Arquivo diários:13/06/2016

BOMBA: Teori anula parte das escutas de Lula e manda inquéritos para Moro

Carolina Brígido – O Globo

BRASÍLIA – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta segunda-feira a parte das escutas telefônicas realizadas em conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foram realizadas depois do período autorizado pelo juiz federal Sérgio Moro. Não poderá ser usado como prova judicial, portanto, o diálogo entre Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff em que ela diz que está enviando por um emissário o termo de posse do ex-presidente na Casa Civil. Na mesma decisão, Teori enviou para Moro os processos contra Lula que estavam no STF.

Os investigadores da Lava-Jato interpretaram o diálogo entre Lula e Dilma como uma forma de obstrução da Justiça. Isso porque a presidente afastada teria tido a intenção de dar foro especial a Lula nas investigações com a nomeação para o cargo. Teori manteve no STF o pedido de abertura de inquérito contra Dilma feito pela Procuradoria Geral da República. Ele ainda não decidiu se abre as investigações. As investigações contra Lula e o pedido de inquérito contra Dilma estão em sigilo.

“Cumpre deixar registrado que o reconhecimento, que aqui se faz, de nulidade da prova colhida indevidamente deve ter seu âmbito compreendido nos seus devidos limites: refere-se apenas às escutas telefônicas captadas após a decisão que determinou o encerramento da interceptação. Não se está fazendo juízo de valor, nem positivo e nem negativo, sobre o restante do conteúdo interceptado, pois isso extrapolaria o objeto próprio da presente reclamação. Portanto, nada impede que qualquer interessado, pela via processual adequada, conteste a higidez da referida prova”, escreveu o ministro.

Leia trechos da decisão: 

 

Jornalista levanta suspeita que o Planalto está cortando a energia do Alvorada

No “castelo” de Dilma, num dia falta água, no outro falta luz

Veja agora o que diz Tatiana Farah, repórter do BuzzFeed Brasi:

De repente cai a luz no Palácio do Alvorada, residência oficial da presidente afastada Dilma Rousseff. Na sala de reuniões, o ex-advogado geral da União José Eduardo Martins Cardozo finaliza a defesa contra o processo de impeachment; e a presidente concede entrevista no salão para um jornalista do New York Times. O próprio repórter assiste ao apagão.

Naquele mesmo dia, os funcionários contam: a luz caiu seis vezes. Do lado de fora do palácio, na rua, os aliados de Dilma falam que estava tudo aceso. Dias depois, quando a presidente chegava de uma viagem a Porto Alegre, outro apagão, dessa vez de duas horas.

Entre os 30 funcionários que fazem parte da equipe pessoal da petista, cresce a suspeita de que os cortes de luz façam parte do que consideram uma campanha de Temer para constrangê-la. Não é o que a Companhia Energética de Brasília (CEB) diz a eles. Funcionários do palácio teriam ouvido da CEB que os picos de luz na rede derrubaram a energia do palácio. Ao BuzzFeed Brasil, a companhia informou que “não há registro de falha no fornecimento de energia para o Palácio do Alvorada nos últimos dias”. Procurado, o Planalto não quis se manifestar sobre o assunto.

Dilma se irrita ainda mais. Até porque energia elétrica é sua área de atuação. Foi ministra da pasta antes de assumir a Casa Civil no governo Lula (2003-2010) e muito antes de pensar que moraria no Alvorada, como presidente.

Nas últimas semanas, a petista vem sofrendo com o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chama de “mesquinharia” de Temer. “Cortaram até o almoço da Dilma”, reclamou Lula em um discurso no Rio.

Na verdade, o Planalto suspendeu o cartão alimentação do Alvorada, o que depois foi restabelecido. O cartão de suprimento foi suspenso no dia primeiro de junho, segundo o Planalto, para aguardar parecer jurídico sobre o benefício, e restabelecido três dias depois.

Estão coagindo empresários a me comprometer, diz Lula em entrevista

Estadão Conteúdo

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os procuradores da Operação Lava Jato não devem ter conhecimento do funcionamento da Petrobras para afirmarem categoricamente que ele, enquanto presidente da República, sabia do esquema de corrupção na estatal. Em entrevista à Al Jazeera, o petista voltou a reclamar da operação da Polícia Federal e do mecanismo da delação premiada. “Eles estão coagindo os empresários a comprometer o Lula, dizer que o Lula participou. Até agora, não estou sendo processado, não fui indiciado. Quero saber qual é o momento que eles vão tentar me criminalizar. Tenho tranquilidade, duvido que algum procurador, que algum delegado da polícia, seja mais honesto que eu, mais ético que eu, nesse País”, afirmou o ex-presidente.

