Está correndo muito dinheiro em Brasília para aprovar rapidamente reforma trabalhista de Rogério Marinho, afirmam analistas políticos

Deputado saco preto Rogério Marinho negociando em Brasília com empresários da LIDE * a aprovação da Reforma Trabalhista

Não tem jeito e ninguém segura, em plena Operação Lava-Jato um batalhão de empresários e lobistas invadiram à Câmara dos Deputados e conseguiram aprovar depois de rejeitado o regime de urgência ao relatório do deputado Rogério Marinho combatido por magistrados da Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e sindicatos.

Analistas políticos de Brasília dizem que está correndo muito dinheiro na Câmara dos Deputados para aprovar o substitutivo apresentado pelo deputado Rogério Marinho que modificou a projeto do Governo Federal beneficiando empregadores e subtraindo direitos dos empregados.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (19), por 287 votos a 144, o regime de urgência para o projeto de lei da reforma trabalhista (PL 6787/16). Na noite da última terça-feira (18), o mesmo requerimento havia sido rejeitado.

Com a aprovação do regime de urgência, não será possível pedir vista ou propor emendas à matéria na comissão especial que analisa o tema. A oposição protestou contra a nova votação do requerimento de urgência, um dia após sua rejeição pela Casa.

Na segunda-feira (17), o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, afirmou que esperava aprovar ainda nesta semana seu parecer na comissão especial da Câmara dos Deputados. Segundo ele, a reforma poderia ser aprovada no plenário da Câmara já na semana que vem, seguir para o Senado no final de abril e entrar em vigor em meados de junho.

*LIDE – Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.300 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 49% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.