Arquivo diários:13/04/2017
Os diversos planos do prefeito Carlos Eduardo Alves
Diante da derrocada da família Alves e do cacique José Agripino que poderiam turbinar sua candidatura ao Governo do Estado, o prefeito de Natal já está pensando noutro projeto político.
O primeiro plano do prefeito de Natal era ser candidato da oposição ao governador Robinson Faria, mas com os envolvimentos dos seus primos Garibaldi, Henrique Alves e Walter Alves como suspeitos de falcatruas na Operação Lava-Jato e do fracasso do governo Temer, Carlos Eduardo Alves tentou um entendimento com o governador Robinson Faria, mas diante do ingresso do governador Robinson Faria na relação do ministro do STF Edson Fachin como um dos investigados, e sabendo que a Prefeitura de Natal está completamente quebrada, percebendo que continuando até o fim do mandato na Prefeitura, com receio de certamente terminar o mandato igual ou pior de Micarla, Carlos Eduardo Alves refluiu.
Sem coragem de enfrentar uma eleição majoritária sem padrinhos, como sempre ocorreu, Carlos Eduardo deverá renunciar à Prefeitura para ser candidato a depurado federal e sua mulher Andrea Ramalho candidata a deputada estadual.
Para renunciar, Carlos Eduardo Alves está cobrando o apoio do vice-prefeito Álvaro Dias à sua candidatura e de sua mulher em Natal e no Seridó.
Temer, Lula e FHC articulam pacto por sobrevivência política em 2018
MARINA DIAS
FOLHA DE SÃO PAULO
Foi em novembro do ano passado, quando a Lava Jato mostrou poder para atingir novos setores políticos e econômicos, que emissários começaram a costurar um acordo entre dois ex-presidentes e o atual chefe da República.
O objetivo era que Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (PMDB) liderassem um pacto para a classe política, fragilizada pelo avanço das investigações.
Apartamentos de autoridades e restaurantes sofisticados serviram para que aliados dos líderes políticos discutissem medidas para limitar a operação e impedir que o grupo formado por PSDB, PT e PMDB seja, nas palavras de articuladores desse acordo, exterminado até 2018.
Nas últimas semanas, a Folha ouviu pessoas relacionadas às três partes e a avaliação foi unânime: a Lava Jato, segundo elas, quer eliminar a classe política e abrir espaço para um novo projeto de poder, capitaneado, por exemplo, por aqueles que comandam a investigação.
O bom trânsito com os dois ex-presidentes e com Temer credenciou o ex-ministro do STF Nelson Jobim e o atual ministro da corte Gilmar Mendes como dois dos principais emissários nessas conversas.
Jobim tem falado com todos. Já almoçou com Temer e FHC e marcou de encontrar com Lula nos próximos dias. Gilmar, por sua vez, hoje é próximo ao presidente, que participa de negociações para articular um acordo para a reforma política, diante do debate sobre a criminalização das doações eleitorais.
Este é o ponto que atinge os principais expoentes da política brasileira, inclusive Temer, Lula e FHC, os três citados nas delações de executivos da Odebrecht por recebimento de dinheiro de forma indevida, por exemplo.
As acusações contra Lula e FHC foram encaminhadas a instâncias inferiores pelo relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, visto que ambos não têm foro privilegiado. Temer, por sua vez, apesar de citado em dois inquéritos, não é investigado por sua “imunidade temporária” como presidente.
A convergência entre os três é: se não houver entendimento para assegurar um processo eleitoral “tranquilo” em 2018, aparecerá um “outsider” ou “aventureiro”.
O acordo de bastidores passaria pela manutenção de Temer até 2018 e a realização de eleições diretas, em outubro do ano que vem, com a participação de Lula.
A tese de quem está à frente das negociações é que não há tempo para uma condenação em segunda instância do petista até 2018, o que o deixaria inelegível. E, caso exista, garantem, haveria recursos em instâncias superiores.
As conversas, por ora, estão divididas entre as articulações de cúpula, que costuram o pacto para a classe política, e as do Congresso, que buscam medidas práticas para eliminar o que consideram abusos da Lava Jato e fazer uma reforma política.
VOTAÇÕES
Entre o que esses grupos avaliam ser possível votar no Congresso para 2018 estão a aprovação da cláusula de barreira para partidos e o fim das coligações proporcionais.