“As delações na minha opinião estão sendo banalizadas, porque você prende um cidadão, fica ameaçando o cidadão, ameaçando prender a mulher, o filho, se a pessoa não delatar. Dessa forma, as pessoas irão delatar até a mãe. As pessoas vão delatar o que não viram. Mas estou tranquilo, pode continuar prendendo mais gente, fazendo mais delação”, disse Lula.

Mais uma do governo Temer: Polícia Federal investiga novo presidente dos Correios por falsificar assinaturas

Guilherme Campos Júnior, presidente em exercício do PSD, foi nomeado na semana passada para presidir os Correios
Guilherme Campos Júnior

A Polícia Federal investiga o novo presidente dos Correios, Guilherme Campos Júnior, por falsificação de assinaturas.

A investigação tramita em segredo de Justiça e apura a falsificação de assinaturas de eleitores para a criação do PSD em 2011. Guilherme Campos Júnior, presidente em exercício do PSD, foi nomeado na última quinta-feira (9) pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB). Campos nega participação no caso.

José Agripino pede celeridade para esclarecer suspeitas movimentações bancárias ilícitas

Declaração do presidente nacional do DEM, senador José Agripino, sobre a reportagem do jornal O Globo, citando possíveis movimentações suspeitas em seu nome:

“1- Já me manifestei no plenário do Senado sobre este assunto em discurso proferido no dia 26 de abril de 2016.

2- Meus extratos bancários conciliados com minhas declarações de Imposto de Renda esclarecerão definitivamente a movimentação financeira questionada.

3- Sou acusado de facilitar pagamentos feitos a OAS pelo BNDES. Que força teria eu no BNDES sendo líder de oposição há treze anos?

4- O que desejo é celeridade na apuração dos fatos”.

Candidatura de Hermano Morais a vice-prefeito é muito mais um projeto tucano que bacurau

Depois do dedo na cara está tudo tranquilo e favorável

O buliçoso e articulador, deputado Gustavo da Ponte Carvalho juntamente com seu novo amigo e deputado federal do saco preto, Rogério Marinho estão tramando para abocanharem à prefeitura de Natal de um jeito ou de outro.

Eles querem ter representantes em duas prováveis chapas que podem ter forças para disputarem a eleição de Natal no segundo turno.

A primeira articulação é apoiar um candidato a prefeito(a) que tenha competitividade, a segunda é contaminar a chapa de Carlos Eduardo Alves com a candidatura a vice-prefeito com Hermano Morais do PMDB que hoje é muito mais tucano que bacurau. Hermano é tão tucano e governista que votou em Nelter Queiroz para liderança do PMDB atendendo apelos governistas, tendo em vista que Nelter é um líder informal do governo na Assembleia.

Os tucanos Gustavo e Rogério Marinho tiveram uma conversa com Hermano e convenceram o deputado do PMDB entrar na disputa pela candidatura a vice-prefeito de Carlos Eduardo Alves. Os argumentos do convencimento foi pesquisas que Rogério encomendou mostrando que Carlos Eduardo Alves estaria garantido no segundo turno, que eleito prefeito Alves renunciará à prefeitura para ser candidato ao governo e assim Hermano poderá ser prefeito por dois anos.

Rogério Marinho e Gustavo Carvalho garantiram manter todo espaço do deputado Hermano até ele assumir a prefeitura de Natal caso Carlos Alves ganhe a eleição.

Hermano Morais ficou encantado com a conversa e resolveu de uma hora para outra deixar de apoiar a pretensão de Marcelo Queiroz passando a também brigar pela candidatura com Fred Queiroz e Álvaro Dias.

Segundo minha fonte, o grande articulador Gustavo da Ponte entende que à candidatura de Hermano desgastará Carlos Eduardo em decorrência das agressões da eleição passada quando Hermano levou até dedo na cara, que neste caso poderá beneficiar o candidato que do PSDB, mas, isso não ocorrendo, os deputados Gustavo e Rogério garantem que vão abocanhar à prefeitura pela metade no próximo mandato com Hermano na prefeitura.

O mais importante de tudo é que em 2018, tanto os candidatos ao governo Carlos Eduardo Alves quanto o governador Robinson Faria ficarão reféns do PSDB de Rogério Marinho.

Gustavo da Ponte junto com Rogério Saco Preto dão nó em pingo d’água..

Hermano já deu esse pulo do gato, em 1996 ele foi indicado candidato a vice-prefeito do finado João Faustino dando adeus aos bacuraus virando um tucano no bico largo.

