Em São Paulo
A previsão de uma campanha política com poucos recursos afugentou as grandes estrelas do mercado publicitário e abriu espaço para uma nova geração de marqueteiros dispostos a trabalhar mais e receber menos do que em disputas anteriores.
Publicitários de renome como Nelson Biondi, Duda Mendonça e Luís Gonzalez optaram por ficar fora das eleições municipais deste ano.
O marqueteiro João Santana, que liderou as últimas campanhas presidenciais petistas, e sua mulher Mônica Moura, foram atingidos pela 23ª fase da Operação Lava Jato e cumprem prisão preventiva.
“Não quero trabalhar dez vezes mais e ganhar dez vezes menos”, afirmou Biondi. Sondado pelo PSDB, ele preferiu indicar seu genro, André Gomes, para comandar a campanha do empresário tucano João Doria Jr. na capital paulista. Biondi disse que pretende se “resguardar” para a campanha presidencial de 2018, quando espera que as regras em vigor agora sejam modificadas.
“Culturalmente é difícil haver doação de pessoa física. Essa nova regra é um teste. Não acredito que ela seguirá valendo em 2018.”
A única atuação de Biondi em 2016 será como “conselheiro remoto” da campanha do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) à prefeitura de Ribeirão Preto, no interior paulista. “Essa nova geração vai começar ralando”, brinca o publicitário.