Arquivo diários:02/07/2018

Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta projeto da Escola sem Partido

Deputado Flavinho durante sessão de discussão do processo de impeachment de Dilma, no plenário da Câmara

Deputado Flavinho durante sessão de discussão do processo de impeachment de Dilma, no plenário da Câmara – Agência Brasil

Brasília – A Câmara dos Deputados pode votar, nesta quarta-feira, a proposta que cria o programa Escola sem Partido. A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para afastar a possibilidade de oferta de disciplinas com conteúdo de “gênero” ou “orientação sexual” em escolas de todo o país.

Pelo texto do relator, deputado Flavinho (PSC-SP), cada sala de aula terá um cartaz com seis deveres do professor, entre os quais está a proibição de usar sua posição para cooptar alunos para qualquer corrente política, ideológica ou partidária. Além disso, o professor não poderá incitar os alunos a participar de manifestações e deverá indicar as principais teorias sobre questões políticas, socioculturais e econômicas.

Segundo o relator, o problema da doutrinação política e sexual no ambiente escolar é “latente, crônico e traumático” e tem sido negligenciado ao longo dos anos no Brasil. “Há muitos anos, tem sido jogado para debaixo do tapete e acobertado sob o manto da liberdade de expressão e da liberdade de cátedra dos doutrinadores travestidos de docentes. Não podemos mais permitir que os alunos, parte mais vulnerável do processo, e suas famílias sejam constantemente atacados em seus direitos e vilipendiados em suas convicções pessoais”, afirmou o deputado à Agência Brasil.

O projeto está pautado para ser votado na comissão especial criada para discutir o assunto e tramita em caráter conclusivo. Caso aprovado, pode ser encaminhado diretamente para apreciação do Senado. Como se trata de um tema polêmico, deputados podem recorrer para que a matéria também seja analisada pelo plenário da Câmara.

Piloto fez pouso forçado após dois homicídios em pleno voo

Avião executivo fez pouso forçado em um rio do sudoeste do Pará, em região de garimpos

Agência Brasil

Brasília – A Polícia Civil do Pará e a Polícia Federal estão investigando as circunstâncias que forçaram o piloto de um avião executivo a fazer pouso forçado em um rio do sudoeste do Pará, em região de garimpos. Segundo os investigadores, o piloto da aeronave contou, em depoimento, que houve dois homicídios em pleno ar, durante o voo.

O caso aconteceu na última quarta-feira (27), mas só chegou ao conhecimento das autoridades na sexta-feira, quando pescadores perguntaram a policiais militares de uma unidade da região se o piloto tinha procurado ajuda. Os policiais passaram a buscar informações sobre o suposto acidente e sobre o paradeiro do piloto, que estava hospedado em um hotel próximo.

Sérgio Vanderlei Becker foi identificado quando chegava ao distrito de Moraes de Almeida, em um mototáxi. Conduzido à seccional de Polícia Civil de Itaituba, o piloto confirmou ter pousado no Rio Jamanxim e abandonado a aeronave em seguida. Ele contou que, durante a viagem entre Guarantã do Norte (MT) e Apuí (AM), os dois passageiros a bordo se desentenderam e um deles, identificado como Polaquinho, atirou no outro, conhecido como Turco, que morreu na hora.

Ainda segundo o piloto, Polaquinho teria aberto a porta lateral da aeronave para arremessar o corpo de Turco para fora do avião, em pleno voo. Becker afirma que, neste momento, apanhou a arma que estava sobre o assento e decidiu matar Polaquinho. O piloto justificou sua decisão alegando temer ser morto por ter testemunhado o primeiro homicídio.

Becker contou ter acertado dois tiros em Polaquinho. Em seguida, teria se levantando para também jogar o corpo de sua vítima para fora da aeronave, mas perdeu o controle do avião, só recuperando-o a tempo de pousar no rio. Posteriormente, o piloto informou o ponto exato em que se encontrava a aeronave, prefixo PT IIU.

Policiais militares já fizeram uma vistoria preliminar no avião. Embora tenham encontrado vestígios de sangue, nem os corpos das supostas vítimas, nem a arma usada no crime foram localizados. Quando foi detido, o piloto carregava munições ilegais. Mesmo assim, Becker foi liberado na sexta-feira a noite, após prestar depoimento.

Prefeito Paulinho de São Gonçalo do Amarante inaugura a 45ª obra da atual gestão

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN está inaugurando uma obra por semana no município. O cronograma vem se estendendo desde setembro de 2017; e na última sexta-feira (29) o prefeito entregou à população de Olho D´Água do Carrilho a reconstrução da quadra de esportes da comunidade.

Com essa reforma finalizada, a prefeitura entrega aos são-gonçalenses a 45ª obra da administração do prefeito Paulinho. Na lista, novas creches e unidade de saúde, implantação de centro de especialidades médicas, escolas e quadras de esportes reformadas e ampliadas, ruas e avenidas pavimentadas, ampliação da rede de abastecimento de água, entre outras.