 

 

 

Limite da perfeição: operador do PMDB recebe propina até quando estava preso

Baiano diz ter recebido R$ 500 mil da Odebrecht quando estava preso

Baiano ficou quase um ano detido e deixou a prisão após fechar acordo de delação

Em São Paulo

Um dos operadores de propina no esquema de corrupção instalado na Petrobras, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, admitiu à Polícia Federal que a Odebrecht lhe pagou R$ 550 mil entre 2014 e 2015, quando ele estava preso.

 

Fernando Baiano passou quase um ano detido em Curitiba, base da Operação Lava Jato, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, e deixou a prisão após fechar acordo de delação premiada.

Mais uma suspeita do senador José Agripino na imprensa nacional

Coaf vê operações suspeitas em conta de presidente do DEM José Agripino Maia

Agripino com seu aliado Garibaldi Alves

BRASÍLIA Com a ajuda de parentes, assessores e empresas com as quais tem ligação, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), teria realizado operações suspeitas no valor de R$ 15,9 milhões entre dezembro de 2011 e novembro de 2014. O indício é de que houve lavagem de dinheiro. A informação está em um relatório do Conselho de Controle de Atividades financeiras (Coaf) e integra inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o parlamentar.

Agripino é investigado sob suspeita de ter recebido o dinheiro como propina da OAS, uma das empreiteiras alvo da Lava-Jato. Em troca, o senador teria viabilizado a liberação de recursos do BNDES para a empreiteira, para financiar a construção do estádio Arena das Dunas, em Natal, construído para a Copa de 2014.

Segundo parecer da Polícia Federal inserido no inquérito, a movimentação financeira suspeita foi realizada “exatamente em épocas de campanhas eleitorais (2010 e 2014), fornecendo mais um indício de que os pedidos de doações eleitorais feitos pelo parlamentar à OAS foram prontamente atendidos, e podem ter-se constituído em forma dissimulada de repasse de propina”.

Para a PF, os elementos da investigação até agora fornecem “reluzentes indícios de que, de fato, as obras referentes à Arena das Dunas em Natal, entre 2011 e 2014, passou por diversos entraves perante os órgãos de controle e o próprio banco público financiador do empreendimento, o que corrobora a suspeita de que José Agripino Maia efetivamente atuou com a finalidade de auxiliar a empresa, destinatária do financiamento, na superação dessas dificuldades”. Entre os elementos que confirmam a tese estão diálogos registrados no celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

Os investigadores também estão convencidos de que o doleiro Alberto Youssef e os operadores Rafael Angulo Lopez e Adarico Negromonte Filho foram a Natal em mais de uma oportunidade, entre 2011 e 2014, para abastecer o caixa dois da OAS.

A defesa de Agripino entregou uma petição ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito, explicando que não há nada de suspeito na movimentação bancária do senador. O dinheiro seria fruto de dividendos da rede de comunicação e também de loteamentos da família Maia. Além disso, na mesma época, o senador teria recebido doações da mãe (no nome de quem estão os empreendimentos imobiliários) e teria feito transferências financeiras para os dois filhos na mesma época.

— Esse dinheiro se refere a um longo período da minha vida. A minha família tem loteamentos, como o Alphaville, e vários empreendimentos imobiliários dos quais eu tenho participação. Eu tenho o direito de doar aos meus filhos e também de receber doação da minha mãe — esclareceu o senador.

Uma das movimentações que intrigaram o Coaf foi o saque de R$ 170 mil de uma das contas de Agripino. Cerca de 40 dias depois, o dinheiro foi depositado de volta na mesma conta de forma fracionada. O senador explica:

— É um direito que eu tenho. Eu ia fazer um negócio que, depois, não foi concretizado.

Outra movimentação suspeita foi o depósito em espécie de R$ 90 mil em uma de suas contas. Agripino explicou que tinha R$ 100 mil em espécie em casa, e que tinha inclusive declarado o montante no Imposto de Renda do ano anterior. Portanto, não há qualquer tipo de ilegalidade na operação.

Agripino admitiu que recebeu dinheiro da OAS, mas de forma legítima, na forma de doação para campanha, conforme foi declarado à Justiça Eleitoral. Ele acredita que os dados bancários e fiscais, dos quais Barroso já pediu a quebra dos sigilos em abril, esclarecerão a legalidade das operações financeiras. Além de Agripino, tiveram os sigilos quebrados o filho dele, o deputado Felipe Maia (DEM-RN), e de mais 14 pessoas. Os dados já foram encaminhados ao STF e estão sob sigilo.

O Globo