Até o final deste ano, a Associação dos Produtores Potiguares de Ostras (Aproostra), no município de Tibau do Sul, deve comercializar cerca de 60 mil ostras da espécie nativa Crassostrea gasar, popularmente conhecida como ostra preta, cultivadas em laboratório. Com isso, o Rio Grande do Norte se tornará o primeiro estado brasileiro a produzir em escala comercial essa espécie.
A iniciativa faz parte do Projeto AquiNordeste, desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN), voltado para o fortalecimento da cadeia produtiva da aquicultura na região.
As ostras produzidas no RN seguirão princípios de sustentabilidade e não irão reduzir os estoques nativos, já escassos no estado, pois as sementes foram produzidas sem terem sido retiradas de bancos naturais dos estuários.
O desenvolvimento dos moluscos está sendo acompanhado em uma unidade de pesquisa, demonstração e produção, montada na Lagoa de Garaíras, em Tibau do Sul.
Testes para reprodução da ostra preta já foram realizados em laboratórios de universidades Brasil afora. No entanto, pela primeira vez, a reprodução está sendo direcionada em escala comercial para retomar a expansão do cultivo de ostras em estuários potiguares sem agredir os estoques naturais.