RIO – Filiado à Rede desde março deste ano, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, não descarta a possibilidade de ser candidato a vice na chapa encabeçada por Marina Silva (Rede) à Presidência da República, mas afirma que não foi convidado para o posto.
Nesta segunda-feira, o nome de Bandeira de Mello voltou a ser cotado ao cargo de vice da chapa em nota publicada na coluna de Lauro Jardim, em “O Globo”.
Em entrevista ao Valor por telefone, Bandeira de Mello disse que deixou nas mãos da pré-candidata seu papel nas eleições e o cargo para o qual vai concorrer.
“Tenho impressão de que só mais perto da convenção [da Rede], que vai ser no início de agosto, é que teremos uma ideia. Eu tinha falado que vou fazer o que a Marina mandar. Eu não sei [a que serei candidato], vou fazer o que ela mandar”, disse Bandeira de Mello.
O administrador e dirigente esportivo deixou claro que não foi convidado a ser vice na chapa. E que imaginava que a vaga seria preenchida por composição partidária, com outro pré-candidato à Presidência.
“Mas estou especulando, sou novo nesse metiê e não entendo muito. Entrei nisso com o objetivo principal de ajudar Marina”, disse ele, acrescentando que “faz sentido” ser candidato a deputado federal. “Mas não quero cravar nada antes que ela decida.”
Bandeira de Mello aproximou-se de Marina Silva no período em que ela era ministra do Meio Ambiente no governo Lula (de 2003 a 2008) e ele, chefe departamento de Meio Ambiente do BNDES (de 2005 a 2013, quando elegeu-se no Flamengo).
“Tenho participado da formulação do programa de governo, eventualmente de solenidades. Estive com ela na CNI e em outras ocasiões em que foi sabatinada. É um apoio normal de uma pessoa que acabou de se filiar ao partido”, disse ele.
Em tom de brincadeira, o presidente do Flamengo disse que Marina Silva tem recebido mensagens de torcedores rubro-negros com apelos para que ela peça a ele comprar “um centroavante e um lateral” para o time.