-feira (5.mai.2015). O PT não mostrava coesão para votar a primeira medida provisória do ajuste fiscal.

Para complicar, os petistas foram à TV, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente, para criticar a Câmara dos Deputados de maneira direta.

A propaganda televisiva do PT “influiu bastante” e por volta de 20h da terça-feira o PMDB resolveu suspender a votação do ajuste fiscal. “Foi algo da sensibilidade do plenário naquele momento”, diz Picciani –que é um dos principais lugar-tenentes do presidente da Câmara, o também peemedebista Eduardo Cunha.

Picciani defende Cunha, que foi alvo de uma operação de coleta de informações dentro da Câmara nesta semana, por ordem do Ministério Público, com autorização do Supremo Tribunal Federal. “O Ministério Público não pode tentar coagir o Congresso no uso das suas atribuições. É uma tentativa de constranger o Congresso Nacional. Acho que se equivocou o ministro [Teori Zavascki, do STF]. Foi uma decisão ‘inatenta’ do ministro Zavascki”.

A chance de o governo Dilma recuperar a força política, avalia Picciani, está na recente indicação do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, para ser coordenador político do Palácio do Planalto. Como Temer é também vice-presidente da República, seria “indemissível”.

“Se não dar certo com ele… Não digo que acaba o governo, mas quem assumirá?”, indaga o líder do PMDB. O que aconteceria?
Picciani responde: “Não vejo quem possa substituir. Acima do vice-presidente, na lógica, só estaria a própria presidente da República. Acho que ela tem virtudes. Mas a tratativa política, reconhecidamente, não é uma das suas virtudes”.

Picciani espera ser escolhido candidato a prefeito do Rio em 2016. E apoia o atual ocupante da cadeira, Eduardo Paes, para ser o candidato a presidente da República pelo PMDB em 2018. “É o mais pronto do partido para essa tarefa”, afirma.

Jô Soares critica Aécio e FHC por impeachment: ‘Parece coisa de patetas’

O apresentador Jô Soares criticou duramente o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência da República, por ter defendido o impeachment da presidenta Dilma. Em seu programa na TV Globo, Jô disse que Aécio demonstra desconhecer política ao abraçar essa bandeira, classificada por ele de “absurda”.

“Como é que um político que foi secretário do Tancredo quando tinha 20 anos, neto do Tancredo Neves, não aprendeu ainda nada sobre política. Parece coisa de República de patetas. O FHC não tinha nem que se pronunciar porque é um absurdo tão grande. Foram até procurar juristas!”, afirmou o apresentador, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na lista de seus alvos.

No quadro “Meninas do Jô”, o apresentador declarou que o impeachment só se justificaria se ficasse comprovado que Dilma cometeu uma ilegalidade no atual mandato. “Senão, fica uma bagunça maior ainda.” Insistir nessa tese sem o devido embasamento jurídico, segundo ele, é demonstração de ignorância política. “[Aécio] Foi um candidato que teve uma quantidade de votos expressiva e sai falando uma bobagem dessa. O que ele pensa? Que tira a Dilma e vão colocar ele?” Nas últimas semanas, o PSDB recuou no pedido de impeachment de Dilma, defendido, sobretudo, pelo líder da bancada na Câmara, Carlos Sampaio (SP).

Veja o vídeo

 

O Globo: ‘confissão’ de Lula sobre mensalão é registrada em livro

Jornalistas uruguaios relatam encontros do ex-presidente com o colega uruguaio José Mujica. Apesar da “confissão” de Lula, diz a publicação, Mujica “sempre afirmou que Lula não é corrupto, mas que o Brasil vive na corrupção”

 

POR FÁBIO GÓIS

"Uma ovelha negra no poder": autores dizem que Mujica sempre teve Lula como "padrinho"
“Uma ovelha negra no poder”: autores dizem que Mujica sempre teve Lula como “padrinho”

Um livro publicado no Uruguai sobre os cinco anos do governo José Mujica (2010-2015), segundo relatos do próprio mandatário, revela que o ex-presidente Lula lhe teria feito uma “confissão” sobre o esquema de compra de votos armado, em seu primeiro mandato, conhecido como mensalão. Escrito pelos jornalistas uruguaios Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, Uma ovelha negra no poder narra encontros entre Lula e Mujia e, em um registro inédito, a afirmação por parte do brasileiro de que o mensalão seria “a única forma de governar o Brasil”.

“Lula não é um corrupto como [Fernando] Collor de Mello e outros ex-presidentes brasileiros. Mas viveu esse episódio [do mensalão] com angústia e um pouco de culpa”, diz trecho do livro, que reúne cem horas de entrevista concedida por Mujica aos autores, jornalistas da revista Búsqueda. A publicação ainda não tem data de lançamento no Brasil.

Segundo o jornal O Globo, em reportagem assinada por Cristina Tardáguila, a “confissão” de Lula foi feita em 2010, em Brasília. Na ocasião, Lula teria dito literalmente a Mujica, segundo relator do ex-chefe de Estado uruguaio: “Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens. Essa era a única forma de governar o Brasil”. Segundo Mujica, seu ex-vice-presidente, Danilo Astori, testemunhou as declarações de Lula.

O livro registra ainda a admiração de Mujica por Lula, “um baixinho bárbaro”. “Mujica sempre viu Lula como uma espécie de padrinho. Sempre pensou que o Uruguai deveria seguir o rumo do Brasil, que é o grande protagonista da região. Mujica sempre afirmou que Lula não é corrupto, mas que o Brasil vive na corrupção”, disse ao jornal fluminense um dos autores do livro, Andrés Danza.

Ainda de acordo com O Globo, o Instituto Lula foi procurado no fim da tarde de ontem (quinta, 7), mas informou que não teria como recorrer ao ex-presidente e encaminhar uma resposta àquela hora. O instituto apresentou uma questão adicional: que as declarações de Mujica não fossem reproduzidas “parcialmente” pelo jornal, de forma tendenciosa.

Leia trecho do livro:

“Lula teve que enfrentar um dos maiores escândalos da História recente do Brasil: o mensalão, uma mensalidade paga a alguns parlamentares para que aprovassem os projetos mais importantes do Poder Executivo. Compra de votos, um dos mecanismos mais velhos da política. Até José Dirceu, um dos principais assessores de Lula, acabou sendo processado pelo caso.

‘Lula não é um corrupto como Collor de Mello e outros ex-presidentes brasileiros’, disse-nos Mujica, ao falar do caso. Ele contou, além disso, que Lula viveu todo esse episódio com angústia e com um pouco de culpa. ‘Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens’, disse Lula, aflito, a Mujica e Astori, semanas antes de eles assumirem o governo do Uruguai. ‘Essa era a única forma de governar o Brasil’, se justificou. Os dois tinham ido visitá-lo em Brasília, e Lula sentiu a necessidade de esclarecer a situação.”

A simpatia de Galeno Torquato

Nos corredores da Assembléia Legislativa todos reclamam da falta de civilidade, urbanidade, cortesia do novato deputado estadual, Galeno Torquato..

Segundo um elemento que contou ao soldado Vasco, o deputado da Tromba do Elefante só anda entrombado, não dar um bom dia e não cumprimenta ninguém.

Tudo com ele é no grito..

Na Assembléia já estão chamando ele de Galado Torquato.

Eu não conheço, não posso falar..