Senadores são hostilizados em visita à Venezuela

Mulher de um dos presos, Lilian Tintori (ao centro) agradeceu aos senadores por terem ido ver a “crise” de perto

Uma comitiva de oito senadores brasileiros à Venezuela foi hostilizada nesta quinta-feira (18) por manifestantes quando deixava o aeroporto da capital Caracas, em um ônibus alugado pela embaixada brasileira no país vizinho. Em caráter oficial, a comitiva do Senado é liderada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), e reúne também os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), José Agripino (DEM-RN), José Medeiros (PPS-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Segundo diversos relatos de parlamentares da oposição, e de manifestações pela internet por parte dos próprios envolvidos, o episódio foi protagonizado por simpatizantes do governo Nicolás Maduro, em resposta à missão dos senadores na Venezuela. Os parlamentares brasileiros foram àquele país prestar apoio a líderes oposicionistas presos desde o início de 2014, depois de protestos em nível nacional contra Maduro.

“Estamos em Caracas, sitiados em uma via pública. Nossa van foi atacada por manifestantes”, disse Aécio Neves por meio de sua conta no Twitter, antes de a comitiva conseguir retornar ao aeroporto. “Mas seguimos firmes na disposição de visitar Leopoldo López. Estamos aqui para defender a democracia e até agora o governo venezuelano tem demonstrado pouco apreço por ela.” O tucano disse ainda ter conversado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dele ter ouvido a garantia de que a Casa protestará formalmente contra o ocorrido, bem como cobrará um posicionamento da presidenta Dilma Rousseff.

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