“Lancei um desafio e estamos cumprindo – desde o ano passado que nossa gestão inaugura uma obra por semana. Vários equipamentos de grande alcance social e muitos, muitos sonhos antigos da população realizados. Até final do ano vamos chegar com nossas benfeitorias em todas comunidades”, disse prefeito Paulinho.

Além das concluídas, a prefeitura está com várias obras em andamento, como um sistema adutor que vai garantir água para os próximos 50 anos, um Centro de Reabilitação, unidades de saúde, obras de pavimentação em de 12 comunidades. Outra ação importante é o programa “Luz pela Paz” que está substituindo as lâmpadas antigas da iluminação pública, por luminárias de LED, deixando as vias públicas mais claras e seguras.

O dízimo do pastor

Uma fonte do soldado Vasco disse que o candidato evangélico para pregar a palavra noutra igreja recebeu um dizimo antecipado de três milhões..

Essa foi uma exigência do pastor pregador para deixar a igreja do pastor cabeludo para ingressar na igreja do pastor cabeção..

O dízimo foi recolhido pelo obreiro Propino no Rio de Janeiro junto ao pastor-chefe da Igreja do Reino do Aterro Sanitário..

Dólar bate R$ 3,90 com cena externa pessimista

Por Daniela Meibak | Valor

SÃO PAULO  –  O tom negativo do exterior se estende aos ativos brasileiros. Os mercados asiáticos fecharam em baixa, enquanto as praças acionárias da Europa operavam no campo negativo assim como Wall Street.

Perto das 11 horas, o dólar comercial subia 0,63%, a R$ 3,9010. Na máxima, a moeda americana alcançou R$ 3,9070.

No mercado de juros futuros, as taxas passaram a cair, depois de terem iniciado em alta. O DI janeiro/2020 era negociado a 8,310%, contra 8,320% no ajuste anterior, e o DI janeiro/2025 estava em 11,380%, ante 11,520% no ajuste anterior.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue sua retórica comercial e ameaça impor tarifas globais de 20% sobre automóveis importados. A China, por sua vez, cumpriu a promessa feita em 22 de maio de cortar as tarifas sobre automóveis americanos de 25% a 15%, mas já estuda elevar novamente as tarifas a 25%, em retaliação ao anúncio americano

Nova regra facilita mudar salário para outro banco; taxas podem cair

Cristiane Bonfanti

Do UOL, em Brasília

Mudar o banco onde você recebe seu salário deve ficar mais fácil a partir desta segunda-feira (2). A nova regra, chamada de portabilidade de salário, começa a valer agora e pode aumentar a competição entre bancos tradicionais e as fintechs (empresas de tecnologia do setor financeiro).

Na avaliação do Banco Central, a medida vai contribuir para aumentar a competição no setor e reduzir os preços dos serviços bancários aos consumidores.

Com a nova regra, a partir desta segunda-feira, os clientes que quiserem receber o salário em outra instituição diferente da escolhida pelo seu empregador poderão pedir a mudança diretamente no novo banco.

Até agora, o pedido de transferência do salário já era possível, mas só podia ser feito onde o cliente recebe o pagamento. O novo modelo é mesmo adotado quando o consumidor quer levar o seu número de telefone de uma operadora para outra.

Outra novidade é que a transferência do salário poderá ser feita também para as chamadas contas de pagamento. Hoje, a portabilidade do salário é permitida somente entre bancos convencionais.

Bancos devem fazer promoções para “seduzir” os clientes

Segundo o Banco Central, para realizar a troca, os bancos deverão exigir do cliente documentos que garantam a sua identidade. Esses documentos devem apresentar, pelo menos, nome completo do cliente, nome completo da mãe, data de nascimento, CPF, endereço e telefone. Os bancos também vão precisar de dados sobre a instituição bancária que mantém a conta originalmente e sobre o empregador.

Como na abertura de outras contas, as instituições financeiras devem analisar o histórico dos clientes e se eles estão incluídos nas chamadas listas sujas. Caberá ao banco avaliar o cadastro do consumidor e aceitá-lo ou não como novo cliente.

Bancos podem oferecer pacotes de serviços melhores

O professor Luis Braido, da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas (EBEF/FGV), disse que, embora a portabilidade já fosse possível, a nova regra vai facilitar esse processo e evitar que os clientes enfrentem constrangimento ao pedir a mudança. A seu ver, a exigência de que o cidadão fosse até o banco escolhido por seu empregador era uma maneira de “forçar essa relação”.

“A troca de contas fica mais fácil. Acho que a medida desburocratiza o processo. Para algumas pessoas, talvez, o fato de ir à agência e pedir a mudança ao gerente cause um constrangimento. Alguns bancos podem tentar convencer o cliente a não fazer isso”, disse.

“Adicionalmente, o banco que for proativo pode aproveitar esse momento [de menos burocracia] e oferecer pacotes de serviços melhores”, afirmou.

Jornalistas brasileiras relatam assédios sofridos durante cobertura da Copa

reprodução

Casos de assédio a jornalistas mulheres viraram rotina na Copa do Mundo na Rússia. Nos últimos dias, viralizaram na internet imagens de duas profissionais brasileiras tendo de se desvencilharem de tentativa de beijos de homens enquanto faziam seu trabalho. Aconteceu com a repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, e com Laura Zago, repórter da CBF. Os episódios não foram isolados e também ocorreram longe das câmeras, com outras mulheres brasil.

