Oficial da PM é investigado por abuso sexual contra soldado

A soldada reclamou de dores no joelho e o oficial fisioterapeuta massageou os seios dela para acabar com as dores. 

BRUNA FANTTI

Rio – A Auditoria da Polícia Militar investiga se o capitão Wellington Luiz de Oliveira, fisioterapeuta da corporação, abusou sexualmente de uma soldado no Centro de Fisiatria e Reabilitação da PM, no Estácio. O abuso teria ocorrido em setembro do ano passado. Uma soldado acusa o oficial de ter tocado em seus seios, alegando ser um tratamento médico para o joelho.

Em dezembro, a Justiça condenou o oficial a dois anos e 10 meses de prisão, em regime aberto, por ter introduzido um dos dedos dentro do ânus de outra paciente, filha de um policial, com a justificativa de se tratar de um procedimento médico para aliviar a dor no cóccix.

Sobre o novo caso que está sendo investigado, a promotora Karina Puppin, da Auditoria Militar, explicou que, em depoimento, a soldado diz que ele sugeriu uma sessão de acupuntura. “Ela se queixou que a dor no joelho estava se refletindo na cervical e lombar. Ele, então, sugeriu uma massagem nos seios da paciente como tratamento fisioterápico”, afirmou.

O oficial, que foi afastado das suas funções somente após a condenação, está apelando da sentença. Ele nega ter introduzido o dedo na região retal da paciente, mas afirmou que esse é um procedimento usado na fisioterapia.