Arquivo diários:17/06/2016

Henrique Alves garante, em nota, que não tem conta no exterior em nome dele

Assim como o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-ministro do Turismo, Henrique Alves, demitido ontem, afirmou em nota que “não tem conta” na Suíça em seu nome”.

Confira a nota:

Nota de esclarecimento 

01. Refuto qualquer ilação a respeito de conta no exterior em meu nome.

02. Não fui citado a prestar esclarecimentos.

03. Estou, como sempre estive, à disposição da Justiça, até porque sou o principal interessado em ver todas essas questões esclarecidas.

Henrique Eduardo Alves

Mais oitos ministros de Temer são citados e ministério de Temer afunda em mar de lama

Por Carmen Munari | Valor Econômico

SÃO PAULO  –  Em 16 dias, o ministério do presidente interino Michel Temer perdeu três integrantes por envolvimento nas investigações da Operação Lava-Jato, mas outros oito são citados no esquema.

Nesta sexta-feira, Temer determinou que ministros peçam demissão antes de seus nomes surgirem em delações premiadas que vêm sendo divulgadas na operação

Mencionados em planilha da empreiteira Odebrecht com registro de repasses

* Cidades – Bruno Araújo (PSDB-PE)

* Defesa – Raul Jungman (PPS-PE)

* Desenvolvimento Social e Agrário – Osmar Terra (PMDB-RS)

* Educação – Mendonça Filho (DEM-PE)

* Relações Exteriores – José Serra (PSDB-SP)

* Saúde – Ricardo Barros (PP-PR)

Outros casos

* Secretaria de Governo – Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) (citado na Lava-Jato por atuar em favor da construtora OAS)

* Meio Ambiente – José Sarney Filho (PV-MA) (mencionado pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado)

Deixaram o governo

* Planejamento – Senador Romero Jucá (PMDB-RR)

* Transparência, Fiscalização e Controle – Fabiano Silveira

* Turismo – Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)

Arre-égua: depois de prender o marido, vão investigar a deputada dos pulinhos

O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro.

Em seu primeiro mandato, Raquel ganhou projeção nacional ao elogiar seu marido durante a sessão da Câmara que aprovou o avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em abril.

Ao votar, ela justificou ser favorável ao processo e disse que Muniz “mostra que o Brasil tem jeito”. Ele acabou preso um dia depois e atualmente cumpre prisão domiciliar.

Segundo o Ministério Público Federal, foi descoberto um suposto esquema em que a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica comandada pela deputada e seu marido, exercia verdadeira atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas, por meio de transferências a entidades presididas pela congressista.

A Procuradoria aponta que a deputada e o prefeito assumiram o comando da sociedade com a finalidade de se utilizar do certificado de beneficência titularizado pela entidade, colocando sob administração escolas particulares e cursos reparatórios de propriedade do casal, para que estas empresas gozassem de imunidade e isenção tributárias.

Mais uma: segundo Folha de São Paulo, Lava Jato encontrou uma conta de Henrique Alves na Suíça

GABRIEL MASCARENHAS
MARINA DIAS
DE BRASÍLIA

FOLHA DE SÃO PAULO

A Operação Lava Jato encontrou uma conta na Suíça do ex-ministro da Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, o que comprometeu mais ainda o ex-deputado.

Os investigadores já encontraram um extrato da conta bancária da qual ele é beneficiário e suspeitam que ela era usada para recebimento de propina no exterior.

Investigadores ouvidos pela Folha disseram que o caso do peemedebista é semelhante ao do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha, que também mantinha uma conta em uma instituição bancária suíça.

Henrique Alves está com medo de ser investigado por Moro, diz Folha de São Paulo

Cunha e Henrique Alves, enrolados noutra delação

AGUIRRE TALENTO
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Apesar de Alves perder o foro privilegiado, o pedido de inquérito para investigar se ele foi beneficiado pela Lava Jato deve permanecer no Supremo. Isso porque Janot afirmou ao STF que há conexão dele com Cunha com relação a delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal,  neste caso e, portanto, devem ser investigados em conjunto.

“Alves […] deve ser investigado em conjunto com Eduardo Cunha uma vez que a conduta de ambos está, de tal modo, imbricada, que não seria pertinente a separação da análise fática quanto a eles. No caso em exame, a análise da eventual conduta de Cunha encontra-se evidentemente conectada à suposta atuação de Alves.”

Cunha foi afastado do mandato e da presidência da Câmara, mas ainda permanece com foro. Alves, segundo aliados, temia ser investigado pelo juiz Sergio Moro.

