O ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures fica em silêncio na Polícia Federal nesta sexta-feira (9).
Ele foi convocado para depor no inquérito em que é investigado pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha.
Loures foi gravado pela JBS recebendo em São Paulo uma mala de R$ 500 mil. Os executivos da empresa afirmaram, em delação premiada, que o dinheiro era propina destinada também ao presidente Michel Temer.
Loures era homem de confiança do presidente, que o indicou a Joesley Batista, da JBS, como interlocutor.
O advogado Cezar Bitencourt, que defende Loures, afirma que o ex-parlamentar só foi preso para delatar.
Ele considera a detenção “equivocada, desnecessária e fundamentada, pelo digno ministro Edson Fachin, em fato errado”.
Segundo ele, Fachin “afirmou em sua decisão que Rodrigo Rocha Loures praticava crimes há algum tempo com Joesley e que havia indícios que prosseguiria. Sua excelência não ouviu o áudio da ilegal gravação do presidente Temer feita delator Joesley. Nesse áudio o delator afirma, claramente, que não conhece Rodrigo, que com ele não tem relação e, ainda que o conheceu no dia 6 de março!
Então, como afirmar-se que praticava crimes a tempo?”, questiona Bitencourt