Tirou o corpo: Randolfe desiste de nova missão à Venezuela

Senador diz ter agenda de compromissos em seu estado com o ministro da Cultura e anuncia que não irá ao país vizinho com outros quatro colegas. Grupo viaja nesta semana

 

Randolfe Rodrigues

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) anunciou nesta terça-feira (23) que não participará da missão oficial à Venezuela criada na última quinta-feira (18). Agora com quatro membros, a comissão será uma espécie de contraponto ao grupo de senadores que foi impedido por populares, na semana passada, de cumprir agenda no país vizinho.

Liderada pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), a primeira comitiva pretendia visitar líderes da oposição ao governo Nicolás Maduro, presos desde o início do ano passado, e cobrar eleições parlamentares. No episódio, o ônibus que transportava a representação brasileira foi interpelado em um congestionamento e, diante da hostilização de venezuelanos, teve de retornar ao aeroporto da capital Caracas.

No dia seguinte, depois de ampla repercussão, uma nova comitiva foi constituída por senadores alinhados à esquerda. Na justificativa do requerimento, com discurso de respeito à soberania venezuelana e em nome de boas relações diplomáticas, alegou-se que “os ilustres senadores que compõem aquela comissão marcam o seu discurso pela indução ao acirramento dos ânimos, tanto para atingir objetivos na política interna brasileira (desgaste político do governo federal), como para fortalecer um dos lados na disputa democrática venezuelana”.

Agora desfalcada por Randolfe, a nova comitiva reúne os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), autor do requerimento da missão oficial, Roberto Requião (PMDB-PR), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Para justificar sua exclusão do grupo, Randolfe alegou, por meio de sua assessoria, ter “compromissos inadiáveis no Amapá” que o obrigaria a permanecer no Brasil.

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