Um fato novo surge neste início de semana, em relação à instalação pela TAM de um centro de distribuição de voos (hub) no nordeste.
Tramita no Congresso um projeto que altera as condições de trabalho dos pilotos e tripulação dos aviões.
Se o projeto for aprovado, cálculos preliminares da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) estimava um impacto de R$ 2,23 bilhões ao ano no custo das quatro maiores empresas nacionais.
A presidente da TAM Claudia Sender foi clara e peremptória em declaração ao Estado, acerca da viabilidade do “hub” no Nordeste:
“O hub não sai se o projeto de lei for aprovado desta forma. Não é ameaça. É realidade. O hub só faz sentido se tivermos custos competitivos com empresas estrangeiras.”
As empresas alegam que a mudança pode gerar um novo choque de custo no setor e até inviabilizar algumas rotas novas e atuais.
O maior impacto seria sentido pela TAM, que voa para mais destinos internacionais e compete com aéreas estrangeiras.
“Não podemos aceitar uma lei que tira a competitividade das empresas brasileiras em relação às estrangeiras e que inviabiliza a oferta de passagens a preços comparáveis com o ônibus”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz
A TAM estima que teria um aumento de 20% a 35% na sua folha de pagamento.
Além disso, a empresa diz que as novas regras inviabilizariam todos os seus voos para a Europa.
Pelo tempo de voo, a empresa precisaria ter um equipamento chamado “sarcófago”, um espaço isolado com camas para pilotos.
“Nenhuma das nossas aeronaves tem esse espaço. Simplesmente não poderíamos voar mais para a Europa até a TAM comprar um avião maior. Mas a British Airways, que tem um voo de São Paulo para Londres no mesmo horário e com um avião igual, poderia”, diz a presidente da TAM, Claudia Sender.