A reportagem do LANCE! ouviu relatos de jornalistas que estão cobrindo o Mundial na Rússia. A violência já ocorreu desde a atuação ao transporte no país da Copa. Foi o caso da repórter Gabriela Montesano, que está produzindo um documentário sobre a participação das mulheres na Copa. Ela descreveu os momentos de tensão vividos durante uma viagem de trem de São Petersburgo a Moscou, após acompanhar a vitória do Brasil sobre a Costa Rica, pela segunda rodada da fase de grupos.

“Peguei o trem Fifa das 22h, chegaria às 6h. Peguei uma cabine com uma vietnamita e um jovem russo, cerca de 20 anos. Ele falava inglês, algo raro aqui, passamos a conversar mais, porque gosto de conhecer as pessoas. Mas acho que ele pensou que tinha mais liberdade do que deveria. Começou a vir mais na minha cama, mais perto de mim, até que eu estava um pouco incomodada, e também cansada, e disse que precisava dormir”, contou Gabriela.

“Ele disse que tudo bem, mas precisava se trocar. Só que não iria ao banheiro porque não tinha vergonha nenhuma de se trocar na minha frente. Falei para ele ir ao banheiro, mas ele tirou a roupa na minha frente, ficou pelado. Eu virei e ele ficou lá se trocando, tirou toda a roupa. Aí dei boa noite, sem saber como reagir. A moça da cabine estava dormindo, a cabine fechada, eu não sabia o que fazer. E ele veio deitar na minha cama. Eu fui tirando ele, mandei ele ir embora, e ele foi dormir na cama de cima da minha. E eu não dormi muito bem, porque fiquei pensando que ele poderia vir de novo. Não foi nada agradável” completou a jornalista.

Os transtornos se estendem aos mais variados locais. Soraya Belusi, editora dos jornais O Tempo e Super Notícia, de Belo Horizonte, passou apuros durante a produção de uma matéria em um shopping em São Petersburgo e teve de recorrer à polícia.

“Fui ao supermercado do shopping para fazer uma matéria sobre caviar. Estava entrevistando duas russas, enquanto eu entrevistava, um homem ficava mandando beijo, fazendo gestos. Eu fiquei meia hora tentando me desvencilhar desse cara e só consegui quando chamei a polícia para interferir, porque ele não deixava eu fazer meu trabalho. Ele ficava berrando, mandando beijo”, descreveu.

“Isso não aconteceria com um homem, ele não interferiria no trabalho de um homem, principalmente mandando bejinho. Eu tentei comunicação com ele, xinguei, falei, e só parou com a polícia. E além do meu constrangimento, teve o constrangimento das duas entrevistadas. Uma conversa que era para durar dois minutos durou 30. O policial saiu com ele até a porta do shopping”, completou.

As jornalistas mulheres são minoria na cobertura da Copa do Mundo. Uma rápida observação em qualquer centro de mídia dos estádios na Rússia é suficiente para notar a escassez de profissionais femininas, como já acontece no Brasil. Isso é retrato do ambiente machista que ainda permeia o futebol e traz divergências na atuação e análise do trabalho.

Segundo Soraya, já começa pelos próprios companheiros de profissão. Ela conta do tratamento que recebe de alguns jornalistas homens.

“Às vezes os próprios colegas se interessam mais pela nossa estética, se somos bonitas, do que pelo nosso trabalho. Um caso foi em uma coletiva da Seleção, fiz uma pergunta e depois vieram muitos falarem para mim que minha pergunta tinha sido inteligente, boa. Ora, como se não fosse o normal e o dever fazer uma pergunta inteligente. Duvido que falariam isso para outro homem”, desabafa.

Também houve outro caso com quem acompanha a fundo o ambiente da Seleção Brasileira. Foi com Monique Danello, repórter do canal Esporte Interativo que vem seguindo o Brasil na Rússia. Ela faz a cobertura com a cinegrafista Carolina Albuquerque e no último sábado se deparou com uma situação desagradável durante uma gravação em Sochi, onde a Seleção fez base.

“Estava entrando ao vivo na porta do estádio, enquanto eu me preparava, surgiu um torcedor do nada para tentar me beijar. Ele acabou se assustando com a minha reação e logo saiu de perto”, afirmou Monique, que cita a preocupação das mulheres em exercer seu trabalho no Mundial.

“Tenho acompanhado um pouco o que aconteceu com outras colegas, são situações muito lamentáveis. Acho que, aqui na Rússia, a mulher está longe de ser tratada com respeito. Eu e Carol já vimos vários russos de risinho, ironizando, quando estamos na rua trabalhando”, declarou a repórter carioca.

Situações de assédios também ocorrem constantemente com torcedoras na Rússia e já foram protagonizadas por brasileiros. Vídeos de homens coagindo russas a falarem palavras obscenas também tomaram as redes e chamaram a atenção de ativistas do país. Medidas práticas, porém, passaram longe. O governo, no geral, tem feito vistas grossas à questão.