Por Renato Dantas
Apesar de não tido o privilégio de nascer em Caicó e adorando minha amada cidade de Natal, me considero um caicoense legitimo e honrado. Minhas raízes estão todas em Caicó nas margens do rio Carnaúba que faz divisa com nossa também querida São João do Sabugi.
Sou bisneto no velho coronel Bembém das Oiticicas, neto do velho Assis Dantas e filho do também caicoense Dary Dantas. Com muito orgulho digo que sou sobrinho neto de Mãe Quininha e sobrinho primo de monsenhor Walfredo Gurgel. Passei boa parte da minha infância em Caicó onde tenho muitos amigos, portanto eu adoro Caicó e seu povo, apesar de como qualquer lugar ter uns cabras safados, alguns o cão já levou para o inferno, outros estão perto do Satanás levar.
Diante de tudo que vem ocorrendo, estou verificando que a autoestima e coragem de luta e enfrentamento do nosso também generoso e hospitaleiro povo de Caicó está acabando.
Conheci uma Caicó que tinha uma classe política e empresarial valente sem ser violenta, destemida sem ser agressora, corajosa sem ser afoita, importantes sem serem arrogantes, cordiais sem serem babões, Caicó fez três grandes governadores que até hoje suas memórias são reverenciadas e respeitadas como homens que ficaram na história do RN: José Augusto, Dinarte Mariz e monsenhor Walfredo Gurgel.
Conheci uma Caicó que os políticos do RN respeitavam e temiam sua força, mas agora vejo uma Caicó envergonhada, triste, amordaçada e aguentando todo tipo de humilhação que fazem com seu povo.
Jamais na época dos grandes líderes de Caicó o caicoense passaria pelos vexames que tem passado ultimamente.
No tempo dos grandes caicoenses, que já morreram, mesmo com a maior seca do mundo, Caicó jamais ficou sem abastecimento d´água. Havia homens como Dinarte, Walfredo, Zé Augusto, Manuel Torres, Carlindo Dantas que batiam na mesa e os problemas resolvidos.
No passado dos grandes líderes, o caicoense nunca foi humilhado como está sendo agora.
Hoje, qualquer assaltante de meia tigela vindo da Paraíba ou de qualquer lugar entra na casa de uma família de Caicó amedrontando, ameaçando, arrombando, humilhando, assaltando e até matando, e fica tudo por isso mesmo. Queria ver se isso ocorria há 40 anos atrás? A conversa era outra e muito diferente, bandidos da Paraíba ou de Natal pensavam duas vezes em cometerem seus crimes em Caicó, eles sabiam que lá o ‘buraco era mais embaixo’. Nem o cangaceiro Virgulino Lampião teve o atrevimento e coragem de invadir Caicó, ele andou pelos municípios da Tromba do Elefante foi até Mossoró, mas em Caicó ele não botou os pés.. Caicó tinha ondem, bandidos lá não tiravam onda..
Até o vereador de Natal, Luiz Almir chama Caicó de “Casa do Caralho’, embora depois com a reação ele tenha se retratado pedindo desculpas.
O caicoense sempre foi ordeiro, educado, trabalhador mas sabia reagir com bravura e firmeza qualquer ameaça ou descaso dos governos.
Hoje estou vendo o caicoense calado, sem reagir, sem exigir, sem protestar, constato á derrocada do Hospital Regional de Caicó, vi fecharem a Maternidade Mãe Quininha sem darem a menor satisfação ao povo, sinto caicoense humilhado e suas tradicionais famílias deixando Caicó para morarem em outras terras por que perderam qualidade de vida.
Caicó que já teve as melhores escolas e ensino do Estado, que educaram figuras do mais altos níveis profissionais está vendo sua mocidade entregue aos traficantes que destroem a vida das nossa famílias.
Onde estão os caicoenses? Cadê o povo de Caicó que reage, que não está lutando pelo respeito que merece. Caicó tem que voltar a ser grande, Caicó tem que voltar a ser importante, Caicó tem que voltar a ser respeitada, Caicó tem que voltar a ser admirada como antes.
Duvido no tempo dos grandes líderes caicoenses, se um Henrique Eduardo e Garibaldi iriam mexer politiqueiramente numa obra importante como a adutora da engate rápido? Provocando essa tragédia que estamos vivenciando! Henrique nem se atreveria, ele poderia mexer na adutora de Angicos, mas em Caicó eles não metiam o dedo.
Hoje tomo conhecimento que o governador Robinson Faria estaria pressionando para nomear o candidato derrotado a prefeito e vereador Nildson Dantas ou um afilhado de Vivaldo Costa para ser diretor do Hospital Regional do Seridó. Sobre isso, acho que isso só pode ser brincadeira, não posso acreditar que o governador Robinson Faria entregue o Hospital de Caicó para ser administrado por um político derrotado pelo povo ou para um afilhado de deputado. Não acredito que o povo de Caicó aceite isso sem fazer um protesto. Hospital é para salvar vidas, não é para salvar políticos que estão com o pé na cova eleitoralmente.
Se Robinson fizer isso vai jogar na lata do lixo todo discurso que fez na campanha que levou o povo acreditar que seria um governador diferente que jamais aceitaria politicagem com à saúde do povo.
A informação que o blog recebeu é que o deputado Vivaldo Costa e o vereador e candidato derrotado à prefeitura de Caicó, Nildson Dantas estariam brigando para controlarem o Hospital do Seridó e fazerem dele um comitê eleitoral. Isso acontecendo é uma escárnio criminoso contra o caicoense!
O hospital está na UTI e ainda estaria aparecendo ‘vampiros’ para sugarem a ultima gota de sangue do um hospital que atende o povo mais pobre.
O povo de Caicó não pode deixar isso ocorrer, o caicoense tem que ir para ruas protestar contra tudo isso que está ocorrendo em sua terra. Sugiro que o povo de caicó vá ordeiramente, mas corajosamente para ruas protestar, que dê o ‘Grito de Caicó’. Que a colônia de Caicó em Natal, no dia, esteja solidária de presente.
Caicó sabe fazer o melhor Carnaval do Estado, a maior e melhor Festa de Sant’Ana do mundo, então tem que saber fazer uma manifestação que traga de volta á importância e o respeito que o caicoense merece.
A convocação para a manifestação do Grito de Caicó tem que ser feita pelas redes sociais, ninguém espere que as emissoras de rádios pertencente aos políticos façam o chamamento do povo.
Chega de humilhação!
Renato Dantas – bisneto do coronel Bembém da Oiticicas, neto do velho Assis Dantas e filho de Dary Dantas, todos caicoenses que amavam Caicó.