A grande imprensa nacional tem destacado as acusações que o ministro do Turismo Henrique Alves está submetido.
No site da UOL e na Folha de São Paulo, o ministro Alves foi novamente alvo de matérias negativas.
Cada vez fica mais complicada a permanência dele no governo Temer.
Confira as matérias:
Ministro do Turismo recebeu R$ 8,5 milhões de empresas da Lava Jato em 2014
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, recebeu um total de R$ 8,5 milhões de cinco empreiteiras investigadas na operação Lava Jato, durante sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014. Alves foi ao segundo turno, mas acabou derrotado por Robinson Faria (PSD).
Pela lei eleitoral da época, em 2014 não havia irregularidade em receber doações de empresas para campanha –procedimento que está vetado a partir de 2016.
Na prestação de contas que Alves entregou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cinco empresas aparecem com 13 doações. São elas: Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Galvão Engenharia e Andrade Gutierrez.
Todas as doações foram indiretas, ou seja, feitas aos diretórios nacional ou estadual do PMDB, que por sua vez repassaram à conta de campanha do candidato para custear suas despesas.
A maior doadora de Alves entre as empreiteiras foi a Odebrecht, que repassou –em cinco doações– R$ 5,5 milhões. A empresa, por sinal, foi a maior fonte de receita do ministro em 2014.
Em seguida, entre as empreiteiras, vem a Queiroz Galvão, com R$ 2,09 milhões doados. A OAS, citada por Janot, aparece apenas na terceira posição do ranking, com repasse de R$ 650 mil feito em três doações.
Ao todo, a campanha de Alves teve receita de R$ 23,1 milhões, quase o dobro do candidato eleito Robinson Faria –que recebeu de R$ 12,3 milhões. A campanha do hoje governador potiguar também recebeu doação indireta de empresa investigada na Lava Jato, a Galvão Engenharia, num valor de R$ 200 mil.
Henrique Eduardo Alves negou irregularidades nas doações e disse, em nota aoUOL, que suas “relações com políticos e empresários todas são pautadas pela ética, cordialidade, respeito recíprocos e a liturgia institucional do cargo público ocupado”.
O UOL procurou as cinco empresas citadas na reportagem. Odebrecht, OAS, Galvão Engenharia e Andrade Gutierrez disseram que não iriam se posicionar. A Queiroz Galvão lembrou que não realizou doações diretas a Alves, e sim ao diretório nacional do PMDB. “Todas as suas doações eleitorais seguem a legislação e foram registradas nos órgãos competentes”, informou.
Origem de valores recebidos por Alves:
Norberto Odebrecht – R$ 5,5 milhões
Queiroz Galvão – R$ 2,09 milhões
OAS – R$ 650 mil
Galvão Engenharia – R$ 200 mil
Andrade Gutierrez – R$ 100 mil