Classe política está unida para escapar da tempestade

Por Renato Dantas

O velho e falecido jornalista Luiz Maria Alves que por muito tempo dirigiu o Diário de Natal com sua sabedoria dizia: “quando uma crise não tem solução, deixe a crise aumentar  que ela por si só, encontra uma solução”. Essa sabedoria do velho jornalista me fez acreditar que a Operação Lava-Jato entrou no seu estágio terminal.

Com as delações dos diretores da Odebrecht divulgadas e comprometendo meio mundo da classe politica do governo e oposição com os caciques dos maiores partidos envolvidos, não tenho duvidas que a classe política vai se unir para uma salvação coletiva.

A reação começará no Congresso Nacional, os deputados e senadores irão legislar para imediatamente estancar e barrar o avanço do compadrio entre o Judiciário, Ministério Público e empresários delatores.

Primeiro, será votada uma Lei de Abuso de Autoridade, posteriormente será aprovada a anistia do caixa dois, e uma mini-reforma política e judiciária.

Se Congresso Nacional  não tomar atitudes, os caciques dos grandes partidos serão condenados e os partidos extintos.

Contra a Lava-Jato estão unidos governo e oposição, esquerda e direita, agora a briga será entre a classe politica e judiciário com Ministério Público.

No meio da disputa entre políticos e magistrados e membros da PGR estará a Rede Globo que representa os interesses dos gigantes da FIESP que verdadeiramente são os responsáveis e patrocinadores desse ataque contra classe política.  Quando o Congresso reagir, a Globo deverá incendiar o Brasil, mas não existe outro caminho, o confronto existirá, a não ser que todos os denunciados sejam condenados e presos. para evitar prisões antes dos julgamentos o Congresso poderá reformar as prisões temporárias e preventivas, a prisão temporária passará apenas para 5 dias para interrogatórios sem poder ser renovada, enquanto a prisão preventiva deverá ser estabelecida apenas no período da conclusão do inquérito que não poderá ultrapassar os 45 dias da sua decretação. Outra medida será a de impedir delação premiada enquanto o suspeito estiver preso.

Foi assim na Itália na operação Mãos Limpas e será aqui na operação Lava-jato.

Em particular, no caso do RN, verificamos que nossas lideranças tradicionais estão em apuros. Como o eleitorado potiguar pode pensar em votar neles sabendo que José Agripino, Garibaldi Alves, Robinson, Rosalba, Wilma, Henrique Alves, Fábio Faria, Walter Alves, Felipe Maia, Rogério Marinho e outros estão sendo investigados? É bom lembrar que os caciques potiguares do PT não são investigados, mas estão desgastados por tabela no envolvimento dos dirigentes nacionais do partido e sobretudo do primo Lula.

Como podemos verificar, nossos caciques estarão fechados na lula pela sobrevivência, caso contrário e não mude esse cenário, eles provavelmente perderão seus mandatos.

A turma da FIESP que sabiam do problema do ‘caixa dois’ aproveitaram para denunciar através  de uma bem montada estratégia, e agora aproveitando um desgaste monumental dos políticos estão preparando seus agentes que entrarão em novos partidos para ocuparem o poder politico no Brasil. Dória é o primeiro exemplar desses agentes..