PAULO ROBERTO CONDE
DE SÃO PAULO
DANIEL MÉDICI
SANDRO MACEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nem a despedida de Felipe Massa, brasileiro com mais pódios em Interlagos (cinco, com duas vitórias), foi suficiente para alavancar o público do GP Brasil de 2016.
De acordo com a assessoria do evento, a etapa brasileira da F-1 recebeu 128,1 mil pessoas nos três dias (o público apenas de domingo não foi revelado), 8,3 mil pessoas a menos do que no ano passado. O público também é menor que o de 2014 (133,1 mil) ano em que Massa levou sua Williams ao pódio.
Além de ser a última corrida de Massa no circuito paulistano na categoria, a prova ainda tinha o atrativo de poder colocar um ponto final na disputa do título, o que aconteceria em caso de vitória de Nico Rosberg.
Com o triunfo de Lewis Hamilton, porém, a decisão ficará para a última etapa, dia 27 de novembro, em Abu Dhabi.
O GP Brasil não está garantido para 2017. No calendário provisório já divulgado pela FIA, a etapa brasileira aparece com um asterisco e ainda depende de confirmação da organização.
O prova em Interlagos perdeu patrocínios da Petrobras e da Shell e teve prejuízo neste ano. O próprio Felipe Massa manifestou sua preocupação com a chance de a tradicional etapa deixar o calendário.
“Tenho certeza de que Bernie está colocando pressão, como ele sempre faz, com circuitos que estão com problemas. Sabemos como ele é. Mas o momento no Brasil é de crise. Espero que F-1 fique em São Paulo, mas com certeza temos risco de perdê-la”, disse a jornalistas no sábado.
Nesta semana, o atual prefeito Fernando Haddad também se encontrará com o prefeito eleito João Doria para discutir o futuro das reformas de Interlagos.
Uma terceira etapa de reformas no paddock e nos boxes está prevista para começar, mas a obra depende dos planos de Doria, que falou durante sua campanha em privatizar o autódromo.