A família de José Maria Marin parte do princípio de que o ex-presidente da CBF é inocente, apesar de desconhecer os detalhes das atividades do dirigente. O desejo dos familiares é de que o cartola fale tudo o que sabe aos responsáveis pelas investigações do imenso esquema de corrupção no futebol mundial.
Para os parentes de Marin não há motivo para ele proteger colegas, ainda mais porque o sentimento é de que ele foi abandonado desde que foi preso na Suíça sob a acusação de participar de esquema de corrupção na Fifa e na entidade nacional. Segundo a Justiça americana, Marin recebeu propina em negociações de direitos de transmissão de TV. O dinheiro do suborno teria sido dividido com outros dirigentes brasileiros, que não tiveram seus nomes divulgados.
A indignação maior é com Marco Polo Del Nero. O atual presidente da confederação não defendeu o sucessor com unhas e dentes nem nas reuniões com representantes das federações estaduais. Logo depois que a Fifa anunciou o banimento provisório de Marin, Del Nero suspendeu o amigo na CBF e tirou da fachada do prédio da CBF o nome dele. As medidas foram interpretadas por parentes e amigos de Marin como uma tentativa do presidente de descolar sua imagem do antecessor num gesto de traição. Por sua vez, a CBF alega que só refletiu a decisão da Fifa, que suspendeu Marin internacionalmente e nacionalmente.
Nem assistência jurídica foi providenciada pela confederação para seu ex-presidente. Quem contratou advogado para ele imediatamente foi a Conmebol.
O próprio Marin já andava chateado com Del Nero por se sentir escanteado desde que virou vice da CBF.
Fonte: Blog do Perone