Isso fortaleceria as siglas do establishment e enfraqueceria nanicos e aventureiros.
Projetos como a anistia ao caixa dois, um novo modelo para o financiamento de campanha eleitoral e até o relaxamento de prisões preventivas, que mantêm encarcerados potenciais delatores para a força-tarefa, também entrariam na lista de medidas.
FHC, Temer e Lula se falaram pessoalmente sobre o assunto em fevereiro, quando os dois primeiros visitaram o petista no hospital onde sua mulher estava internada.
A partir dali, emissários se movimentaram com mais frequência, mas, por ora, não há expectativa de que os três se encontrem novamente.
Mas em público, os agentes têm falado. FHC afirmou que é preciso “serenar os ânimos” e “aceitar o outro”. Já havia dito que era preciso fazer “distinções” entre quem recebeu recursos de caixa dois e quem obteve dinheiro para enriquecer. Gilmar Mendes e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (PT) acompanharam o tucano.
No Congresso, o discurso é ainda mais direto. Parlamentares repetem que é preciso “separar o joio do trigo” e “salvar a política”.
Classe política está unida para escapar da tempestade
Por Renato Dantas
O velho e falecido jornalista Luiz Maria Alves que por muito tempo dirigiu o Diário de Natal com sua sabedoria dizia: “quando uma crise não tem solução, deixe a crise aumentar que ela por si só, encontra uma solução”. Essa sabedoria do velho jornalista me fez acreditar que a Operação Lava-Jato entrou no seu estágio terminal.
Com as delações dos diretores da Odebrecht divulgadas e comprometendo meio mundo da classe politica do governo e oposição com os caciques dos maiores partidos envolvidos, não tenho duvidas que a classe política vai se unir para uma salvação coletiva.
A reação começará no Congresso Nacional, os deputados e senadores irão legislar para imediatamente estancar e barrar o avanço do compadrio entre o Judiciário, Ministério Público e empresários delatores.
Primeiro, será votada uma Lei de Abuso de Autoridade, posteriormente será aprovada a anistia do caixa dois, e uma mini-reforma política e judiciária.
Se Congresso Nacional não tomar atitudes, os caciques dos grandes partidos serão condenados e os partidos extintos.
Contra a Lava-Jato estão unidos governo e oposição, esquerda e direita, agora a briga será entre a classe politica e judiciário com Ministério Público.
No meio da disputa entre políticos e magistrados e membros da PGR estará a Rede Globo que representa os interesses dos gigantes da FIESP que verdadeiramente são os responsáveis e patrocinadores desse ataque contra classe política. Quando o Congresso reagir, a Globo deverá incendiar o Brasil, mas não existe outro caminho, o confronto existirá, a não ser que todos os denunciados sejam condenados e presos. para evitar prisões antes dos julgamentos o Congresso poderá reformar as prisões temporárias e preventivas, a prisão temporária passará apenas para 5 dias para interrogatórios sem poder ser renovada, enquanto a prisão preventiva deverá ser estabelecida apenas no período da conclusão do inquérito que não poderá ultrapassar os 45 dias da sua decretação. Outra medida será a de impedir delação premiada enquanto o suspeito estiver preso.
Foi assim na Itália na operação Mãos Limpas e será aqui na operação Lava-jato.
Em particular, no caso do RN, verificamos que nossas lideranças tradicionais estão em apuros. Como o eleitorado potiguar pode pensar em votar neles sabendo que José Agripino, Garibaldi Alves, Robinson, Rosalba, Wilma, Henrique Alves, Fábio Faria, Walter Alves, Felipe Maia, Rogério Marinho e outros estão sendo investigados? É bom lembrar que os caciques potiguares do PT não são investigados, mas estão desgastados por tabela no envolvimento dos dirigentes nacionais do partido e sobretudo do primo Lula.
Como podemos verificar, nossos caciques estarão fechados na lula pela sobrevivência, caso contrário e não mude esse cenário, eles provavelmente perderão seus mandatos.
A turma da FIESP que sabiam do problema do ‘caixa dois’ aproveitaram para denunciar através de uma bem montada estratégia, e agora aproveitando um desgaste monumental dos políticos estão preparando seus agentes que entrarão em novos partidos para ocuparem o poder politico no Brasil. Dória é o primeiro exemplar desses agentes..