Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (13) relacionada à 18ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pixuleco II, o procurador da República Roberson Henrique Pozzobon, integrante do corpo de investigadores, confirmou que o esquema de desvios de recursos públicos para abastecer partidos e políticos também atingiu o Ministério do Planejamento. “O que temos nessa nova fase é que esse grande esquema ilícito transbordou essas fronteiras [da Petrobras]”, afirmou Pozzobon.
Nesta 18ª fase da Lava Jato, a força-tarefa investiga desvios relacionados aos contratos de crédito consignado feitos pelo Ministério do Planejamento. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) acreditam que a Consist, ligada ao lobista Milton Pascowitch, foi escolhida, por meio de dispensa de licitação, para gerir o sistema de pagamentos consignados de servidores federais. Essa escolha ocorreu em 2010, após acordo entre o Ministério do Planejamento e Gestão com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (Sinapp). A escolha teria sido facilitada após pagamento de propina ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.