Coluna Painel
Familiares de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Michel Temer que foi preso após a delação da JBS, fizeram nesta sexta-feira (30) novo apelo para que o ministro Edson Fachin decida sobre pedido de transferência da carceragem da PF, onde ele está hoje. Visivelmente nervosos, afirmam que todos os personagens que foram encarcerados ou submetidos a algum tipo de punição após o acordo dos irmãos Batista estão em condições diferentes da de Rocha Loures.
A família diz que Loures está sendo submetido a situação análoga à tortura para “delatar Michel Temer”. Seus interlocutores dizem que ele está há 17 dias sem “ver a luz do sol” na carceragem da PF, que não tem pátio para esse tipo de atividade. Como argumento, citam decisão desta sexta (30) de Marco Aurélio Mello, que devolveu o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e lembram que, o primo de Aécio, flagrado buscando dinheiro na JBS, está em prisão domiciliar.
Pela narrativa da família de Loures, o ex-assessor de Temer cometeu infração semelhante a Aécio e seu primo, mas é mantido na carceragem da PF para “forçar acordo que comprometa Temer”. A família afirma que a própria PF já disse que o local não é adequado para a manutenção de presos, mas que Fachin não dá decisão sobre o tema, aguardando manifestação da PGR.
Esses familiares de Loures dizem que ele está “em frangalhos”, não só emocional, mas fisicamente. Eles, no entanto, negam que o ex-assessor de Temer tenha decidido delatar e dizem que ele manterá Cezar Roberto Bitencourt como seu advogado. O criminalista é contra acordos de colaboração.