Não posso generalizar, mas muitos moleques que estão fardados no Brasil não tem a menor condição psicológica de exercer suas atribuições policiais.
Aqui no RN, exatamente em Caicó, sem a menor razão, fui levado preso como um bandido para delegacia porque me recusei de fazer exame de bafômetro. Meu caso foi exatamente igual ao do deputado Maia, os policiais despreparados, frustrados socialmente, arbitrários e abusando da autoridade, quando abordam um político criam situações para descontrolar o cidadão e forjam uma prisão por desacato.
Fiquei sabendo que eles queriam me pagar novamente, postei no facebook que estava em Caicó e eles ficaram vasculhando, uma fonte bem informada me disse que eles confundiram o deputado Carlos Augusto Maia comigo e quebraram a cara.
No meu caso fui absorvido por unanimidade.
O delegado Helder Carvalhal, da 1ª Delegacia de Polícia de Caicó, concluiu que o deputado Carlos Augusto Maia não cometeu abuso de autoridade, ao contrário do que alegaram policiais rodoviários federais que o conduziram à delegacia na manhã de sábado, 1 de agosto. Alegando que haviam sido desacatados pelo parlamentar, os integrantes da PRF o algemaram e o conduziram à delegacia.
Com base no vídeo gravado pelos próprios policiais rodoviários federais, o delegado Helder Carvalhal concluiu que não houve desacato, resistência à prisão ou cometimento de crime de abuso de autoridade.
Os esclarecimentos do delegado a respeito do episódio, depois de ouvir as declarações dos policiais, do deputado e assistir ao vídeo da prisão, feito por um dos patrulheiros rodoviários:
“Naquele momento, enquanto autoridade que tinha o caso nas mãos para avaliação, eu não enxerguei uma atitude do deputado que pudesse ser considerada como desacato e não vi abuso. Ele não se valeu da função dele como deputado, não vi resistência, nenhum risco que pudesse causar às pessoas ali presentes.
Mas os policiais rodoviários entenderem que o deputado tinha desacatado, por ter se irritado com a filmagem e ter tirado a câmara das mãos deles. Foi a versão que apresentaram sobre os fatos, e também tinha obstruído a realização do bafômetro no motorista do veículo.
Ao final do procedimento, fui analisar o vídeo fornecido, e o vídeo reforça esse conjunto de elementos que demonstram, a princípio, porque ainda vai ser avaliado pela PF e pelo MPF, as instâncias competentes para avaliar a partir de agora, corroboram com a afirmação que fiz de que naquele momento não consegui enxergar o desacato e resistência.
Vi em verdade um cidadão que não se apresentou como deputado, até o momento em que foi necessário se apresentar como tal, como cidadão de direito. Não vi excesso por parte do deputado”.
Do BlogdoBG:
O blog teve acesso ao vídeo gravado pelos patrulheiros rodoviários federais. Este blog não tem procuração para defender o deputado Carlos Augusto Maia, mas o vídeo mostra que houve excesso por parte da equipe da PRF, muito excesso.
Ao perceber que estava sendo filmado por um patrulheiro, o deputado reagiu. Foi jogado ao chão por cinco policiais fortes, mesmo sem aparentar qualquer tipo de ameaça, foi algemado tendo a alegação de que ele havia cometido desacato e resistido à prisão. O que o vídeo mostra claramente que não aconteceu.
Os termos de declarações e o vídeo serão encaminhados à Polícia Federal e à Justiça Federal, que tem competência para cuidar do caso.
Mas uma coisa precisa ser dita: não gostar de ser filmado não significa resistir à prisão ou desacatar policiais.
Integrantes do Movimento Sem Terra invadem e obstruem rodovias, exibem facões, impedem o direito de ir e vir de cidadãos comuns e nem por isso são presos ou acusado de desacato.
Se um cidadão de bem não puder se dirigir a um policial rodoviário federal durante uma abordagem ou reclamar de algum procedimento, então é melhor chamar o Exército para cuidar de tudo, como foi na ditadura.
Vivemos numa Democracia. Ou não?