Alves também é alvo de um pedido de Janot para ser investigado no principal inquérito da Lava Jato no Supremo, que apura se uma organização criminosa atuou nos desvios da Petrobras

Lá vem mais bomba para Henrique Alves: Teori homologa delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa

Henrique Alves e seus primos Garibaldi e Carlos Eduardo Alves

POR ANDREZA MATAIS E FÁBIO FABRINI

DO ESTADO DE SÃO PAULO

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Loterias da Caixa Econômica Federal. Nos depoimentos prestados à procuradoria-geral da República,

Cleto implica o presidente suspenso da Câmara, Eduardo Cunha, em esquemas de corrupção, além de citar o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, que pediu demissão ontem do cargo.

Cleto acusou Cunha, seu padrinho político, de fazer parte de esquema de pagamento de propina em troca de liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS. Cleto declarou que o deputado recebeu R$ 52 milhões pelo acordo. O peemedebista sempre negou ter indicado Cleto para o cargo na Caixa e para membro do FI-FGTS, o fundo bilionário da Caixa.

Minha Casa e Minha Propina: PCdoB recebia propina de contratos do Minha Casa Minha Vida, diz delator

Capa380 original

Há duas semanas, VEJA revelou os detalhes da extensa delação premiada que o ex-deputado Pedro Corrêa, um dos corruptos mais antigos em atividade no país, firmou com a Justiça. Confessando seus crimes com a autoridade de um decano da roubalheira, que começou a receber propinas na década de 70 e só foi parado pela Operação Lava Jato, Corrêa desnudou as engrenagens da corrupção nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, mas fez mais. Além de comprometer figuras de proa da antiga oposição, como Aécio Neves, e da cúpula do PMDB e do governo interino de Michel Temer – como Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Renan Calheiros – Corrêa escancara de vez o esquema de corrupção montado por pretensos partidos “éticos” da política, os virtuosos líderes de esquerda do PCdoB. O cérebro do esquema de corrupção comunista, diz o delator, era o ex-ministro Aldo Rebelo.

Segundo relata Pedro Corrêa no anexo 27 de sua delação, durante o segundo governo Lula, o PCdoB comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades. Pilotado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, o órgão comandava bilionárias verbas do programa Minha Casa Minha Vida. Nolasco, apadrinhado no cargo pelo ex-ministro Aldo Rebelo, operava verbas destinadas a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 000 habitantes.

Enquanto cumpria a nobre missão de realizar o sonho da casa própria para famílias humildes, o militante do PCdoB aproveitava para tocar uma agenda clandestina. Nessa função, nada edificante, cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. Segundo Pedro Corrêa, a taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10% a 30% do valor de cada casa construída. O golpe era simples: o diretor do órgão, a quem cabia liberar recursos para os empreiteiros e cobrar a propina, tinha uma empresa, a RCA Assessoria. Depois de o ministério fechar o convênio com a empreiteira e repassar o dinheiro para a construção das casas, os empresários corruptos pagavam a propina negociada com o PCdoB para a RCA.

Mudanças em regra ‘espantam’ marqueteiros experientes

 

O publicitário Duda Mendonça

Estadão Conteúdo

Em São Paulo

A previsão de uma campanha política com poucos recursos afugentou as grandes estrelas do mercado publicitário e abriu espaço para uma nova geração de marqueteiros dispostos a trabalhar mais e receber menos do que em disputas anteriores.

Publicitários de renome como Nelson Biondi, Duda Mendonça e Luís Gonzalez optaram por ficar fora das eleições municipais deste ano.

O marqueteiro João Santana, que liderou as últimas campanhas presidenciais petistas, e sua mulher Mônica Moura, foram atingidos pela 23ª fase da Operação Lava Jato e cumprem prisão preventiva.

“Não quero trabalhar dez vezes mais e ganhar dez vezes menos”, afirmou Biondi. Sondado pelo PSDB, ele preferiu indicar seu genro, André Gomes, para comandar a campanha do empresário tucano João Doria Jr. na capital paulista. Biondi disse que pretende se “resguardar” para a campanha presidencial de 2018, quando espera que as regras em vigor agora sejam modificadas.

“Culturalmente é difícil haver doação de pessoa física. Essa nova regra é um teste. Não acredito que ela seguirá valendo em 2018.”

A única atuação de Biondi em 2016 será como “conselheiro remoto” da campanha do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) à prefeitura de Ribeirão Preto, no interior paulista. “Essa nova geração vai começar ralando”, brinca o publicitário.