Piantella fecha as portas, após 40 anos como principal reduto dos poderosos

Dono do estabelecimento há mais de 17 anos, o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tentava salvar o estabelecimento de dívidas milionárias

Resultado de imagem para restaurante piantella
Restaurante muito frequentado pela classe política potiguar

No dia em que o Senado vota o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, é anunciado o fechamento do Piantella, restaurante em que políticos confabulavam acordos e traições que definiram os rumos da República nos últimos 40 anos. O dono do estabelecimento localizado na 202 Sul, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, comunicou a decisão a colegas de profissão, por meio de um grupo de whatsapp.

O Piantella era o mais tradicional reduto de poderosos de Brasília, entre políticos e empresários patriarcas de famílias tradicionais. Entre os políticos, Ulysses Guimarães e Luís Eduardo Magalhães tinham mesas cativas – há uma placa na parede em homenagem à mesa de Magalhães. O agora presidente interino Michel Temer, entre outros, também tinha mesa cativa no bar e no restaurante. O ex-ministro José Dirceu batia ponto no segundo andar, em sala reservada, para degustar vinhos com a cúpula do PT.

Frequentei muito o Piantella em companhia de Aluísio Alves, Flávio Rocha, Ismael Wanderley, Carlos Eduardo Alves, Robinson Faria, Paulinho Freire e Jorge Célio (o grande), que foi o norte-riograndense mais conhecido no restaurante.

O Piantella foi recinto de muitas decisões, articulações e acordos celebrados pelos políticos do RN..